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O fim do clássico: o fim do começo, o fim do fim - Peter Eisenman

Por:   •  14/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  425 Palavras (2 Páginas)  •  971 Visualizações

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“O fim do clássico: o fim do começo, o fim do fim”  

Peter Eisenman (resumo)

 

Os estilos arquitetônicos vigentes em cada época desde o século XV até o modernismo foram pautados nos conceitos das seguintes ficções: representação (materialização da ideia de significado), razão (codificação da ideia de verdade) e história (resgate da ideia de eternidade a partir da ideia de mudança). Com esses 3 conceitos, sintetiza-se o pensamento da arquitetura clássica, que pode ser entendida como uma simulação da arquitetura tida na antiguidade. Por um outro lado, o pensamento da arquitetura modernista rompe com tal simulação ao postular que a arquitetura ao invés de reproduzir outro estilo do passado, deve expressar unicamente a sua função, com forma decorrente da mesma. A partir disso, houve uma abstração de todos os adornos externos utilizados no estilo clássico. Entretanto, as consequências para o objeto continuaram as mesmas, já que a arquitetura moderna utilizou-se da ideologia do espírito da época de Zeitgeist ao invés de rejeitar a história, agindo como parteira da forma historicamente significativa assim como na clássica. Eisenman finaliza com a afirmação de que o movimento moderno esta interligado com o conceito de arquitetura como um discurso independente ou isento de significado fazendo paralelo com o conceito da dissimulação, que, diferente da simulação entende a arquitetura como uma representação de si mesma, assim como os seus valores e experiências internas, comparando-a como um texto em que há um sistema de signos denominados traços.

No âmbito das 3 ficções podemos comparar a arquitetura clássica e moderna em diversos aspectos, já que mesmo rompendo com todos os estilos do passado, o movimento modernista nunca questionou as ficções em questão. Na representação por exemplo, ao passo que a arquitetura não precisa mais representar outra arquitetura devido ao conceito modernista de que a forma segue a função, há uma representação do realismo como objeto funcional semelhante a representação da arquitetura clássica em sua simulação da antiguidade greco-romana. Já na ficção da razão, enquanto no clássico havia uma preocupação com as origens de fontes divinas aliado à geometria cósmica e antropológica, no moderno havia a mesma preocupação, porém, com origem racional proveniente do iluminismo, formando a estética e o partido da arquitetura modernista. E por fim, na ficção histórica a semelhança é percebida na origem temporal proposta no renascimento, em que a arquitetura clássica buscava recuperar o intemporal e eterno intrínseco na cultura greco-romana, bem como o movimento modernista recorreu a outros valores históricos, como o conceito do espírito da época de Zeitgeist, que também era parteiro da forma historicamente significativa.

   

        

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