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Resenha - Fundamentos da Arquitetura

Por:   •  23/8/2016  •  Resenha  •  4.148 Palavras (17 Páginas)  •  4.218 Visualizações

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Projeto II – Professor Renato

Stephanie Joy de La Torre Rodriguez – TIA: 41560582 – Turma: N11

Resenha do livro: Fundamentos da Arquitetura – Lorraire Farrelly

Capítulo I – Contextualizando a Arquitetura

  • Ao iniciar um projeto devemos fazer um estudo preliminar sobre ele. Cada edificação se relaciona de forma direta com a cidade, com seu entorno e as pessoas.
  • Estudar o terreno, fazendo uma visita ao local, onde deve ser analisado: as edificações já existentes, quando estas foram construídas, quais os materiais usados, sua forma e altura.
  • Compreender como terreno se relaciona com a natureza, qual o percurso do Sol (que será essencial para decidir as aberturas de seu projeto), o sentido do vento e as características do solo.
  • Aprender sobre o terreno, como se dão os acessos até lá, quais meios de transporte estão próximos, quais são as atividades e o público que mais frequenta a área. Estamos lidando com a cidade, onde é importante saber como a obra vai se relacionar com ela.
  • Estudar o contexto histórico, afinal tudo é resultado dos anos e seus acontecimentos. Cada lugar possui recordações e resquícios das épocas, possui sua própria história, por isso temos que enxergá-lo como arena de eventos que já aconteceram e ainda podem acontecer. Justamente para aprendermos a lidar com lugares que possuem edificações históricas protegidas.
  • Saber diferenciar lugar de espaço, espaços são físicos e lugar tem memória e algum senso de identidade.
  • Um mapeamento histórico pode ser obtido pela sobreposição de vários mapas, cada um representando um estágio distinto do local, podendo encontrar assim algum eixo significativo a ser aproveitado.
  • Próximo passo para o estudo é colocar tudo isso no papel, ou seja, o levantamento e o mapeamento do terreno são essenciais.
  • Os croquis são nossa interpretação pessoal do lugar, onde é importante destacar várias áreas de diferentes pontos, para entendermos como ele funciona espacialmente.
  • Estudo de figura e fundo será a representação gráfica que apresenta uma cidade como áreas de cheios e vazios, seus espaços entre as edificações e como elas se dividem.
  • O levantamento topográfico do terreno será a análise detalhada fornecendo seus aspectos físicos, tais como: largura, profundidade e as curvas de nível. Podendo ser representado por plantas baixas, elevações, cortes e maquete de volumes.
  • Concluir o estudo do terreno, podendo aprofundá-lo, analisando seu contexto urbano (sua movimentação diária na sociedade contemporânea) e o contexto da paisagem, já pensando em sua obra, se ela irá ser distinta ou se conectará ao meio. Uma opção pessoal importante que é discutida bastante é se sua obra irá se sobressair ou irá entrar em harmonia com o entorno que estará. Porém isso é opção de cada arquiteto.

