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PLANEJAMENTO DA TRÍPLICE FRONTEIRA: FOZ DO IGUAÇU, PUERTO IGUAZÚ E CIUDAD DEL ESTE

Por:   •  16/11/2019  •  Artigo  •  5.090 Palavras (21 Páginas)  •  263 Visualizações

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PLANEJAMENTO DA TRÍPLICE FRONTEIRA: FOZ DO IGUAÇU, PUERTO IGUAZÚ E CIUDAD DEL ESTE[1]

CAMPOS, Larissa[2]

DEITOS, Andressa[3]

FERNANDEZ, Andressa Morais[4]

RITTER, Andressa Aparecida[5]

TARTARO, Angela Regina[6]

DIAS, Solange Irene Smolarek[7]

RESUMO

O presente trabalho tem como principal assunto Planejamento Regional, enfatizando o tema Planejamento da Tríplice Fronteira, inicia-se esta pesquisa com o seguinte problema: O desenvolvimento econômico atual da região das três fronteiras se enquadra dentro dos padrões do planejamento regional? A hipótese inicial é que as articulações econômicas se desenvolveram de forma natural, transparecendo que existe um planejamento regional para as três cidades fronteiriças. Para responder ao problema de pesquisa tem-se o objetivo geral, no qual pretende conferir se a economia da tríplice fronteira se enquadra nos parâmetros de planejamento regional. Com o auxílio do marco teórico, é possível demonstrar como as zonas de fronteiras, caso planejadas, tende-se a ser benéfica para toda a região e seu entorno, intensificando principalmente suas áreas urbanas. Para desenvolver a pesquisa utilizou-se o encaminhamento metodológico hipotético-dedutivo, através de fontes bibliográficas, sites oficiais do governo e inventários, foram obtidas informações sobre os principais preceitos de um planejamento regional e se há alguma ação que envolva e se enquadre dentro desses padrões. Por fim, constatou-se que as articulações econômicas da tríplice fronteira se desenvolveram de forma natural, não obtendo nenhuma comprovação, pois, a uma deficiência e falta de interesse da parte da gestão do governo territorial em estabelecer ações que permitam o desenvolvimento em conjunto, portanto, o prognóstico da nossa hipótese está comprovado, entretanto deve-se saber a importância de ter um planejamento regional e o quanto essas cidades fronteiriças iriam ser ainda mais enriquecidas se obtivessem um planejamento adequado.

PALAVRAS-CHAVE: planejamento regional. tríplice fronteira. desenvolvimento econômico. turismo.

  1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa abordou o assunto planejamento regional, no tema as três cidades da fronteira. Justificou-se o presente trabalho através de análises a respeito da tríplice fronteira (Foz do Iguaçu/BR, Puerto Iguazú/AR e Ciudad del Este/PY) dentro de planejamento regional buscando ressaltar a importância da união e planejamento regional da tríplice fronteira.

O problema da pesquisa foi: O desenvolvimento econômico atual da região da tríplice fronteira se enquadra dentro dos padrões do planejamento regional? Para tal problema, foi formulada a seguinte hipótese: as articulações econômicas se desenvolveram de forma natural, transparecendo que há um planejamento regional para as três cidades fronteiriças.

Intencionando a resposta ao problema da pesquisa, foi elaborado o seguinte objetivo geral: Conferir se a economia da tríplice fronteira está nos padrões do planejamento regional. Para o atingimento desse objetivo geral, foram formulados os seguintes objetivos específicos: a) Definir o que é planejamento regional; b) Apresentar o surgimento e desenvolvimento de cada cidade; c) Entender os fatores econômicos relacionados ao turismo; d) Finalizar validando ou refutando a hipótese inicial.

Com marco teórico, é possível destacar a importância que as zonas de fronteira exercem sobre o território e como esta condição pode ser benéfica para a região. Conforme Jacobs (2011, p. 180):

O fenômeno das zonas de fronteira desertas desnorteia os planejadores urbanos, em especial aqueles que sinceramente prezam a vitalidade e a variedade urbana e detestam tanto a apatia quanto uma expansão indefinida. As fronteiras, argumentam eles, às vezes são um recurso viável para aumentar a intensidade e dar à cidade uma forma clara, nítida, como aparentemente faziam as muralhas das cidades medievais. É uma ideia plausível, porque certas fronteiras sem dúvida servem para concentrar e, portanto, intensificar áreas urbanas (JACOBS, 2011, p. 180).

Na resolução do problema da pesquisa, e visando no atendimento do objetivo geral e dos específicos, a verificação dos dados devem ser refutadas ou confirmadas mediante ao encaminhamento metodológico hipotético-dedutivo, este método, segundo Gil (2008), é uma forma de realizar um prognóstico mesmo sendo comprovadas ou não diversas hipóteses, mas caso elas sejam refutadas passaram a ser apenas soluções provisórias.

2. REFERENCIAL TEÓRICO OU REVISÃO DE LITERATURA

De acordo com Santos (2004), as circunstancias atuais promovem mudanças constantes na região, tornando-a mais complexa e estruturando seu espaço de acordo com interesses específicos baseados em atividades produtivas para o mercado externo.

2.1 PLANEJAMENTO REGIONAL E PRECEITOS NA TRÍPLICE FRONTEIRA

O planejamento é definido por Friedmann (1960), como uma atividade universal do homem, onde através de controle e manipulações procura atingir certos fins anteriormente definidos, já a região é apresentada como uma área delimitada de acordo com critérios, como de homogeneidade e interação, o planejamento regional é, portanto, resultado da organização de estratégias e ações para uma determinada área específica.

O planejamento regional necessita de políticas regionais, essas políticas de acordo com Jaccoud (2001), têm como objetivo geral garantir um nível mínimo de “coerência espacial” em relação ao ritmo do crescimento econômico.

Sob os preceitos do planejamento regional, Gomes (1995, p. 64) define como região funcional aquela caracterizada pelos fluxos e as trocas em um espaço estruturado. A cidade Foz do Iguaçu/BR foi um importante pólo de um recorte regional, referindo-se a fronteira Brasil, Argentina e Paraguai, a cidade é centralizadora, promovendo um conjunto de atividades que caracterizem como importante região transfronteiriça.

Segundo Molina (2003, p. 30), “a descentralização facilita um enfoque integral, mais apto a detectar, recolher, processar e concretizar ideias e conceitos que desemboquem em inovações estruturais, funcionais e de produtos turísticos”.

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