Estudo de metodologia aplicada
Por: Joel Neto • 14/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.718 Palavras (7 Páginas) • 506 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ARQUITETURA E URBANISMO
Jaqueline Montanheiro / C08AHJ3
ALDO ROSSI
PLANO DE PESQUISA - TESE
RIBEIRÃO PRETO
2016
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ARQUITETURA E URBANISMO
ALDO ROSSI
PLANO DE PESQUISA
Livro “A arquitetura da cidade”
“Na natureza dos fatos urbanos há algo que o torna
muito semelhante, e não só metaforicamente,
à obra de arte” (Rossi, p. 18, 1966)
RIBEIRÃO PRETO
2016
SUMÁRIO
- Introdução – Fatos urbanos e a teoria da cidade 04
- Crítica ao funcionalismo ingênuo 05
- A história da cidade é também a história da arquitetura 06
- O Problema Tipológico da residência em Berlim 07
- Conclusão 09
- Bibliografia 10
INTRODUÇÃO
Fatos urbanos e a teoria da cidade
Arquitetura da cidade é uma tentativa de estudar a cidade pelo caminho da arquitetura. Ou seja, Aldo Rossi constrói conceitos para compreender a cidade. O conceito básico é o fato urbano e a teoria da cidade. Argumenta que a cidade tem que ser encarada como um artefato, que o entorno da cidade cria sua forma e analisa as funções da cidade a partir do lugar. Define a morfologia urbana como a descrição dos fatos urbanos e a “alma da cidade” como a qualidade do fato urbano. O estudo aprofunda as questões das tipologias, das partes, do lugar e da política como escolha da cidade.
O auto Aldo Rossi descreve os fatos urbanos como condicionados à cidade. Reafirma a cidade como uma coisa humana por excelência. Estuda esse fenômeno e destrincha o sistema espacial das cidades, chegando à questão da tipologia dos edifícios. Trabalha o conceito de tipo e modelo, onde o “modelo é preciso e o tipo é mais ou menos vago” levando a conclusão sobre a permanência de tipologias, o que não quer dizer que a forma de se viver permaneça a mesma.
Crítica ao funcionalismo ingênuo
A crítica ao funcionalismo e a arquitetura orgânica como correntes principais do modernismo mostra a raiz comum e a causa da sua fraqueza. Rossi mostra que para eles “os fatos urbanos são um mero problema de organização não apresentam continuidade, nem individualidade, monumentos e a arquitetura não tem razão de ser” e considera esses argumentos puramente ideológicos.
Sua pesquisa sob influência iluminista nos leva aos Tratadistas. O que quer dizer, que Rossi resgata valores como os da rua, do bairro e do quarteirão, desenvolvidos nos tratados. Discussões que o fazem afirmar a forma, não como uma redução ao momento lógico, mas como afirmava os tratadistas “a bela cidade como boa arquitetura” e também que os fatos urbanos são complexos, pois “é na totalidade que se constrói para si mesmo” e não na parte.
As funções são parte da análise da morfologia urbana, mas “o que permanece no fato urbano no momento em que a função perde seu valor é que de fato, muitas vezes, constitui o fato urbano”. “As permanências podem ser consideradas elementos propulsores que ligam à totalidade, ou não fazem ligação nenhuma ao fato do sistema urbano”. Por fim existe uma ligação que será realizada pela história e pela arte, ou seja, pelo ser e pela memória.
A história da cidade é também a história da arquitetura
As áreas de estudo segundo o autor são recortes da cidade, remete ao conceito de bairro, que expõem esses elementos vistos acima, logo a área de estudo passa a ser entendida como um elemento qualitativo e sua “unidade é dada fundamentalmente pela história, pela memória que a cidade tem de si mesma”. A partir daí crítica o zoneamento tendo como caso Chicago e o plano de Parck e Burges.
Após estudar esses elementos, Rossi, define os elementos primários da cidade. Sendo eles: a residência (mostrando que nenhuma cidade pode ignorar a residência como componente de sua forma. A residência não é amorfa), as atividades fixas e o trafego, batizando-os de catalisadoras, que originalmente são expressões de funções, porém o desenvolvimento do processo urbano isso se transforma. E sua permanência é memória constituindo um fato urbano. Por exemplo, “os monumento são uma permanência porque já se acham em posição dialética no interior do desenvolvimento urbano”. Essas transformações são importantes, pois elas possibilitam as diferenças das partes ligadas à totalidade, o que possibilita a liberdade de escolha. Como podemos ver em Londres, Viena, Roma e etc., cidades com diversos fatos urbanos. A geografia da cidade também é um elemento inseparável da sua história, mesmo em cidades planejadas ou não, pois o plano pode ser considerado um elemento primário, como Leningrado e Brasília.
Os fatos urbanos são individuais e é no conceito de locus, onde Rossi encontra sustentação para essa afirmação. Citando Vaiollet-Le-Duc, quando reconhece que a arquitetura não pode ser transportada. A partir disso a questão do arbitrário e da tradição aparece, sua solução é encontrada somente no locus, que se somando ao rigor da técnica (a exemplo de Vaiollet-Le-Duc e Vitor Hugo) encontraremos que “a história da cidade é também a história da arquitetura”. “As cidades são o texto da história” onde os lugares brigam com o ambiente, que por sua vez brigam com os monumentos e daí constitui a individualidade. Admiti que a arquitetura é um componente do fato urbano, logo possui um valor transcendente, e crítica os socialistas que reduzem a cidade as funções (residência e serviços).
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