Capítulo II – A História e os Precedentes

  • A arquitetura usa os precedentes da história social e cultural e aplica essas influências às edificações, formas e estruturas contemporâneas.
  • Podemos fazer uma análise no tempo, para observar e estudar o desenvolvimento da arquitetura desde a antiguidade. As técnicas de construção e materiais usados foram cada vez mais se sofisticando e aprimorando-se, desde a Idade Média até o contemporâneo, onde vemos o uso de materiais como pedras e o surgimento de outros, como alvenaria, aço e concreto.
  • No Egito Antigo, eles se caracterizaram por seus túmulos piramidais erguidos acima do chão e pelas tumbas subterrâneas belíssimas.
  • Os egípcios acreditavam na dualidade e isso refletia em suas edificações, seus templos eram construídos ao leste (nascente do sol) e seus túmulos ao oeste (poente do sol).
  • Pedras eram retiradas de pedreiras e trazidas de quilômetros de distância, também utilizavam uma engenharia avançada para construção.
  • Foram os gregos, na Grécia Antiga, que formalizaram a linguagem da arquitetura pela primeira vez. Chamada de Arquitetura Clássica, eles desenvolveram as cinco ordens, que são as colunas usadas para sustentar a construção, em cinco estilos de beleza, proporção e decoração.
  • As cinco ordens são: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita.
  • Esse sistema em que a largura da coluna determinava as proporções da edificação gerou uma nova fórmula de projeto, utilizada tanto em pequenas casas como em cidades inteiras, trazendo uma arquitetura homogenia e harmoniosa.
  •  Os gregos também se utilizaram do planejamento urbano em suas cidades, onde a “ágora” era o centro.
  • No Mundo Medieval, houve um abandono do clássico e surgiram estilos arquitetônicos muito diferentes. Podemos citar, por exemplo, a Arquitetura Gótica, que trazia as narrativas bíblicas em suas construções, usavam arcos, pináculos em torres, estruturas complexas e vitrais para celebrar o divino.
  • O gótico utilizava de técnicas de construção e materiais locais, como estruturas de madeira.
  • O uso dos materiais autóctones geralmente sem revestimentos conferia às edificações uma relação íntima com a paisagem da região e da localidade. Sendo reinterpretada hoje em dia pela arquitetura ecologicamente sustentável.
  • No Renascimento, este período foi marcado pela rejeição do medieval e pelo interesse novamente no clássico. Buscavam entender a arquitetura clássica com base na validação da capacidade do homem e da possibilidade de entender o mundo por meio da observação e do intelecto, deixando de lado as explicações predeterminadas.
  • Um dos símbolos mais marcantes do renascimento é a cúpula de Santa Maria del Fiore, projetada por Filippo Brunelleschi, que usou uma técnica nunca vista antes para cobrir o vão de 42 metros, amarrando a base da cúpula com uma corrente de ferro gigantesca para resistir aos empuxos. Também adaptou as plantas baixas das igrejas góticas para produzir uma arcada semicircular apoiada nas colunas clássicas.

  • Michelangelo acreditava ter uma capacidade criativa, pelo desenvolvimento do Renascimento, na qual buscava inspiração e se baseava na sua própria imaginação e não em precedentes externos. Assim, ele entendeu a linguagem clássica de um jeito único que o permitiu dominá-la e também quebrá-la. O arquiteto aproximou a arquitetura do ornamental e do ilusório, suas obras tinham a intenção de provocar emoções.
  • No século XVII, houve uma nova era do Racionalismo. Arquitetos como Ledoux e Boullé propuseram uma arquitetura purista que buscasse a verdade externa das formas.
  • Surge a edificação racional, que se desenvolveu através da lógica e dos raciocínio dedutivo.  
  • Na Inglaterra, a edificação racional chegou com as obras de Inigo Jones.
  • A cúpula da Catedral de São Paulo e as torres com flechas tornaram-se símbolos do esclarecimento intelectual.  
  • A arquitetura racional trouxe elegância a Londres, mas que ao decorrer do século surgiu uma arquitetura totalmente oposta. Podendo vê-la nos jardins de Henry Hoare, feitos pelo arquiteto Lancelot Brown, que acreditava no conceito de que a verdade seria encontrada nos sentidos e não no intelecto.
  • No Modernismo, quando houve a Revolução Industrial, a população rural virou urbana, assim rapidamente as cidades tornaram-se industriais.
  • Surgiram o ferro e o aço.  O Palácio de Cristal usou componentes padronizados em treliças pré-fabricadas de ferro fundido, fachadas com painéis de vidro de modo a formar uma estufa de proporções gigantescas.
  • Em Paris, o ferro fundido mostrou como utilizar a construção leve para obter alturas até então sem precedentes. A Torre Eiffel, por exemplo, se elevou até 312 metros na linha do horizonte de Paris.
  • O aço foi utilizado nos Estados Unidos para a construção do primeiro arranha-céu do mundo.
  • Outros dois materiais surgiram: o vidro laminado e o concreto armado. Mies van der Rohe, criou novos métodos no uso do vidro, trouxe continuidade espacial para a arquitetura e rompeu o paradigma histórico do interior como uma série de espaços cercados por paredes maciças, ele criou plantas simples onde os espaços fluíam continuamente por toda a edificação.  
  • Le Corbusier acreditava que a arquitetura deveria ser organizada em torno das proporções do corpo humano.
  • Características que surgiram no modernismo: pilotis, planta livre, fachada livre, janela em fita e terraço-jardim.
  • O Movimento de Stijl foi um movimento artístico que buscava expressar um novo ideal utópico de harmonia e ordem espiritual. As composições eram simplificadas nas direções vertical e horizontal, usando somente cores primárias, preto e branco.

