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O pensamento sobre a cidade no renascimento e seus reflexos em Portugal

Por:   •  16/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  769 Palavras (4 Páginas)  •  360 Visualizações

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O pensamento sobre a cidade no renascimento e seus reflexos em Portugal

Séculos XV a XVII

A cidade renascentista foi um modelo urbanístico teórico que definia não somente a forma, mas também modificações na própria sociedade que utilizaria as cidades. Este modelo urbanístico era pregado através de tratados e sua aplicação de fato foi muito pequena, ocorrendo a utilização apenas de alguns de seus aspectos e, mesmo assim, somente pelos autores que defendiam o modelo.

A partir da segunda metade do século XX, o estudo da história da cidade toma força devido ao declínio do urbanismo modernista e a “redescoberta” dos valores próprios das cidades pré-Revolução industrial. A maioria dos estudos sobre as cidades renascentistas admite que esse modelo de cidade foi um esforço intelectual que tentava controlar a forma das cidades e as ações das pessoas que nela viviam. No entanto, as teorias resultantes desses estudos nem mesmo chegaram a ser colocadas em prática, salvo raras exceções, que aplicaram apenas parte das ideias propostas pelos autores do modelo.

Alguns autores portugueses tentaram demonstrar, através de analogias e justificativas, a aplicação do modelo de cidade renascentista em praticamente todas as edificações feitas em Portugal durante o século XVI, tentando encobrir ou ignorar as influências do urbanismo vernacular (tradicional) nessas edificações. Esses autores tentavam demonstrar que Portugal esteve sempre à frete dos demais países da Europa durante a época do Renascimento.

Diversos pesquisadores conseguiram demonstrar que não seria possível a aplicação do urbanismo renascentista nas cidades portuguesas, apesar de haver grande conhecimento a respeito, porque o sistema urbano europeu já estava definido, “cristalizado”, ao final do século XV. Não era técnica e financeiramente possível alterar o sistema urbano europeu, o que reduziu a aplicação de um modelo urbanístico renascentista apenas a alguns poucos espaços e também aos sistemas defensivos, que precisavam se adaptar às novas formas de ataque a partir do século XV, que utilizavam mais armas de fogo.

1. Os tratados renascentistas

A partir da segunda metade do século XV e durante o século XVI foram publicados ou republicados vários tratados (teorias, estudos), desenhos e pinturas sobre a arquitetura e sobre a forma ideal dos espaços urbanos. Esses tratados serviram como uma divulgação inicial do modelo urbanístico renascentista e revelam os princípios a serem observados na construção do espaço urbano. Esses princípios não foram observados durante a construção de cidades no Brasil colônia em seu primeiro século.

São obras de diversos autores que descrevem, por exemplo, sobre a fortificação de cidades, vilas e castelos e também sobre as igrejas. Essas obras levantaram questões sobre os problemas da cidade, através de uma análise teórica que foi importante para estabelecer o Urbanismo como ciência da cidade, embora essas obras tenham circulado apenas em grupos restritos de humanistas, como André de Rezende (1500 – 1573), Brás de Albuquerque (1501 – 1581), Damião de Gois (1502 – 1574), Francisco de Holanda (1517 – 1585) e Antônio Rodrigues (1525 – 1590).

2. Os humanistas portugueses

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