O Urbanismo Na Arquitetura
Por: Joyce Saraiva • 19/9/2022 • Relatório de pesquisa • 1.403 Palavras (6 Páginas) • 129 Visualizações
Economista polonês, naturalizado francês. Referenciado também como ecossocioeconomista, por sua concepção de desenvolvimento como uma combinação de crescimento econômico, aumento igualitário do bem-estar social e preservação ambiental. Há mais de trinta anos Ignacy Sachs lançou alguns dos fundamentos do debate contemporâneo sobre a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento, baseado na convergência entre economia, ecologia, antropologia cultural e ciência política. Suas ideias são hoje mais claramente compreendidas, no cenário das mudanças climáticas e da crise social e política mundial.
A onda de conscientização ambiental é recente devido a uma série de acontecimentos, embora posso ser associada ao choque produzido pelo lançamento da bomba atômica de Hiroshima e a descoberta de que a humanidade havia alcançado um poder técnico suficiente pra conseguir destruir toda a vida do nosso planeta, esses eventos junto a mais alguns outros deram margem para que a opinião pública começasse a refletir sobre a limitação do capital da natureza e dos perigos decorrentes das agressões que vinham sendo feitas ao meio ambiente.
A inserção da dimensão ambiental na agenda internacional foi pensada a partir Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano que ocorreu em 1972 em Estocolmo e um ano anterior ocorreu também o encontro Founex, havendo pela primeira vez a preocupação sobre as dependências entre o desenvolvimento e meio ambiente. E a partir daí houveram diversos outros encontros e relatórios internacionais que também trouxeram essa pauta veio a ser debatida.
A revolução ambiental (Nicholson, 1970) passou a influenciar decisivamente a reflexão sobre o fenômeno do desenvolvimento: por um lado, estimulou a busca de padrões socialmente desejáveis, economicamente viáveis e ecologicamente prudentes de uso dos recursos naturais; por outro, mostrou a urgência de uma interpretação mais lúcida dos nexos que articulam a construção do conhecimento científico, a percepção dos riscos embutidos nas inovações tecnológicas e a instituição de sistemas políticos de corte democrático-participativo. Ou seja, a RA teve consequências éticas e epistemológicas as quais influenciaram o pensamento sobre o desenvolvimento.
Com relação a ética da responsabilidade para com futuro, que Sachs menciona, essas preocupações estão associadas aos avanços da ciência e da tecnologia que desde aquela época têm provocado as grandes mudanças, em outras palavras, Sachs coloca o pensamento de Michel Serres, que diz que....... Esse contrato natural deve reconhecer o meio ambiente não só como um campo de dominação tecnológica e exploração econômica, mas de relações sociais, biológicas, físico e químicas, e essas preocupações possuem respostas que estão inseridas na construção de uma nova mentalidade.
Com relação as consequências epistemológicas, Sachs diz que elas são mais contundentes, uma vez que o progresso tecnológico não vai ser suficiente pra evitar a degradação que o meio ambiente vem sofrendo.
Sachs também diz que a ecologização do pensamento (Edgar Morin) nos força a ampliar o nosso horizonte de tempo, uma vez que as nossas ações podem afetar lugares distantes, então a escala de tempo da ecologia se amplia para séculos ou milênios.
Durante a conferência de Estocolmo duas posições diferentes foram assumidas, pelos que previam a abundancia e os que previam a catástrofes. Os primeiros diziam não deveríamos nos preocupar com o meio ambiente, pois isso atrasaria os esforços dos países em desenvolvimento para alcançar os países já desenvolvidos, então a prioridade deles era a aceleração do crescimento e as externalidades negativas produzidas nesse processo poderiam ser neutralizadas quando os países subdesenvolvimentos atingissem a renda per capta dos desenvolvidos.
Do lado oposto tinham os pessimistas, que dizem que caso o crescimento econômico e demográfico não fosse estabilizado, ia acontecer um apocalipse. No final do século a população acabaria escolhendo entre desaparecer devido ao esgotamento dos recursos naturais ou aos efeitos caóticos da poluição. No encontro Founex e em Estocolmo essas duas posições foram descartadas, mas o crescimento econômico ainda se fazia necessário.
M – Sachs faz críticas às políticas de mercado, e sua incapacidade de mediar uma condição de desenvolvimento de caráter sustentável nos moldes atuais, pois segundo ele a maior preocupação do mercado é o lucro..... a maior parte desse subsídio está direcionada, além disso tem também assuntos mais complexos relacionados a gestão de bens internacionais e patrimônios comuns a humanidade.
NS – Essa política de mercado de matriz capitalista predomina entre os países desenvolvidos do Norte, que mantêm um padrão de consumo elevado e divergente dos princípios do desenvolvimento sustentável, e que também penetra os países do hemisfério Sul, que tentam reproduzir estes padrões.
E – é necessária uma combinação viável entre economia e ecologia, pois as ciências naturais podem descrever o que é necessário para um mundo sustentável, mas compete as ciências sociais fazer as articulações das estratégias de transição para se chegar nesse caminho. William Kapp tem um trabalho pioneiro de custos sociais e ambientais e
Sachs discute um assunto que atualmente está em evidência, que é a preocupação com a futura escassez de recursos naturais diante dos hábitos em favor do desenvolvimento econômico a qualquer custo. Afirma a necessidade de policiarmos nossas ações, que produzem efeitos negativos ao planeta e argumenta sobre a importância de se pensar em um crescimento econômico que vise a proteção da biodiversidade. Na visão do autor esta última é condição essencial ao desenvolvimento, diferentemente de outras opiniões sobre a questão, que consideram a proteção ao meio ambiente um ato reverso ao avanço.
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