Capítulo III – A Construção

  • A construção é concretização da arquitetura, sua dimensão física e sua materialidade.
  • Alvenaria: construção feita com materiais do solo, como pedras e tijolos. Os materiais são assentados em camada, sendo que os mais pesados ficam nas partes inferiores.
  • Quando criamos aberturas na alvenaria devem ser controladas com arcos que irão dar sustentação.
  • Os tijolos precisam ser sobrepostos alternados.
  • Quando ultrapassam certa altura, as paredes de tijolos precisam receber um apoio adicional, como também um forte em suas fundações.
  • Concreto: feito de agregados, brita, cimento, areia e água. A quantidade dos materiais que determina sua resistência. Possui impressão rústica quando é utilizado em estruturas pesadas, mas se utilizado de diferente forma ainda consegue dar aspecto de delicadeza.
  • O concreto armado é feito com barra de aços em seu interior, isso garante maior sustentação e resistência aos esforços. Ele permite maior flexibilidade em estruturas e vence grandes vãos, por isso é muito utilizado na construção de pontas e estradas.
  • Gabiões são muros de arrimo usados para sustentar taludes ou terraplanagem da construção de estradas ou defesas marítimas. São gaiolas de aço cheias de grandes pedras de tamanho controlado.
  • Os muros de alvenaria de pedra seca são construídos com os materiais disponíveis. Demarcam limites, são assim os precursores dos gabiões.
  • Madeira: pode ser utilizada tanto no externo ou interno da edificação. Aquelas construções que são inteiramente de madeira geralmente são por causa das tradições locais.
  • As edificações com madeira costumam ter tamanho limitado, por causa do material que possuí dimensões especificas.
  • A madeira é cortada em tamanhos padronizados que são combinados com outras estruturas pré-fabricadas.
  •  O transporte é mais simples e a rapidez na construção também.
  • A madeira é um material flexível e natural, leve e de fácil adaptação no canteiro de obras. Seu acabamento depende de como e onde ela será utilizada.
  • É importante se certificar também de que ela foi extraída de maneira sustentável.
  • Ferro e aço: podem ser utilizados para construir estruturas leves que sustentam as edificações ou em seu revestimento, com um acabamento metálico.
  • Construções famosas de aço são O Palácio de Cristal e a Torre Eiffel.
  • O aço possibilitou novas formas de construção e deu possibilidades para obras como arranha-céus.
  • É o material mais flexível, durável e forte.
  • Vidro: compõe planos invisíveis, mas também pode ser utilizado para filtrar a luz. Ele permite distinguir o exterior e o interior, definindo os espações por meio da luz.
  • Quatro elementos são fundamentais na construção: a estrutura, as fundações, a cobertura e as paredes e aberturas.
  • A estrutura é como a edificação é sustentada.

  • As estruturas com paredes portantes dão solidez e peso as edificações e definem seus espaços internos. São de alvenaria ou concreto.  
  • As estruturas independentes dão maior flexibilidade no leiaute do interno e na distribuição das aberturas. São feitas de madeira, aço ou concreto.
  • Planta livre é quando as aberturas e paredes não dependiam da estrutura da edificação.
  • As fundações tem função de sustentar a estrutura independente ou as paredes, devendo ser resistentes o bastante para respondes às condições do solo que cercam a edificação, como também a todos os movimentos previstos.
  • As paredes diferenciam o exterior do interior e configuram os espaços. Existem também as paredes-cortina que são paredes externas não portantes, impermeáveis e projetadas de modo à resistir as pressões dinâmicas externas.
  • As aberturas permitem a entrada de luz para o interior da edificação, a ventilação e a determinação de entradas e saídas.
  • A cobertura define a camada mais alta de uma edificação. A cobertura de uma edificação geralmente é determinada por sua função ou contexto, podendo ser ampla ou corresponder exatamente às projeções das paredes externas.
  • Coberturas inclinadas são essenciais para escoar a água da chuva. Em climas quentes a cobertura oferece também proteção contra o calor intenso. Já em climas de neve o caimento é fundamental para não acumular neve.
  • As construções pré-fabricadas se referem às edificações cujas peças ou componentes foram industrializados para facilitar a montagem no canteiro de obras. Elas dão maior rapidez à construções e a possibilidade de serem montadas e remontadas em outro lugar.
  • A questão da sustentabilidade é essencial também na hora de vermos de onde são os materiais retirados para construção, que distância esses materiais irão percorrer até o canteiro de obras, como será o isolamento térmico que solucionado de maneira adequada reduz o uso de combustível para manter a temperatura interna ambiente.

