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Literatura e Teatro o Renascimento na Inglaterra e França

Por:   •  9/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.308 Palavras (14 Páginas)  •  1.947 Visualizações

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SUMÁRIO

Introdução..........................................................................................................3

Literatura e Teatro: o Renascimento na Inglaterra............................................4

Literatura e Teatro: o Renascimento na França.................................................7

Conclusão..........................................................................................................11

Referências Bibliográficas.................................................................................12

INTRODUÇÃO

No presente trabalho está abordado o contexto histórico e desenvolvimento da Literatura e do Teatro na França e na Inglaterra durante a transição do Medievo ao Renascimento, constando nele os principais personagens históricos e breve explanação sobre as obras, muitas delas, que influenciaram o pensamento moderno e são usadas como referência até os dias atuais. Apresenta também as nuances de cada estética literária influente nesses países durante o século XV e o século XVII.

Literatura e Teatro: o Renascimento na Inglaterra

O Renascimento Inglês teve início no final do séc. XV, mais precisamente em 1485, com a consolidação do Estado Nacional Inglês. Se deu consideravelmente mais tardio que a Itália e foi uma época marcada pela dinastia Tudor. É importante citar a grande expansão marítima e a relativa estabilidade interna depois da devastação da longa guerra das Duas Rosas, como base para o florescer da nova era de artes na Inglaterra, o fim do conflito entre a casa York e a Lancaster tornou possível pensar em Cultura e Arte. De acordo com Sevcenko, ao contrário do renascimento Italiano, a Inglaterra não obteve grandes avanços nas artes plásticas, porém se destacou em sua literatura e teatro.

O ápice do renascimento desse país ocorre no período Elisabetano, de 1533 até 1603. A rainha Elizabeth. Um pouco antes ainda na corte do rei Henrique VIII a poesia lírica inglesa surge e em particular o soneto de amor inglês, que foi introduzido na língua por sir Thomas Wyatt, que foi primeiro poeta significativo da época e particularmente demonstrava originalidade em seus sonetos e poemas líricos curtos, em geral acerca de temas convencionais como transitoriedade dos prazeres terrenos, sofrimento das paixões e dores de partidas, essa modalidade literária usufruiria de grande popularidade ao longo do renascimento inglês.

Já os escritos em prosa, embora formem a maior produção da época, pouquíssimos podem ser considerados “literatura”. A maioria dos escritos estava direcionado a instrução e edificação. O primeiro escrito considerado romance inglês da época se chama Euphues (1587), com sua sequência Euphues and His England (1580) da autoria do também dramaturgo John Lyly, influenciados pelos escritos italianos sobre comportamento cortês.

Outro texto que merece atenção especial é Arcadia de sir Philip Sidney, um romance pastoral de enredo extravagante. Por estar sob o disfarce de ficção, um livro que pretende ser, entre outras coisas, um guia de conduta, como era o costume e objetivo dos escritos na época.

Thomas Nashe, se destaca como autor de The Unfortunate Travellor (1594), uma história de aventura de natureza com um perfil bem mais realista marcada por um estilo econômico e ligeiro.

Como já abordado a literatura imaginativa escrita em prosa no início do renascimento inglês não representou uma produção expressiva no panorama de literatura inglesa, mas, não resta dúvida que a prosa era reconhecidamente um meio para todas as demais formas de escrita, por exemplo, dela se serviam os autores de relatos de viagens e descobertas que eram copiosos da época, bem como autores de obras de teoria literária. Nessas áreas podemos encontrar livros notáveis como Principal Navigations de Richad Hakluyt(1589) e Chronicals of England (1577), mas nenhum deles com um enredo imaginativo, mas num perfil descritivo e analítico.

Como apresentado, o país passava agora por um período de desenvolvimento incrível, graças aos benefícios econômicos vindo das manufaturas de lã, pelo comércio com o estrangeiro e a paz instaurada no agora uno Reino Inglês e desse modo a vida cosmopolita tomava conta de Londres. E foi nesse contexto fértil que o Teatro inglês ganhou seu destaque, alguns fatores, tais como a interação dos diversos níveis sociais em torno da atividade, a consciência nacional de grande nação que emergia, influenciaram diretamente para o sucesso do Teatro inglês renascentista. Outro fator de grande influência é não ter havido um rompimento rigoroso com a Idade Média, como aconteceu em outros centros culturais europeus, que negaram os princípios do pensamento e da cultura medievais de forma abrupta, visto terem sido influenciados pelo humanismo súbito e profundo fervor à cultura clássica.

Ao longo do tempo de vigência do Império Romano, o público, de modo geral, se inclinava a apreciar espetáculos rudes e brutais nas arenas, sem ensinamentos morais esses espetáculos foram banidos com a consolidação na igreja católica na Idade Média, com o tempo dentro da igreja nasceu a necessidade de levar ao povo o ensinamento religioso de forma mais efetiva, havendo o grande obstáculo da língua, afinal, as missas eram oficialmente em latim, idioma que o povo não dominava. Assim, a representação de histórias morais e ensinamentos bíblicos começaram a ganhar espaço nas manifestações religiosas, em algumas situações as igrejas lotavam tanto que era preciso que as apresentações ocorressem nas praças.

Como nem sempre os padres atuavam em papeis de bom tom, a igreja passou a abrir espaços dessas apresentações a ofícios e assim na Inglaterra governada pela rainha Elizabeth, que o teatro inglês achou espaço para florescer e ocorreu um dos períodos mais fecundos de criação teatral de todos os tempos.  

A produção teatral dessa época ficou conhecida como Elisabetana, em homenagem a rainha Elizabeth I. Os autores desse período brilhante da história do teatro mundial trouxeram para as suas peças teatrais as tradições religiosas e populares medievais, assim, como as  novelas  de cavalaria, envolvendo bravos heróis, os contos populares, um misto de mitologias e crenças religiosas e a saga de diferentes monarquias europeias estão contemplados nos textos de tragédias e comédias, hoje considerados clássicos do teatro mundial.

Um fator de extrema importância para a consagração do teatro inglês no Renascimento foi a presença maciça e constante do público nos muitos teatros construídos, cuja capacidade variava de 1.500 a 2.000 pessoas, especialmente em cidades como Londres, na qual a população da época não ultrapassava 160 mil habitantes. Nos teatros a população se misturava, inclusive os nobres da mais alta hierarquia, compartilhavam a plateia durante as representações que costumavam se estender durante horas.

A vasta produção teatral do período elisabetano pode ser conferida a vários escritores, sendo muito conhecidas e prestigiadas a obra dos “poetas da Universidade”: John Lyly (1554 – 1606), Henry Howard (1517 – 1547), aristocrata inglês e um dos fundadores da poesia renascentista inglesa. Thomas Kyd (1558 – 1594), autor de A tragédia espanhola, uma peça sangrenta (considerada precursora de Hamlet) que teve grande êxito e influência na época; Christopher Marlowe (1564 – 1593), um dramaturgo, poeta e tradutor inglês. É considerado maior renovador da forma do Teatro no período Elisabetano; Benjamin Jonson (1562 - 1637) que foi um dramaturgo, poeta e ator inglês, que criou um estilo que durou gerações, a “comédia de costumes”, que misturava o realismo e uma atmosfera satírica ao uso dos humores. No entanto, foi um escritor sem formação acadêmica – William Shakespeare (1564 – 1616) – que conquistou glória em vida, bem como o título de maior escritor de teatro de todos os tempos.

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