Parque Guell - Arquiteto Catalão Gaudi

PARK GÜELL

Num terreno da Muntanya Pelada, no bairro barcelonense de La Salut, Eusebi Guell quis construir um condomínio inspirado no conceito de cidade-jardim. Nele procurava o retorno ao natural, ao saudável, e a fuga da insana cidade industrial. Ajudado principalmente por Rubió, Berenguer e Jujol, Gaudí trabalhou na construção deste parque entre 1900 e 1914, e chegou até a mudar-se para lá em 1906.

 Medalhões: O nome em inglês do parque explica-se pela influência que as cidades-jardins britânicas tiveram sobre a origem do projeto Guell e Gaudi.

 Parque Guell - Rua Olot e Estrada do Carmel

Urbanização residencial de caráter particular, que nunca foi concebida como parque, projetada de acordo com o padrão anglo-saxão das << cidades jardins>> (daí o nome em inglês park inscrito na entrada principal).

Gaudí urbanizou parcialmente15 hectares de terreno do bairro la Salut de Grácia, no norte de Barcelona, numa zona conhecida como Montanha Pelada, bastante rochosa e cheia de declives.

Gaudí concebeu todos os serviços necessários para a coletividade, projetando sessentas lotes jardins e construindo viadutos, praças e ruas, muros de fechamento e pavilhões para portaria, assim como uma grande escadaria de acesso e uma sala hipóstila destinada a abrigar um mercado coberto sobre a qual se assenta uma grande praça, fechada por banco sacada serpenteante construído à base de módulos pré-fabricados com desenho ergonômico. A praça do banco recolhe a água da chuva, é canalizada através das colunas e levada até uma cisterna, sob a sala hipóstila, na qual é armazenada para ser utilizada posteriormente na irrigação.

Cabe destacar no Park Güell a integração entre arquitetura e natureza, que se harmonizam em todos os momentos. Para salvar os declives naturais, Gaudí construiu viadutos, a partir de pilastras de tijolo que ele revestiu com pedras obtidas das escavações do terreno. Ele pensou também na vegetação, respeitando a flora existente e replantando-a com outras espécies como alfarrobeiras, palmeiras, glicínias e alecrim.

 Pavilhão da portaria e Pavilhão da casa do guarda

A) Recepção

B) Centro de interpretação do Park Guell

C) Chaminés

D) Cruz

Projeto 1900-1912 construção 1900-1914

 Escadaria e mercado

A) Praça

B) Banco Ondulado

C) Sala hispóstila

D) Canal

E) Cisterna

F) Escadaria

G) Banco

H) Trípode

I) Dragão

 Banco Ondulado (módulos)

 Viaduto

 Xícaras de café

Gaudí conseguiu obter o efeito das escamas brancas da Amanita muscaria que adorna a parte de cima da cada do guarda usando xícaras de café de cabeça para baixo.

 Ônfalo de pedra

Situado no interior de um trípode curioso que fica no topo da escadaria, pode fazer alusão ao que ornamentava o oráculo do santuário de Apolo em Delfos.

 Dragão

Na fonte original, o aspecto do dragão era mais feroz que o atual, já que tanto as patas quantos os dentes eram muito mais acentuados.

 Superfícies irregulares

São difíceis de decorar, mas Gaudí utilizou a técnica do trencadis, mosaico de pedacinhos de peças de cerâmica.

 Escudos de Nîmes

O dragão da escadaria e a palmeira do jardim da cada de Güell lembram a época em que o conde era estudante em Nîmes.

 Torre

O enxadrezado branco e azul do hiperbolóide com faces externas onduladas culmina numa espécie de suporte metálico sobre o qual encontra-se uma cruz de quatro braços.

 Saúde

A serpente e os frutos do eucalipto são símbolos da medicina e da saúde, como a água mineral medicinal que foi encontrada no parque tendo sido comercializada com o nome de Sarva por Güell.

 Interior

Gaudí tratava os espaços humildes com grande atenção e variedade de recursos, como se vê neste pavilhão.

 Grafite

Jujol