Capítulo IV – A Representação Gráfica e as Maquetes

  • O projeto em CAD (programa de computador) oferece expressão rápida de ideias, porque é fácil desenvolver plantas baixas e cortes. Mas as vezes o computador acaba tornando-se um fator limitador por as imagens no programa e a construção na vida real se diferenciarem em alguns aspectos.
  • As fotomontagens, são uma técnica do CAD que produz imagens bastante atraentes utilizadas para vender uma ideia ou demonstrar que a arquitetura pode se adaptar a qualquer exigência do cliente ou se encaixar de maneira apropriada ao terreno.
  • Os croquis podem ser rápidos e impulsivos ou mais detalhados e feitos em escala. Eles são muito expressivos e criam um vínculo pessoal imediato entre uma ideia e sua representação bidimensional no papel. Podem ser feitos em qualquer etapa do projeto, mas geralmente é no início que possuem mais valor por ser a etapa de criação e desenvolvimento da ideia.
  • O croqui é um desenho livre e pode ser retrabalhado e redirecionado para explorar  diferentes possibilidades. É fundamental para trabalhar a ideia.

  • Os croquis de conceito são criados no momento que surge a ideia de arquitetura, podem ser abstrações, metáforas ou simples rabiscos, sendo apenas um esboço.
  • Os croquis de estudos são úteis para estudar o funcionamento de alguma coisa que já existe ou será construída. Os espaços internos podem ser analisados em termos de atividades ou funções que ocorrerão dentro deles. Já as cidades podem ser estudadas em termos de experiências, percursos ou volume das edificações. Essa análise deve ser concisa e clara como um diagrama.
  • Os croquis de observação revelam detalhes das formas e da estrutura que ajudam na compreensão de uma edificação. Ajudam no estudo dos componentes individuais e na compreensão deles com o todo e o entorno.
  • Os cadernos de croquis servem para o arquiteto desenvolver suas ideias e imaginação, ele contém observações visuais e interpretações pessoais, que estimulam a inspiração.
  • A escala é nos permite relacionar as medidas das plantas e maquetes com sua dimensão real.
  • A escala 1:1, é a escala real que nos permite estudar detalhadamente um lugar ou uma parte especifica do projeto. Os detalhes de construção são da nas escalas 1:5 ou 1:10. O leiaute e os aspectos internos dos cômodos são nas escalas 1:20 e 1:50. As plantas baixas e a localização são nas escalas 1:50, 1:100 e 1:200. As plantas de situação são nas escalas 1:100, 1:200 e 1:500. E em mapas, mostrando a localização do terreno, são em escalas 1:1000, 1:1250 e 1:2500.
  • A projeção ortográfica é um meio de representar um objeto tridimensional em duas dimensões.
  • As plantas baixas explicam as camadas horizontais das edificações: subsolo, pavimento térreo, outros pavimentos e pavimento de cobertura.
  • A planta de localização mostra a edificação localizada em seu lote.
  • As plantas baixas seletivas mostram um único cômodo.
  • As plantas diagramáticas mostram a edificação como um todo.
  •  As elevações mostram as fachadas de construções ou edificações (elevação norte, sul, leste e oeste). Permitem-nos perceber a profundidade dos planos verticais usando tons que mostram onde as sombras podem se projetar. São desenhadas com precisão e simetria.
  • É importante ler as elevações junto com as plantas baixas para que se possa entender o contexto.
  • O corte é uma seção através de uma edificação, objeto ou construção. Possibilitam a compressão de como os objetos se conectam e se relacionam, as diferenças de níveis e relacionar o exterior do interior.
  • Os croquis em perspectiva equivalem a uma ideia real, partindo de um ponto de fuga (ponto onde todas as linhas de visão parecem se tocar).
  • As imagens tridimensionais transmitem ideias que não podem ser representadas por desenhos bidimensionais.
  • As perspectivas isométricas geram imagens tridimensionais, nestes desenhos, o comprimento, a largura e a altura são representadas por linhas afastadas em 120 graus e todas as medidas estão em escala. Elas são úteis na hora de representar um espaço interno ou uma série de espaços maiores, assim explicar os detalhes tridimensionalmente e os desenhos de montagem de construção.
  • As perspectivas axonométricas são produzidas a partir de uma planta baixa e geram projeções tridimensionais de um determinado cômodo ou espaço, elas são o meio de representação mais simples. Para mostrar detalhes é ideal utilizar as vistas explodidas, que são desenhos literalmente desmontados, indicando como montar ou desconstruir tal edificação.
  • As maquetes são outra forma de dar três dimensões a uma ideia. Elas podem assumir varias formas, ser de materiais diferentes e ter inúmeras escalas.
  • Uma maquete cortada revela aspectos construtivos.
  • Uma maquete de situação mostra a edificação com seu entorno.
  • Uma maquete de contexto imediato ilustra a volumetria e alturas existentes no entorno a área de intervenção, possibilita também o estudo da topografia do terreno.
  • A maquete de volumes permite ao arquiteto desenvolver uma noção espacial com rapidez.
  • As maquetes finais descrevem a ideia de arquitetura final, onde a atenção aos detalhes é essencial, podendo ter coberturas removíveis para observar o interior da edificação.
  • As maquetes podem ser feitas em qualquer estágio do projeto como também serem feitas de qualquer material, do mesmo tipo ou não da edificação real, o material real é utilizado somente quando se quer fazer um estudo detalhado sobre determinado conceito.
  • As maquetes eletrônicas unem características de imagens em duas e três dimensões, elas possibilitam ao observador a “visita virtual” da edificação.
  • Ao decidir o leiaute, os desenhos em escala maior e que devem causar mais impactos precisam de mais espaço físico, já os desenhos menores nem tanto. É essencial que o desenho acomode confortavelmente a imagem na escala adequada. Os fatores principais que influenciam na escolha do leiaute são: escala real do desenho, público-alvo e clareza das informações.
  • A seção áurea é um número irracional, aproximadamente 1, 618, que a formas definidas por essa seção são consideras há muito tempo como valor estético, refletindo o equilíbrio da natureza entre simetria e assimetria.
  • A série de Fibonacci é a qual cada número consecutivo é a soma de dois números que o procede. À medida que a série segue cada número dividido pelo seu anterior se aproxima mais da proporção áurea.
  • O Storyboard é utilizado para incorporar legenda e comentários aos espaços e sugerir cenas de atividade. Representa o espaço e o tempo em duas dimensões. Sua estrutura é formada por uma série de quadros que são preenchidos por croquis. Possibilita aos arquitetos explicar como os eventos ocorrerão dentro da arquitetura.
  • Os portfólios são como narrativas que contam a história do conjunto de seu trabalho, apresentando um único projeto. É essencial conhecer seu público-alvo. As informações contidas nele devem ser claras, e o conteúdo editado e planejado com cuidado.
  • Algumas dicas para um bom portfólio são: use a técnica do leiaute e Storyboard, a orientação das folhas deve ser relacionada com as imagens, use folhas duplas para seu trabalho ser lido como um livro, a sequência dos desenhos deve ser disposta a contar o desenvolvimento do projeto, desde a concepção até os detalhes e o ideal é que o observador não precise se mover para ler o trabalho.

