O Que é Patrimônio Histórico
Por: Airton Junior • 11/3/2021 • Resenha • 1.741 Palavras (7 Páginas) • 224 Visualizações
ALUNO: AIRTON DE OLIVEIRA RODRIGUES JÚNIOR (18004553)
- Qual é o fato que mais chama atenção na leitura?
É de como é tão complexo a definição de patrimônio histórico e sua restauração. Não é tão simples como eu pensava. E sua importância é muito válida para a gerações futuras, pois assim podemos analisar certa época do tempo e tirar conclusões sobre assuntos atuais.
b) Quais as comparações feitas na publicação de Carlos Lemos?
Lemos compara a importância que a geração atual, diferente da geração passada, deu em relação à preservação histórica. A geração atual, mesmo que com definição inicial fajuta, se interessou em valorizar e preservar patrimônios históricos, ao contrário da passada.
c) Quem são os especialistas e/ou autores citados no texto e qual a contribuição de cada um?
Hugues de Varine-Boham foi a primeira pessoa a se conscientizar sobre quão vasta é a área de patrimônio cultural, e que esta seja dividida em três grandes categorias: elementos da natureza, conhecimentos e saber fazer e bens culturais.
Aurélio é o criador do conceito da palavra “preservar”: livrar de algum dano, master livre de corrupção, perigo ou dano, defender e resguardar.
Wanderley Pinho fez projeto de lei relativo à proteção de nosso patrimônio cultural como arquitraves, portas, janelas, colunas, azulejos e quaisquer ornatos que possam ser retirados de uma edificação a outra.
Luiz Cedro apresentou projeto de lei focado em salvar nosso patrimônio criando uma Inspetoria dos Monumentos Históricos dos Estados Unidos do Brasil, a fim de conservar imóveis públicos ou particulares que possuem interesse nacional.
Mário de Andrade e Paulo Duarte foram as pessoas que criaram um projeto válido sobre preservação de patrimônios, dividindo as obras de artes em oito categorias: arqueológica, ameríndia, popular, histórica, erudita nacional, erudita estrangeira, aplicadas nacionais e aplicadas estrangeiras.
Ambrogio Annoni fez uma síntese das teorias da restauração, classificando os bens arquitetônicos em ruínas, edifícios danificados mas recuperáveis e em construções boas para uso mas podendo apresentar três hipóteses.
Gian Carlo Garperini propôs criar “Carta Internacional de Restauração de Monumentos” para implementação de política de pesquisas e valorização de monumentos em seu ambiente.
FICHAMENTO LEMOS, Carlos A.C. “O Que é Patrimônio Histórico”. São Paulo: Editora Brasiliense, 2006. (Coleção Primeiros Passos; 51). | |
“Ultimamente, os jornais, as revistas e a própria televisão estão a dar ênfase a um assunto até há pouco sem interesse maior do povo, que é esse tema ligado às construções antigas e seus pertences, representativos de gerações passadas e que, englobadamente, recebem o nome genérico de “Patrimônio Histórico”(…)”. (p. 7) | A geração passada não deu a devida importância que a geração atual está dando para a preservação de patrimônios históricos. |
“(…) Hugues de Varine-Boham quem nos fez encarar a problemática do Patrimônio Cultural de modo bastante abrangente(…)” (p. 8) | Hugues foi quem deu o ponta pé inicial com interrogações vastas sobre patrimônio cultural. |
“Sugere o professor francês que o Patrimônio cultural seja dividido em três grandes categorias de elementos. Primeiramente, arrola os elementos pertencentes à natureza (…). O segundo grupo de elementos refere-se ao conhecimento, técnicas, ao saber e ao saber fazer (…). O terceiro grupo de elementos é o mais importante de todos porque reúne os chamados bens culturais que englobam toda sorte de coisas, objetos, artefatos e construções (…). (p. 8, 9 e 10) | Hugues dividiu o Patrimônio Culturais em três grupos. O primeiro abrange elementos de ambiente natural. O segundo abrange a população em si com foco nos seus conhecimentos. O terceiro abrange todos os artefatos e construções. |
