O Urbanismo Ecológico
Por: jcsi • 31/10/2017 • Monografia • 1.488 Palavras (6 Páginas) • 220 Visualizações
O urbanismo ecológico: Um novo urbanismo para abordar os erros da sociedade atual.
Introdução
O artigo é composto por duas partes diferentes: Na primeira se aborda a origem do urbanismo ideal segundo Ildefonso Cerdá e na segunda, como se fizessemos um corte no tempo, mudamos para uma nova formação de urbanismo.
Tanto em uma quanto em outra tenta se explicar como o urbanismo, como instrumento transformador da realidade, aborda os conflitos e as disfunções de duas epócas. Dois momentos historicos coincidentes com o aparecimento duas eras: no primeiro momento a era industrial no segundo a informação. No principio da era industrial não parecia que os recursos teriam limites, tão pouco que os grandes sistemas da terra poderiam se esgotar.Na era da informação os limites já foram realizados e os grandes sistemas da terra dão sinais continuos de mudanças que colocam em perigo a sustentabilidade do mundo que conhecemos, principalmente o mundo dos humanos e a sua projeção para o futuro.
A origem do urbanismo e os instrumentos criados por Ildefonso Cerdá
Foi Ildefonso Cerdá quem inventou, a metade do século XIX, o fim do urbanismo para abordar uma realidade com graves disfunções e que requeria para sua compactação um sentido interdisciplinado e imaginação suficiente para usar e criar os instrumentos técnicos, econômicos, legais e sociais que servissem de sustento ao novo conceito.
Cerda expõe em sua obra magna ( cerda, I.,1867)" colocado na alternativa de inventar uma palavra, ou de deixar de escrever sobre uma matéria que a medida ia se aprofundava em seu estúdio, acreditou que seria mais util a humanidade,preferiu inventar e escrever, do que se cala, o uso da nova palavra não pode ser sempre censurado quando necessario justifique.
A nova ideia que trata dedefinir, se apoia no conceito de sistema deforma mais ou menos clara:..."O primeiro que me ocorreu foi a necessidade de dar um nome a essemar de pessoas, de coisas, de interesses de todos os generos, de mil elementos diversos que param de funcionar, sendo que, cada um a sua maneira de forma independente, observando-os com cuidado e filosofia, podemos ver isso estão em constante relação umas com as outras, exercendo uma na outra ação às vezes muito direto, e que, consequentemente, formam uma unidade1.
"O conjunto de todas essas coisas, especialmente em sua parte material, é chamado de cidade; mas como meu objetivo não era expressar essa materialidade, mas sim o caminho e o sistema que esses grupos seguem quando são formados e como eles estão organizados e depois, todos os elementos que os constituem, isto é, além do que, a materialidade deve expressar o organismo, a vida se for dito, o que encoraja a parte material; É claro e evidente que esta palavra não pode ser acordada. A origem do termo é pesquisado na palavra urbs romana, que expressou tudo o que era dentro do espaço circunscrito pelo sulco perimétrico que os romanos abriram com o bois sagrados "(...) com a abertura do sulco urbanizou o recinto e tudo quanto
Atualmente o urbanismo tem passado por momentos de transformações, levantado questionamentos, conscientização, informação e reflexão, a cerca, dos problemas da sociedade urbana atual, entre estes, a inserção da acumulação urbana, a perca da escala humana em relação ao automóvel, ....O conceito urbanismo foi exposto pelo engenheiro IIdefonso Cerdá no século XIX, mais precisamente no ano de 1868,
falar de tudo o que vai ser falado brevemente , depois resaltar cada um deles
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- implementado na era industrial
- mal urbanismo - mal concepção do urbanismo
- aumento da habitação das cidades
- causas de um mal urbanismo
- conceitos de cerda
- modelo cidades compactas
- cidades para pessoas x Jacob
Esse cenário resulta em espaços públicos desérticos e destituídos de vida social, já que a rua não é mais um espaço de convivência e circulação de pessoas na cidade, mas apenas espaço de circulação de veículos. A rua perde seu sentido social e passa a exercer unilateralmente seu aspecto funcional, a lógica de uso e ocupação do solo fica setorizada e agrupada, não mais misturadas como na cidade tradicional. As atividades comerciais se voltam para o interior dos edifícios e a rua perde seu sentido de sociabilidade urbana.