Capítulo V – As Ideias Contemporâneas

  • As ideias contemporâneas da arquitetura se referem àquelas que surgiram durante os séculos XX e XXI. Bastante influenciada pelo Zeigest, mas quando comparada a outras manifestações culturais, como arte, desenho de produtos ou tecnologia, suas reações são mais lentas.
  • Algumas ideias transcendem estilos e épocas afetando a arquitetura, como por exemplo, a geometria descreve o ordenamento e a organização dos espaços de acordo com princípios geométricos. A simetria faz a organização das plantas baixas e elevações em torno de um eixo principal. A proporção se refere a uma relação entre as partes e o todo.
  • Algumas formas na edificação são dinâmicas, escultóricas e influenciadas pela sua aparência externa. Outras formas são mais praticas e determinadas pela função e propósito da edificação.
  • Os espaços serventes são utilizados de forma funcional, como banheiros e cozinhas.
  • Os espaços servidos incluem sala de estar, de jantar, escritório. Os espaços servidos pelas áreas serventes.
  • Os percursos são essenciais, eles darão a primeira impressão de arquitetura ao visitante. Nele será organizado o caminho de entra e saída e como se dá a circulação dentro da edificação.
  • No Modernismo, os arquitetos se baseavam nas teorias “a forma segue a função” e “ornamento é um crime”, criando assim diferentes formas derivadas das respostas à função e fazendo o branco produzir espaços despojados.
  • Os três fundadores da arquitetura modernista são: Le Corbusier, Ludwieg Mies van der Rohe e Walter Gropius.
  • O esculturalismo afirma que a função segue a forma, ou seja, a forma deve ser a principal preocupação do arquiteto.
  • A arquitetura orgânica se refere a uma abordagem de projeto em que uma forma é dominante, influenciada por formas fluidas e dinâmicas. Obtida apenas com materiais inovadores e tecnologia de ponta.
  • A arquitetura escultórica usa matérias e técnicas de formas inovadoras e surpreendentes. É mais bem desenvolvida com materiais flexíveis.
  • O interior também pode ser escultórico, utilizando materiais diferenciados, teto e piso inclinados, criando um efeito de perspectiva novo.
  • As edificações são monumentais tanto em escala, como também naquilo em que elas representam.
  • Muitas edificações se tornam sinônimos dos locais onde foram construídas, porque estão associadas a significados que vão além da arquitetura, tornando-se ícones.
  • Espaços que celebram eventos importantes ou sede dos parlamentos também são considerados monumentais, uma vez que são símbolos nacionais e se relacionam com uma identidade cultural.
  • Os estilos estão relacionados à cultura, época e tendência. Todo projeto resulta de precedentes, sejam históricos, culturais ou sociais, sua arquitetura vai ser em reposta ao atual, por isso é um assunto bastante discutido já que as arquiteturas são eternas e não poderiam “sair de moda”.

