Fichamento do Livro Habitar no Tempo
Por: pdebora • 9/2/2021 • Trabalho acadêmico • 834 Palavras (4 Páginas) • 222 Visualizações
Habitar no Tempo (p. 111-122)
"(...)A arquitetura trata de aspectos do mundo, da vida e dos significados existenciais, mais do que estéticos. "Não queremos ver a obra de arte, mas o mundo de acordo com a obra", afirma Maurice Merleau-Ponty" (p. 113)
"(...) o entorno e a arquitetura desempenham um papel central na constituição de nossa consciência" (p.114)
"(...) A arquitetura também faz uma mediação de nossa relação com o curso do tempo e confere ao tempo infinito uma medida humana." (p.114)
"(...) ajuda a conferir escala a essa assustadora amplitude de tempo." (p.114)
"(...) A arquitetura não consiste apenas do ato de domesticar o espaço." (p.114)
"(...) Espaço e tempo não são dimensões independentes e objetivas exteriores à nossa consciência;" (p. 115)
"(...) As noções e experiências do tempo foram suprimidas e substituídas pelas de espaço. Ao mesmo tempo, essas duas dimensões físicas se mesclaram." (p.115)
"(...) Harry identificou uma significativa "compressão espaço-temporal", responsável por uma funda transformação de nossa relação com essas dimensões."(p.115)
"(...) o tempo da experiência também se acelerou drasticamente desde o lento e paciente tempo." (p.115)
"(...) O desaparecimento do tempo da experiência também se evidencia na evolução da arquitetura. Enquanto as edificações e os lugares construídos antes da modernidade constituem documentos de um tempo benevolentemente lento." (p.115)
"(...) A arquitetura parece ter se tornado mais rápida, apressada e impaciente ao longo da modernidade" (p.115)
"(...) O filósofo e urbanista Paul Virilio defende que a cultura ocidental iniciou uma aceleração massiva da velocidade em meados do século XIX, a tal ponto que o produto mais importante das sociedades pós industriais é a velocidade." (p.116-117)
"(...) Como consequência da aniquilação do tempo o espaço público se vê substituído pela imagem pública." (p.117)
"(...) A arquitetura possui a capacidade de reestruturar e alterar nossa experiência temporal; pode diminuir, deter, acelerar ou inverter o fluxo do tempo experiencial." (p.117)
" (...) A simples imagem de uma pirâmide egípcia em nossa memória concretiza a distância temporal de quase cinco milênios." (p.117)
"(...) Somos seres biológicos e culturais. Em vez de nos isolamos em um presente superficial e em uma artificialidade alienante, a arquitetura necessita mediar nossa relação com nosso passado biocultural." (p.117)
"(...) Edificações antigas materializam as instituições sociais e históricas, tornando a evolução cultural compreensível." (p.118)
"(...) Somos mentalmente incapazes de viver no caos ou em uma condição desprovida de tempo." (p.118)
"(...) Conforme Edward Relph, a alienação do lugar resulta em uma "exclusão existencial." (p.118)
"(...) evidentemente, a alienação da experiência do tempo resulta em graves disfunções mentais." (p.118)
"(...) A tarefa da arquitetura consiste não somente em disponibilizar abrigo físico ou acolher nossos corpos frágeis, mas também em alojar nossas memórias, fantasias, sonhos e desejos." (p.119)
"(...) A identidade cultural, uma sensação de possuir raízes e pertencerem, é o terreno insubstituível de nossa própria humanidade." (p.119)
"(...) as verdadeiras identidades não constituem apenas vínculos momentâneos, mas história e continuidade." (p.119)
"(...) Identidade não é um aspecto dado ou fechado, é um intercâmbio. Enquanto me adapto ao lugar, o lugar se acomoda em mim."(p.119)
"(...) As grandes obras adquirem sua densidade e profundidade a partir de um eco do passado, enquanto a voz dos produtos da novidade superficial permanece frágil, incompreensível e carente de significado. " (p.120)
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