“É fácil entender que de uma determinada condição ambiental, e não existem duas iguais no mundo, e de um determinado povo, seja misturado da maneira como for, como o nosso, só pode resultar um processo cultural cuja evolução sempre percorre diretrizes identificadas por uma linha mestra do saber predominante. (…)” (p. 25) | Duas regiões não compartilham da mesma cultura. Ambas possuem suas particularidades onde irá resultar em duas culturas distintas. |
“(…) o termo preservar deve ser aplicado com toda a amplitude de seu significado. É dever de patriotismo preservar os recursos materiais e as condições ambientais em sua integridade (…). (p. 26) | É dever de todo brasileiro preservar a sua história e de seus antepassados. |
“Não podemos ignorar a indústria japonesa invadindo as cidades e os sertões. (…). O rádio japonês sempre transmitirá sua musiquinha sertaneja. Sempre daremos um jeitinho nosso às coisas de fora.” (p. 28) | A globalização é inevitável. Mas o brasileiro sempre dará seu jeito de deixar com sua essência. |
“(…) Os arquitetos (…) podem preservar obras artísticas em geral para o seu próprio deleite e prazer espiritual.” (p. 31) | Os arquitetos podem adquirir bastante conhecimento em analises de obras antigas. |
“(…) definia Mário de Andrade: “Entende-se por patrimônio Artístico Nacional todas as obras de arte pura ou de arte aplicada, popular ou erudita, nacional ou estrangeira, pertencentes ao poderes públicos, e a organismos sociais e a particulares nacionais, a particulares estrangeiros, residentes no Brasil”. (…)” (p. 38) | Mário de Andrade conceitua Patrimônio Artístico Nacional e agrupou as obras de arte em oito categorias: arqueológica, ameríndia, popular, histórica, erudita nacional, erudita estrangeira, aplicadas nacionais e aplicadas estrangeiras. |
“(…) veio o decreto-lei nº 25, de 30 de novembro, que organizou então o primitivo SPHAN, onde se define oficialmente o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como sendo “o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público (…).” (p. 43) | No dia 30 de novembro, Patrimônio Histórico ganhou um conceito oficial pelo SPHAN. |
“(…) a lei promulgada prudentemente apelava a um restrito “interesse público” sem, contudo, defini-lo em sua extenção. (…). (p. 44) | A lei não define um conceito para “interesse público”, deixando um espaço em branco sobre o que preservar. |
“(…) é imprescindível ordenar ou classificar todos os bens que compõem um Patrimônio Cultural e, portanto, estabelecer regras de como e onde preservá-los em sua totalidade ou selecionando elementos realmente representativos. (…)” (p. 64) | É necessário estabelecer regras de como e onde preservar certo patrimônio cultural e não apenas apontá-lo como importante. |
“Essa expressão, “como preservar”, prossupõe uma série infinita de atividades e de posturas perante o elenco de bens culturais do nosso patrimônio, implicando, inclusive, atuações interdisciplinares e julgamentos os mais variados.” (p. 66) | Não existe um método universal de como preservar algo. Cada coisa possui sua própria particularidade sobre como ser preservada. |
“(…) a primeira norma de conduta ligada ao “como preservar” é manter o bem cultural, especialmente o edifício, em uso constante e sempre que possível satisfazendo a programas originais. (…)” (p. 69) | Tentar manter seu uso original é a base de como preservar. |
“(…) Conforme Gian Carlo Garperini, (…) propunha criar uma “Carta Intenracional de Restauração de Monumentos” para a implantação de uma política comum de pesquisas e valorização dos monumentos em seu ambiente, dos centros históricos e da paisagem. (…)” (p. 75) | Gian Carlo Garperini propôs a criação de uma política de valorização de monumentos em seu local original. |
“(…) preservadores que se reuniu, em maio de 1964, em Veneza, o Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos em Monumentos Históricos. (…) Daí, dada a ampla anuência da delegação brasileira, estarmos hoje sujeitos aos sábios ditames do documento nascido naquela reunião denominado “Carta de Veneza”, cuja redação nos leva a adotar o chamado “método científico” (…).” (p. 76) | “Carta de Veneza” conta com vários métodos científicos de como preservar um monumento histórico. |