Capítulo VI – O Desenvolvimento e a Execução de um Projeto

  • A linha do tempo de um projeto varia muito, mas ela nos ajuda a entender determinadas características de sua arquitetura em função da época e em quanto tempo foi construída.
  • O projeto, parte inicial quando recebemos a proposta e a estudamos, obtemos as respostas em função do contexto, entorno e características pré-existentes.
  • Os colaboradores, essenciais para a realização do projeto, cada um possuindo habilidades diferentes que podem ser aproveitadas em diferentes etapas.
  • O cliente, aquele que inicia o projeto, financia a construção e geralmente é o usuário final da edificação. Eles já podem ter ideia de como querem que a edificação seja, logo todas as exigências, desejos e funções são transformadas em um programa de necessidades de uso do arquiteto para projetar.
  • Os topógrafos avaliam os materiais, os sistema da arquitetura, divisas entre terrenos e edificações e os níveis do terreno.
  • O orçamentista avalia os materiais usados na construções preparando um orçamento dos custos do projeto.
  • Os engenheiros são responsáveis pela aplicação técnica do conhecimento cientifico do projeto, projetam sistemas junto com o arquiteto, sejam eles de estrutura ou instalações de calefação ou refrigeração, ventilação, eletricidade, agua, esgoto, telefonia, etc.
  • Os engenheiros de estrutura lidam com a superestrutura, fundações e fachadas. Racionalizam os elementos estruturais da edificação de modo que eles sejam eficientes.
  • O engenheiro mecânico é responsável pela instalação de máquinas.
  • Os engenheiros elétricos trabalham juntos com os mecânicos na instalação de sistemas elétricos.
  • Os engenheiros acústicos tratam do aspecto de sistema de ruídos.
  • O arquiteto paisagista é aquele que trata da edificação relacionada com o entorno, analisando o terreno, incidência de luz solar, variações de temperatura, percursos, rotas nos espaços externos, fazendo com que o projeto se vincule ao terreno.
  • Os construtores e empreiteiros da construção civil constroem o prédio fisicamente, com base nas informações fornecidas pelo arquiteto, engenheiros, topógrafos e orçamentistas.
  • O conceito do projeto são as respostas a todo o contexto envolvido (função, entorno, terreno e programa de necessidades), por isso é essencial que ele seja claro para ser entendido por toda a equipe.
  • Durante o desenvolvimento do projeto muitas decisões são tomadas e conversadas com o cliente, mas é essencial tentar manter o conceito inicial do projeto para não comprometer a integridade da ideia.
  • Toda obra de arquitetura precisa ser imaginada pelo arquiteto já construída, o melhor e fato mais interessante é quando a edificação construída se parece com a ideia imaginada inicialmente. A arquitetura sempre nos surpreende com detalhes que muitas vezes não conseguimos planejar, só quando é finalizada percebemos a sensação de seus espaços, a conexão que ela transmite e sua identidade. Assim, logo temos de responder também se ela atingiu o objetivo previsto e ao programa de necessidades inicial.

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