Formas de morar

Formas de Morar

Introdução

 O local em que cada indivíduo chama de casa é a moradia de cada um. Cada um trata isso de uma maneira diferente. Há pessoas que tem como moradia, um local de descanso, outras consideram que moradia é muito mais do que apenas um lugar para descansar, é o lugar onde guardam suas histórias, onde se abrigas da chuva, vento, onde guardam suas histórias, existem pessoas que tem a sua moradia como um refúgio de paz.

 Infelizmente nem todos conseguem o direito de conquistarem essa tão sonhada moradia como querem, e acabam sendo forçados a irem para moradias que seriam longe de suas escolhas, acabam indo de acordo com suas condições e são forçadas a escolherem algo por necessidade. E é por esse motivo que temos diversas formas de morar na cidade.

Diferentes formas de morar

Palafitas e barracos: É um tipo de construção feita em madeira ou estaca, geralmente em regiões onde há rios. Já o barraco fica mais em evidência nas chamadas favelas. Em alguns casos, são produzidas com lataria, papelão e até isopor. Bastante simples, são moradias construídas por pessoas de baixa renda.

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Pau a Pique: A grande maioria são construídas em estradas. Basicamente formada por paredes de barro e alguns galhos frondosos de árvores. O telhado é feito a partir da palha, varas ou barro, em raras exceções são utilizadas telhas.

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Alvenaria: Quando uma casa é construída com tijolo, cimento e areia, ela é classificada como uma moradia de alvenaria. Pode ser térreo ou com dois ou mais andares.

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Condomínios e moradias luxuosas: Em bairros mais nobres, especificamente formados por pessoas de classe alta, também é bastante comum o surgimento de moradias coletivas. Formados a partir de lotes, com construções mais luxuosas, com estrutura diversificada para lazer e distração dos moradores.

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Edifício: Construído com bastante ferro e facilidade para elevadores. Em cada edifício há um número especificado de apartamento.

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As maneiras de se morar vão além do tipo de casa que cada indivíduo escolhe, dentro da cidade temos diversos tipos de bairro, e o que diferem um do outro é o tipo de moradia existente naquele bairro.

Podemos observar que em favelas, existem barracos de madeira, ou casas de alvenarias pouco planejadas e com pouco acabamento.

Existem os conjuntos habitacionais, que são construções de alvenaria feitas pelo governo e distribuídas à população de acordo com a renda mensal da família. Geralmente nesses conjuntos, são casas exatamente iguais, ou edifícios espelhados, não existem uma diferenciação entre uma moradia e outra.

Existem os bairros comuns, que possuem moradias em alvenaria, completamente muradas, cada morador construiu a sua, então podemos encontrar uma diferenciação entre uma e outra.

Em condomínios fechados as casas sempre são grandes e projetadas para trazerem o máximo de conforto ao morador, esses condomínios são bairros completamente murados, criando uma certa privacidade aos moradores.

E ainda temos pessoas que moram nas ruas. Isso não as excluem da lista de pessoas que moram em algum bairro, de certa forma, essas pessoas acabam criando um tipo de bairro para elas, seja em praças, calçadas, ambientes públicos, etc. Elas criam um ambiente de moradia para elas, muitos fazem cabanas para as protegerem do frio, sol e vento, e outras criam ambientes dentro do seu espaço, existe o lado em que fazem refeições, o canto em que dormem, fazendo a mesma setorização que se tem em moradias convencionais.

O tipo de moradia de cada cidadão indica a que classe financeira ele pertence. O que preocupa mais, não é necessariamente o tipo de moradia que escolhem, mais a situação ao redor desse imóvel, sem o mínimo de infraestrutura possível, falta de segurança, benefícios oferecidos a população dentre outros problemas.

A partir do tipo de moradia que um bairro tem em sua maioria, conseguimos indicar que tipo de bairro é aquele, bem como podemos indicar também o perfil de moradores desse bairro. O tipo de moradia acaba espelhando seus moradores.

Dentro das possíveis opções de moradia existentes, segue a análise de duas delas: favela e condomínio fechado.

Favela

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Características do espaço físico

Podemos definir favela como um conjunto de habitação popular construído precariamente e sem infraestrutura, como asfalto, rede de esgoto, água encanada, energia elétrica, coleta de lixo, correios, creches, transporte público, escolas, centros de saúde, pronto-socorro, praças, clubes, etc.

A grande maioria estão localizadas irregularmente nas encostas dos morros, margens de rios, beiras de estradas, o que não é necessariamente uma regra, já que existem favelas em áreas planas. Segundo dados do IBGE, atualmente 52,5% das favelas são construídas em áreas predominantemente planas, enquanto 26,8% são em morros ou colinas e 20,7% em encostas. O que se tem em comum são as construções de alvenaria ou madeira, essa mesma pesquisa o IBGE mostra que 92,3% dessas moradias são em alvenaria enquanto apenas 7% são em madeira. Muitas vezes acaba sendo construída pelo próprio morador, visando não ter gastos com mão de obra. Por não ter planejamento, muitas construções desafiam a lei da gravidade, sendo várias casas, ou cômodos, um em cima do outro, e não possuem muro, o que acaba não delimitando o espaço de cada morador e assim, o próximo indivíduo constrói praticamente colado a essa casa, ficando sem espaço entre uma casa e outra. E assim se forma uma imensa população nessas áreas.

Características do morador

São pessoas de baixa renda, 1/3 desses moradores recebem até um salário mínimo, a grande maioria não possui ensino médio completo, mas o número de crianças e adolescentes que frequentam creches e escolas públicas é bastante significativo. Alguns moradores possuem carros ou motocicletas, mas é uma porcentagem bem pequena. O que o IBGE mostra é que a maioria opta por ter acesso celular, televisão e máquina de lavar, depois vem computador e internet e só depois carros e motocicletas.

Relação do espaço com a cidade

 As primeiras favelas nasceram após o término da 2ª Guerra Mundial. Elas eram chamadas também de bairros africanos, sendo que eram habitadas pelos os ex-escravos, sem terra ou opção de trabalho. A ideia era afastar os pobres do centro da cidade, forçando-os a irem para os subúrbios distantes, com o tempo a modernização das zonas nobres da cidade, fez com que as favelas se desenvolvessem cada vez mais, sem que o governo pensasse em melhorias para aqueles bairros que surgiam.