Fundamentos de arquitetura
Por: reolvr • 4/5/2016 • Resenha • 2.089 Palavras (9 Páginas) • 785 Visualizações
Fundamentos de arquitetura. FARRELLY, Lorraine.
Resenha do livro
Capítulo 1 – Contextualizando a Arquitetura
O capítulo 1 do livro, estabelece os principais contextos da arquitetura que devem ser analisados cuidadosamente. Entre eles, podemos destacar: o sítio, a orientação solar, o clima, os materiais de construção, os lugares e os espaços, o entendimento da cidade e da paisagem.
O contexto do local deve conectar-se com o conceito do projeto. Sobre o terreno, é necessário considerar possíveis maneiras de ocupação do solo, as diversas formas de volumetria do edifício que será construído, as formas de acesso, sem esquecer das vistas que serão geradas. O terreno condiciona o projeto e oferece as condições de trabalho para o arquiteto.
Para compreender um determinado sítio, é preciso fazer um estudo abstrato das edificações, dos cheios e vazios do entorno, mas principalmente do desenvolvimento e história do local, através de possíveis percursos históricos ou caminhos significativos.
Um levantamento topográfico, ajuda a entender qual a melhor forma de implantação do edifício, além de dar detalhes de como se desenvolve o relevo do entorno.
A compreensão do terreno onde o edifício será inserido é essencial para se produzir uma boa arquitetura, já que a área estudada nos fornece dados e dicas importantes do local para a realização do projeto.
Com todos esses dados e estudos, conseguimos ter uma melhor visão da área a ser trabalhada, proporcionando o melhor aproveitamento possível do contexto ao qual o edifício será inserido.
Capítulo 2 – A história e os Precedentes
Precedentes históricos servem como ideias e conceitos para evolução e assim constroem a possibilidade de inovações projetuais para a arquitetura da época posterior daquela que se precede.
Durante o Egito antigo a arquitetura desenvolvida foi caracterizada por túmulos piramidais e posteriormente por tumbas subterrâneas.
As edificações refletiam a crença da vida após a morte, pelos egípcios. Com isso podemos ver a importância da simbologia, sendo ela sobre vida/morte, noite/dia, ou pelo alinhamento dos corredores construídos com as constelações celestes. A precisão geométrica das construções ainda são questionadas, pois exigem alto grau de conhecimento de engenharia.
Assim como no período neolítico temos o exemplo do círculo de pedras, o Stonehenge. Sua construção foi feita para representar uma conexão espiritual do mundo natural com o celestial.
A Grécia antiga deixou um legado de refinamento e e disciplina na arquitetura. Os conceitos de proporção e beleza dessa época são respeitados e utilizados (principalmente no renascimento) por gerações seguintes e dura até hoje. Além disso este mundo clássico deu partido ao planejamento urbano, em algumas cidades a ordem social era refletida nas moradias e edificações públicas, o planejamento se dava em nome de uma transição entre bens e ideias, e, por isso o mercado era considerado o coração das cidades.
Roma, que também fez parte do classicismo, não inovou a arte dos gregos mas aprimorou a arquitetura. O arco romano fez com que as edificações pudessem ter estruturas maiores, menos ortogonais e vãos de maiores distâncias, como vemos pelo coliseu, que, ainda assim possui colunas clássicas em suas elevações.
Após a queda de Roma e da civilização ocidental o período que se inicia como idade das trevas, retrocede nos avanços arquitetônicos do mundo clássico. A idade media foi marcada pela desejo de escapar do mundo natural e buscar conforto com as divindades do mundo cristão, por isto nessa época as edificações de catedrais e igreja enfatizam na verticalidade, utilizando vitrais para a iluminação interior, trazendo a luz divina para os fiéis. Essa arquitetura gótica também obteve de organização precisa e complexa, porém utilizaram de técnicas de construção e materiais locais, e com frequência de estruturas de madeira, e um planejamento urbano irregular.
No renascimento, houve um interesse renovado pela arte clássica, a nova sensibilidade, nascida na Itália, buscou a capacidade de raciocínio do homem por meio da observação. Nomes como Leon Batista Alberti, Filippo Brunelleschi, Michelangelo entre outros, se destacam pela inovação tecnológica baseada na arquitetura greco-romana em abóboda, cúpulas e, no caso de Michelangelo ousou em evocar emoções na sua aproximação do ornamental e ilusório nas edificações. Desafiou as regras da perspectiva e originou edificações com elementos em escalas diferentes dentro da mesma composição.
O racionalismo foi o pontapé inicial para o iluminismo, acompanhado de uma revolução política, busca a edificação racional, inspirada em René Descartes de modo a produzir uma arquitetura de lógica inquestionável. O planejamento urbano com formas de eixo central conectando os palácios entre jardins.
No reino unido, Inigo Jones iniciou essa arquitetura racional clássica, seguido por Cristopher Wren que, remodelou grande parte de Londres após o incêndio de 1666.
No entanto com a ascensão da filosofia empírica no reino unido acarretou uma arquitetura irracional e assim levou o primeiro projeto de paisagismo dedicado aos sentidos dos transeuntes.
A revolução industrial no final do século XVIII trouxe características urbanas para a população rural e rápido crescimento para as cidades.
O principal material utilizado foi o ferro fundido, inovador no palácio de cristal, proporcionou a criação de uma enorme estufa com grandes proporções estruturais. Em 1871, nos estados unidos foi utilizado pela primeira vez o aço, material mais resistente e leve em comparação ao ferro, no primeiro arranha céu do mundo.
No modernismo a frase de Sullivan "a forma segue a função" tem grande uso no conceito de edificação.
O vidro laminado junto com o concreto armado trazem também as características deste movimento, Mies Van Der Rohe, utiliza o vidro para promover a amplitude e a continuidade espacial do interior para o exterior. Produzia também, plantas livres sem depender da solidez e volume da estrutura, a nova arquitetura era aberta e leve.
Le Corbusier, estabeleceu os cinco princípios da arquitetura moderna:
1. Pilotis, 2. Planta livre, 3. Fachada livre, 4. Janela em fita longa e horizontal, 5. Terraço-jardim, que resgata a área do solo ocupada pela edificação.
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