MANUAL DO CONFORTO TÉRMICO
Por: apollo2018 • 5/6/2020 • Resenha • 1.646 Palavras (7 Páginas) • 291 Visualizações
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Faculdades Integradas AGES
Campus de Lagarto
JOSÉ MÁRCIO SANTANA SANTOS
MANUAL DO CONFORTO TERMICO
Fichamento apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da faculdade AGES de lagarto, como um dos pré-requisitos para a obtenção da nota parcial da disciplina de Conforto I, 6° período.
Professor: Daniel Vieira dos Santos
Lagarto
Maio de 2020
FROTA, Anísio Barros. Manual do Conforto Térmico. São Paulo: Studio Nobel, 1988.
Citações diretas
O homem é um animal homeotérmico. Seu organismo é mantido a uma temperatura interna sensivelmente constante. Essa temperatura é da ordem de 37°C, com limites muito estreitos — entre 36,1 e 37,2°C —, sendo 32°C o limite inferior e 42°C o limite superior para sobrevivência, em estado de enfermidade. (p.19)
Quando as condições ambientais proporcionam perdas de calor do corpo além das necessárias para a manutenção de sua temperatura interna constante, o organismo reage por meio de seus mecanismos automáticos — sistema nervoso simpático —, buscando reduzir as perdas e aumentar as combustões internas. (p.19)
Quando as perdas de calor são inferiores às necessárias para a manutenção de sua temperatura interna constante, o organismo reage por meio de seus mecanismos automáticos — sistema nervoso simpático —, proporcionando condições de troca de calor mais intensa entre o organismo e o ambiente e reduzindo as combustões internas. (p.19)
Ao efetuar trabalho mecânico, os músculos se contraem. Tal contração produz calor. A quantidade de calor liberado pelo corpo, por essa razão, será função do trabalho desenvolvido, podendo chegar a um máximo da ordem de 1200 W, desde que por pouco tempo. (p.20)
Sendo a pele o principal órgão termorregulador do organismo humano —a temperatura da pele —, é através dela que se realizam as trocas de calor. A temperatura da pele é regulada pelo fluxo sanguíneo que a percorre — quanto mais intenso o fluxo, mais elevada sua temperatura. (p.22)
A vestimenta representa uma barreira para as trocas de calor por convecção. A vestimenta, que mantém uma camada, mínima que seja, de ar parado, dificulta as trocas por convecção e radiação. (p.22)
As condições de conforto térmico são função, portanto, de uma série de variáveis. Para avaliar tais condições, o indivíduo deve estar apropriadamente vestido e sem problemas de saúde ou de aclimatação. É certo que as condições ambientais capazes de proporcionar sensação de conforto térmico em habitantes de clima quente e úmido não são as mesmas que proporcionam sensação de conforto em habitantes de clima quente e seco e, muito menos, em habitantes de regiões de clima temperado ou frio. (p.23)
Em 1932, Vernon e Warner apresentaram uma proposta de correção para o índice de Temperatura Efetiva, utilizando a temperatura do termômetro de globo em vez de temperatura seca do ar, para base dos cálculos, posto que a temperatura de radiação, sendo superior ou inferior à temperatura seca do ar, proporciona alterações na sensação de conforto. (p.27)
Texto
O organismo do ser humano pode ser comparado a uma máquina térmica, pois sua temperatura é mantida sempre numa constante entre 36,1 º e 37,2°. E quando sofre alterações causadas por enfermidades seu limite de sobrevivência fica estabelecido entre o mínimo de 32° e o máximo de 41°. A sua energia é gerada através de diversas e complexas reações químicas, dentre elas a mais importante entre o carbono absolvido dos alimentos e o oxigênio capturado na respiração, a que damos o nome de metabolismo.
Através do metabolismo a máquina humana ganha energia, porém o homem é considerado termodinamicamente um ser de baixo rendimento, pois apenas 20% da energia adquirida é aproveitada como potencial de trabalho. Os demais 80% são transformados em calor e dissipados através do seu aparelho termorregulador que determina o ganho ou perda de calor através de seus mecanismos de controle dependendo das condições termo higrométricas do ambiente. Contudo essa termorregulação exige um esforço extra do organismo, consequentemente comprometendo sua potencialidade de trabalho, sua energia dentro dos 20% utilizáveis. Por isso, o seu organismo desfruta de uma sensação maior de conforto térmico quando perde calor para o ambiente sem utilizar da energia dos seus mecanismos de regulação, ou seja, quando perde o calor que é produzido pelo metabolismo produzido pela sua atividade.
Para manter sua temperatura interna estável o organismo dispõe de mecanismos automáticos, o sistema nervoso simpático que atua controlando os ganhos e as perdas de energia, de acordo com as condições do ambiente, reagindo ao frio fortalecendo a resistência térmica da pele, por meio da vasoconstrição, do arrepio e do titilar e reagindo ao calor por meio da vasodilatação e da exsudação. Em amos os casos, o aumento ou redução das combustões internas se faz através do sistema glandular endócrino.
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