“A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Ela visa a conservar e a revelar o valor estético e histórico do monumento. (…)” (p. 78) | Restaurar é valorizar a história do monumento. |
“As contribuições de todas as épocas para a construção de um monumento devem ser respeitadas, não devendo considerar-se a unidade do estilo como o objetivo a alcançar no curso de uma restauração. (…)” (p. 80) | As marcas de outros tempos devem ser aceitadas e não propriamente atualizadas. As contribuições devem ser respeitadas. |
“A remoção total ou parcial de um monumento do sítio original para outro local não pode ser tolerada, salvo se a sua preservação assim o exigir ou se razões de grande interesse nacional ou internacional a justificarem. (…)” (p. 81) | O transporte de um monumento para outro local não deve ser feita. A não ser que seja por algum motivo muito justificativo. |
“(…) Tombar, enquanto for registrar, é também igual a guardar, preservar. O bem tombado não pode ser destruído e qualquer intervenção por que necessite passar deve ser analisada e autorizada. (…)” (p. 85) | Tombar um monumento é valorizar a época da sua geração. |
“Levando em conta que o Patrimônio Histórico e Artístico, quer dizer, arquitetônico, constitui um “capital” a ser mantido para render vantagens, principalmente através do turismo, os participantes diziam que partiram da suposição de que os monumentos de interesse arqueológico, histórico e artístico constituem, também, recursos econômicos semelhantes as riquezas materiais do país. (…)” (p. 88) | Restaurar monumentos históricos, também cooperam com o crescimento do turismo no país. Consequentemente, levam ao crescimento do capital. |
“(…) O “como” preservar o Patrimônio Ambiental Urbano depende de providências em dois campos. O primeiro deles é ligado ao planejamento, o projeto de recuperação (…) somente possível após exaustivas levantamentos de natureza variada. O segundo campo é aquele decorrente da implantação do projeto e tem fundamentalmente o interesse social já que, ao se intervir no imóvel, está em si está intervindo na vida do seu ocupante.” (p. 97) | Preservar um patrimônio requer projetos e análises posteriores. |
“(…) aqui, o grande problema é o baixo poder aquisitivo dos ocupantes de monumentos aliado à sua costumeira indiferença as questões de preservação cultural, pois, em princípio, quase todas as nossas ditas cidades históricas são bastante pobres e destituídas de melhoramentos básicos de população humilde e obviamente mal instruída.“ (p. 100) | Os ocupantes de monumentos históricos brasileiros, na maioria das vezes, são humildes e sem condições de mantê-los preservados. Cabe aos governantes essa tarefa. |
“Os governos, especialmente os estaduais, tem que aquilatar enorme responsabilidade que lhes pesa nos ombros, representada por importantíssimos centros históricos hoje à beira da descaracterização total graças, antes de tudo, a inoperância de meia dúzia de decisões ou previdências mais demagógicas ou políticas do que efetivamente práticas e sinceramente imaginadas com base em honesta avaliação do que realmente valem aqueles bens de interesse social.” (p. 105) | Infelizmente os governantes não dão devido valor aos centros históricos com vários monumentos históricos. Sendo abandonados e deixados para se acabar com o tempo. |
“Nosso país é jovem e nos seus quatrocentos e tantos anos de vida conseguiu aqui e acolá seu acervo de bens absolutamente típicos de uma cultura nascida de três raças (…) hoje tem proporcionalmente muito pouco a mostrar como lembrança representativa de sua memória. (…)” (p. 107) | Com projetos de preservação chegando tarde, essa é a justificativa do país ter tão pouco a se mostrar de um passado que se perdeu no tempo. |
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