O contraponto desse modelo é proposto por Jacobs (2000) – e reafirmado por uma infinidade de pesquisadores (ACSELRAD, 1999, 2009; NEWMAN, 1993; SACHS, 1993; GIRARDET, 1997; GUIMARÃES, 1997; RUANO, 1999; RUEDA, 1998, 1999; ROMERO, 2000, 2003, 2006, 2007, 2009; ROGERS, 2001; WIRTH, 2005; CARMONA et all, 2007, entre outros), – quando esta estabelece que a rua pertence às pessoas, defendendo a permanência de espaços de usos mistos e multifuncionais, e que os mesmos tenham usos diversos durante o dia e a noite, promovendo vida ao ambiente urbano. Para Jacobs (2000), a degradação urbana está ligada à imposição social de espaços monofuncionais, assim, as residências e demais usos devem estar em áreas comuns, estabelecendo-se a diversidade sobre a monotonia, pois a autora coloca que os espaços modernos se tornam rígidos e vazios. A multiplicidade formal arquitetônica atribui identidade aos espaços, desde que de forma harmoniosa e natural, pertencente ao seu respectivo tempo e lugar, assim, favorece-se o contato humano e a circulação de maior número de pedestres. O ambiente multifuncional é atrativo às pessoas, que são estimuladas pela diversidade, curiosidade e necessidade de reconhecer o que é novo, e desse vínculo espacial nasce o sentimento de pertença e se estimula a expressão cultural do lugar. Sobre a percepção do lugar, Romero (2009) ressalta que na era pré- industrial, para as antigas civilizações, a boa relação da cidade com seu lugar constituiu uma questão de sobrevivência. A exemplo dos assentamentos humanos egípcio, grego, romano, pré-colombiano, ou mesmo feudos da Europa Medieval.
https://www.usp.br/nutau/sem_nutau_2010/perspectivas/romero_marta.pdf
Quadro 01 Comparação dos modelos de cidade difusa e compacta desde o marco da unidade sistema-entorno. MODELO DE CIDADE DIFUSA | MODELO DE CIDADE COMPACTA | ||||
pressão sobre os sistemas de suporte por exploração | nível | causa | nível | causa | |
Consumo de materiais. | Para a produção e a manutenção do modelo urbano. | > | A dispersão da edificação e as infraestruturas. A superfície edificada por habitante é maior. Tipologia edificatória com maior manutenção. | < | A proximidade entre os usos e funções supõe um menor consumo de materiais. A superfície edificada / habitante é menor. Tipologia edificatória com menor manutenção. |
Consumo de energia | Em relação ao modelo de mobilidade. | > | O modelo de mobilidade está focado no veículo privado. | < | A maioria das viagens se podem realizar a pé, de bicicleta ou por transporte público. |
Consumo de energia. | Em relação às tipologias edificadas. | > | Consome-se mais energia nas tipologias de edificação unifamiliares. | < | As demandas energéticas em blocos de apartamentos (multifamiliares) é menor. |
Consumo de energia. | Em relação aos serviços. | > | Dispersão das redes | < | Por proximidade das redes. |
Consumo de água. | Em relação às tipologias edificadas. | > | Consumo em jardim, piscina, etc. | < | Em edificação multifamiliar é menor. |
pressão sobre os sistemas de suporte por impacto | nível | causa | nível | causa | |
Consumo de solo e perda de solo superficial e fértil. | > | Explosão urbana do modelo sem crescimento demográfico. | < | Consumo restringido, subordinado ao crescimento da população. | |
Perda de biodiversidade. | > | Formação de Ilhas nos sistemas agrícolas e naturais devido à expansão das redes de mobilidade. | < | Conservação dos sistemas agrícolas e naturais. Conservação do mosaico agrícola, florestal, pastos e cercas, típico da Europa temperada. | |
Perda da capacidade de infiltração da água. Aumento da velocidade da água pluvial até chegar ao mar. | > | Impermeabilização das áreas de infiltração e outras e canalização dos rios. | < | Conservação das áreas de infiltração e das margens dos leitos respeitando as áreas protegidas. | |
Emissão de gases de efeito estufa. | > | Pelo maior consumo energético. | < | O consumo energético é menor. | |
Emissão de contaminação atmosférica. | > | Pelo modelo de mobilidade e o modelo energético. | < | É menor pelo menor consumo de energia e uma maior acessibilidade. | |
Manutenção e aumento da organização do sistema urbano | nível | causa | nível | causa | |
Complexidade | < | As partes do sistema urbano se simplificam. Separam-se os usos e as funções no espaço (segregação de uso e funções). Em cada espaço se encontram portadores de informações similares: os operários com os operários nas áreas industriais, os estudantes com os estudantes no campus universitário, etc. | > | Consegue-se maior diversidade de portadores de informação em todas as partes do sistema urbano. | |
Compacidade e proximidade entre os portadores de informação. | < | A dispersão de usos e funções no território proporciona tecidos urbanos fragmentados. | > | A concentração de edifícios dá lugar a tecidos densos e de usos e funções próximas entre si. | |
Coesão social. | < | Segrega a população no espaço segundo etnia, religião, classe social, etc. | > | A mescla de pessoas e famílias com características econômicas, etnias, religiões, etc, supõe uma maior estabilidade social porque aumenta o número de circuitos reguladores recorrentes. | |
Qualidade urbana | Contaminação atmosférica | < | A separação de usos permite obter níveis de emissão menores. | > | O uso mais intenso do tecido urbano proporciona níveis de emissão maiores. |
Qualidade | Ruído | < | É menor em certos tecidos | > | A concentração de veículos provoca um |
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