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O Nuno Teotônio Pereira

Por:   •  1/1/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.021 Palavras (13 Páginas)  •  252 Visualizações

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  1. Biografia

A vida deste arquiteto marcou de modo inquestionável toda a segunda metade do século XX português, a ponto de nenhuma história de Portugal desse período poder ficar completa sem frequentes referências à sua pessoa que, desde cedo, revelou uma natural atenção pelos outros, materializando-a em iniciativas que procuravam mudar para melhor o mundo que o rodeava.

Nuno Teotónio Pereira                                                          Momentos Marcantes na História                   

[pic 1]

1922

Nasce em Lisboa, filho de Luís Theotónio Pereira e de Alice Pereira.

1932[pic 2]

Ingressa no liceu Pedro Nunes em Lisboa, onde faz os estudos secundários, é colega de turma do filho do arquiteto Carlos Ramos.

1936[pic 3]

Depois da prática do escutismo alista-se, como voluntário, na criação da Mocidade Portuguesa, vindo a tirar mais tarde o curso de graduado.

1937-1940

Faz várias viagens a Espanha, primeiro numa missão de apoio ao exercito franquista, em 1937, e depois como convidado do seu tio Pedro, embaixador de Portugal.

1939[pic 4]

Admitido na Escola de Belas Artes de Lisboa, no curso de Arquitetura, onde, entre outros, é aluno de Cristino da Silva e de Leopoldo de Almeida. Tem como colegas Manuel Taínha, Alcina de Menezes, Carlos Manuel Ramos, Luís Nobre Guedes, Coutinho Raposo, Blasco Gonçalves, Garizo do Carmo, Manolo Potier, Vitor Palla e Costa Martins.[pic 5]

[pic 6]

1940

Colabora no atelier do prof. Carlos Ramos. (-1943)

1942

Rompendo com a tradição familiar, suprime o “h” de Theotónio. Frequenta durante um ano o primeiro curso de Arquitetura Paisagista lecionado em Portugal, sob a direção do prof. F. Caldeira Cabral, no âmbito do qual foi colega, entre outros, de Gonçalo Ribeiro Telles.[pic 7]

1943

Cumpre o serviço militar na Póvoa do Varzim.

1944

Com Costa Martins, traduz a Carta de Atenas, pela primeira vez publicada em Portugal na revista Técnica, da Associação dos Estudantes do IST, para o qual escreve vários artigos sobre assuntos de engenharia e arquitetura.

Cumpre o serviço militar no Lumiar, Lisboa.

1945

É-lhe oferecido por um tio o catálogo da exposição “Brazil Builds”. Architecture New and Old, 1652-1942.[pic 8]

[pic 9]

1946

Frequenta, com Costa Martins, o 6º ano de Arquitetura na escola de Belas Artes do Porto, dirigida por Carlos Ramos, de quem é aluno.

1947[pic 10]

Promove, com a colaboração de Manuel João Leal, a publicação do artigo de Fernando Távora, “O Problema da Casa Portuguesa”, nos cadernos da Arquitetura.

Admitido como tirocinante na Câmara Municipal de Lisboa.

1948[pic 11]

Admitido como Arquiteto na Federação de Caixas de Previdência – Habitações Económicas, onde se mantem até 1972.

Participa no “Congresso Nacional de Arquitetura”, promovido pelo Sindicato Nacional dos Arquitetos, com a comunicação Habitação Económica e Reajustamento Social.

1949

Termina o curso de Arquitetura, na EBAP, com a classificação final de 18 valores.

Inscreve-se no Sindicato Nacional dos Arquitetos, onde é o sócio nº 132.

1951[pic 12][pic 13]

Casa com Maria Natália Duarte Silva.

Em Assembleia Geral do Sindicato Nacional dos Arquitetos, é eleito para uma das comissões constituídas no intuito de estudar e organizar ações em torno de assuntos de carater profissional e cultural.

1952

Cofundador e dirigente do MRAR – Movimento de Renovação da Arte Religiosa, de cujo núcleo principal também fazem parte os arquitetos Freitas Leal, Maia Santos, João Correia Rebelo, João de Almeida e Diogo Lino Pimentel, os pintores José Escada, Madalena Cabral, Manuel Cargaleiro e António Lino, e o historiador Flórido de Vasconcelos.

1953[pic 14]

Integra a comissão organizadora da “Exposição de Arquitetura Religiosa Contemporânea” (Lisboa, Galeria de São Nicolau, Abr.-Maio), promovida pelo MRAR.

Participa no “III Congresso da UIA” (Lisboa).

2º Prémio Nacional de Arquitetura da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1961.

1954

Participa na organização do Curso de Arquitetura da JUC – Juventude Universitária Católica, sendo responsável pela parte referente à habitação.

[pic 15]

1955

Faz parte da Comissão de Seminários, Conferências e Secções de Cinema do Sindicato Nacional dos Arquitetos.

1957

Nuno Portas entra para o Atelier.

Membro dos corpos sociais do Sindicato Nacional dos Arquitetos. (-1959)

1958

Apoia a campanha do General Humberto Delgado para a presidência da República, subscrevendo manifestos de católicos contra a ditadura.

1960

Membro dos corpos sociais do Sindicato Nacional dos Arquitetos. (1962)

1961[pic 16]

Consultor da Federação de Caixas de Previdência – Habitações Económicas, até 1972.

1962

Criação do Atelier Nuno Teotónio Pereira, associado com Nuno Portas e Bartolomeu da Costa Cabral.

Delegado português no “Comité do Habitat da União Internacional dos Arquitetos e Congresso da UIA”, em Madrid.

1º prémio no concurso público para a nova Igreja do Sagrado Coração de Jesus.[pic 17]

1963

Cofundador da publicação clandestina Direito à Informação (-1969), boletim policopiado, que divulga informação relativa à Guerra Colonial e defende o direito dos povos à independência.

1965

Prémio Valmor de 1971 (a atribuição dos prémios relativos a este ano é feita em 1973, quando Teotónio Pereiro estava preso em Caxias, o que confere maior significado a esta distinção).[pic 18]

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