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O Minimalismo, High-Tech e Pós Modernismo (1990)

Por:   •  5/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  1.086 Visualizações

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Minimalismo

O estilo minimalista iniciou no século 20 com a arquitetura, em 1920. Após a Primeira Guerra Mundial, o arquiteto Van Der Rohe foi um dos primeiros arquitetos de destaque que usaram seus princípios. A tendência continuou até a metade do século 20, com o designer e arquiteto Buckminster Fuller que projetou cúpulas usando formas geométricas.

O design minimalista é um dos movimentos mais importantes do século 20 e início do século 21. Não é o mais popular, mas sem dúvida penetrou em mais campos do que qualquer outra arte ou tendência de design.

O foco na simplicidade foi inserido na pintura, design de interiores, moda e música. A arte minimalista cresceu, especialmente, na década de 1960 nos Estados Unidos. Semelhante ao De Stijl, pintores reagiram contra a arte abstrato-expressionista e usavam apenas as formas geométricas elementares sem adicionar decorações ou quaisquer outros elementos.

Um design minimalista é um projeto despojado com apenas elementos essenciais. O arquiteto Ludwig Mies van Rohe definiu o estilo como “menos é mais” e o designer Buckminster Fuller como “fazer mais com menos”.

O design minimalista foi influenciado, especificamente, pelo movimento artístico De Stijl, arquitetos como Van Der Rohe e o design tradicional japonês. Havia muitas pessoas fazendo design minimalista, mas como com qualquer tendência ou movimento, algumas figuras eram mais proeminentes e influentes. Duas figuras-chave no design minimalista foram Buckminster Fuller e Dieter Rams.

[pic 1]

Movimento Hi-Tech

Ocorreu a partir dos anos 70 e se configurou com a utilização de métodos, figuras, tecnologia e materiais da arquitetura.

Caracteriza-se pela exposição dos sistemas elétricos, hidráulicos, climatização e circulação, uso intenso de cores vivas e acabamentos metálicos, vedações com painéis industrializados e vidro, nunca com processos tradicionais de alvenaria, por exemplos, grandes vãos e estruturas tensionadas. Esta exposição dos sistemas técnicos foi chamada, vulgarmente, de poética do intestinismo.

Se propõe a oferecer ao usuário ao invés de espaços tradicionais, passiveis de receber conotações afetivas, espaços de máxima eficiência, jamais perturbados por elementos estruturais ou blocos de circulação e serviços.

O primeiro edifício High Tech foi o Centro Georges Pompidou, em Paris, de 1971-77, projetado por Renzo Piano e Richard Rogers. Este último arquiteto, nascido na Florença, de pais ingleses, juntamente com seu meio-compatriota Norman Foster, são os grandes nomes desta tendência.

[pic 2]

Centro Georges Pompidou, Paris.

O Lloyd’s Bank, em Londres, de autoria de Richard Rogers, foi projetado e construído entre 1978 e 1986. Como o Centro Pompidou, em Paris o edifício foi inovador, tendo seus serviços, tais como escadas, elevadores, sistema elétrico e canalização de água expostos, deixando um espaço livre no interior. Os 12 elevadores de vidro foram os primeiros do tipo no Reino Unido.

[pic 3]

Lloyd’s Bank, Londres.

[pic 4]

Lloyd’s Bank, Londres. Planta do pavimento tipo.

O Hong-Kong e Shangai Bank (1979-1986), de Norman Foster, completa a tríade de edifícios canônicos do High Tech. Projetado por Norman Foster foi provavelmente o edifício mais conhecido e mais amplamente divulgado de sua época, em grande parte porque foi dito ter custado mais dinheiro do que qualquer outro edifício. Não obstante esse tipo de publicidade, o edifício marcou época como um feito único de arquitetura da era moderna.

Os edifícios High Tech primam pela exposição de estruturas e instalações. Alguns, como o Centro Pompidou privilegiam as instalações, colorindo-as com cores planas e primárias. O uso das estruturas tensionadas, como no HKSB e Centro Pompidou é também um dado importante. O aço é sempre bem-vindo como material principal, porém o concreto pode também fazer o seu discurso, como no Lloyd’s. Movimento, jogo de luzes e sombras, alternando com grandes superfícies metálicas, lembrando o drama barroco de fachadas, reeditado no século XX. Mas sobretudo muita racionalidade a serviço da expressão inequívoca do mundo tecnológico. Todas estas feições projetam uma confiança otimista na cultura científica.

Pós-Modernidade

 “A percepção da forma tem base cultural e o significado em arquitetura

é resultado de intensões culturais”. (Norberg-Schulz)

          O Pós-modernismo vigorou durante aproximadamente 20 anos, nas décadas de 1980 e 1990.

         Os anos 80 do século XX foram um período extremamente consumista, graças a política econômica do presidente norte americano Reagan, que permitiu o enriquecimento de grande parte da população dos EUA. Talvez esse seja o motivo da arquitetura pós-moderna ser chamada também de “arquitetura do consumo”.

         O pós-modernismo caracterizou-se por questionar de diversas maneiras o seu precedente: o modernismo. Cada arquiteto visava repensar um aspecto que considerava falho ou totalmente errado, mas poucos conseguiram combater de uma só vez todas as doutrinas que o modernismo criou. O pós-moderno formular-se como antítese do movimento anterior.

         Todos os que se colocaram sob a denominação de pós-modernos queriam, de uma forma ou de outra, fazer com que a arquitetura fosse novamente portadora de símbolos, de signos convencionais que falassem a todos, que comunicassem valores culturais que transbordavam as questões meramente construtivas. Por isso o pós-modernismo resgata os estilos anteriores ao modernismo e os utilizada de forma diferenciada.

         Robert Venturi – arquiteto e teórico norte americano – foi o primeiro a escrever sobre o pós-modernismo, ele elaborou um paralelo de características antagônicas entre o modernismo e o pós-modernismo:

MODERNISMO

PÓS-MODERNISMO

Simplificação

Complexidade, contradição

Unicidade

Ambiguidade, tensão

Exclusividade

Inclusividade

Puritanismo

Hibridismo

Unidade óbvia (objetividade integrista)

Vitalidade emaranhada

         Com base nesse paralelo vamos esmiuçar cada uma dessas características com o intuito de entender melhor o que elas significaram para a arquitetura.

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