O Paul Goguin
Por: Helena Afonso • 20/11/2020 • Projeto de pesquisa • 943 Palavras (4 Páginas) • 164 Visualizações
Paul Gauguing nasceu em 1849 e faleceu em 1903.
Em comparação a outros artistas, como por exemplo Monet, este viveu o impressionismo de maneira diferente, isto é, viveu-o como iniciação e não como descobrimento.
A sua personalidade era traduzida na mensagem das suas criações, tendo uma biografia inconfundível tal como o conjunto de seus trabalhos.
Artista que primeiramente se ligou ao impressionismo, passando de seguida pelo movimento simbolista.
O seu exotismo expressa a sua busca dolorosa para o redescobrimento do valor existencial dos símbolos mágicos e religiosos, laços de harmonia entre tempo integralmente vivido pelo homem e o mistério de um destino que se inscreve na intemporalidade.
Destacamos ainda, o seu contributo para a documentação do antropólogo e do historiador de religião comparada.
Em comparação a Van Gogh, Gauguin também passou pela ansiedade da falha da separação do Cristianismo humano atual, procurando em Victor Hugo o consolo sem dogma, isto é, uma ordem nova onde cessaria de vir da forma dos deuses.
Defendeu o paraiso da natureza selvagem, onde tudo é inocência e liberdade.
De 1879-1885 expôs com Camille Pissarro, conhecido como o mestre de primeira hora de Gauguin, ligando-se assim à escola impressionista.
Gauguin aproximou-se de uma nova técnica, caracterizada por um forte traço em torno dos objetos e das personagens, ou seja, a existência de seduções de exotismo deve-se à harmonia das cores, podendo-se observar esta técnica no Extremo Oriente que se destaca pelo contraste de planos, em que o primeiro plano está maior relativamente aos outros. Existindo evoluções como: volumes simplificados, anulação das sombras e as gradações de colorido.
Com o referido anteriormente, podemos caracterizar as obras de Gauguin como o querer exprimir uma conceção global da obra de arte e da sua função espiritual.
Quanto às paisagens, o artista usa a técnica da divisão das cores em pequenas pinceladas justapostas.
A sua vivência no Peru, influenciou-o em vários aspetos: na representação de imagens exóticas e místicas com visões idealizadas e a representação simbólica e alegórica da natureza.
Sobre as suas primeiras pinturas, estas são de um autodidata formado em contato com a coleção de seu tutor, Gustave Arosa, e seu irmão, Aquiles. No início do seu percurso a sua técnica distinguia-se pela escovagem de tons distantes uns dos outros, passando uma aparência escamosa e uma harmonia monótona de cor “grosseira”.
Ainda sobre as influências em outros artistas, adquiriu de Pissarro a sua habilidade em pintura, mantendo como seu mestre secreto Degas, de quem ele transpôs duas dançarinas sobre uma curiosa caixa de madeira esculpida, verdadeiro baú de marinheiro.
Da Martinica à segunda estadia na Bretanha, observamos uma evolução do impressionismo ao Sintetismo. Tendo em conta que o Sintetismo se define numa forma não-naturalista, expressando a ideia da obra de arte por um desenho conciso e pela saturação subjetiva da cor.
O ato de criar reside na aliança da forma e da cor, afastando-se da realidade. A linha expressa o potencial vital da obra de arte. As linhas retas, estas árvores finas e sincopadas que pontuam a paisagem de Gauguin, tendem ao infinito, e é por isso que, apesar de sua aparência clássica, suas pinturas não são clássicas. Em contraste, as linhas curvas limitam, se replicando, traduzem a incapacidade de atingir o absoluto. A cor traz em vagas de ondas sensoriais o que há, ao mesmo tempo, de mais universal e mais secreto na natureza.
O fracasso da tentativa de vida comum com Van Gogh, em Arles, fez com que o projeto de um ateliê no Sul terminasse. Mais tarde, Gauguin começa a afastar-se da civilização que hostilizava e começa a representar uma sociedade primitiva, escapando da asfixia de uma sociedade dominada pelo dinheiro.
Passado 2 anos a viver na ilha, retorna a frança, em 1894, com intuito de desfrutar de um breve período de calma financeira e moral.
Mas duas vendas acabam por ser desastrosas devido à sua nova forma de pintura, selvagem e encantatória e retoma para o Taiti (1896-1901), a miséria tornou a solidão insuportável.
...