A Sagrada Família De Gaudí
Pesquisas Acadêmicas: A Sagrada Família De Gaudí. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ccprola • 24/6/2013 • 3.253 Palavras (14 Páginas) • 459 Visualizações
A Sagrada Família
Templo de visitação dedicado a Sagrada Família, a obra mais famosa de Gaudí, maior expoente de sua alma visionária e símbolo de Barcelona em todo o mundo. O arquiteto tomou para si em 1883, um projeto anterior do neogótico F. de Villar, iniciado em 1882, e dedicou toda a sua vida, nos últimos anos e com exclusividade, a realização desta ambiciosa obra, que deixou inacabada.
Gaudí quis construir uma “Catedral do século XX” síntese de todo o seu saber arquitetônico. A Catedral apresenta um complexo sistema de simbolismos e de explicações visuais dos mistérios da fé: fachadas representando o nascimento, morte e ressurreição de Cristo; dezoito torres; - símbolos dos doze apóstolos; os quatro evangelistas; a Virgem Maria e; a mais alta (170 m) de Cristo -; capelas, símbolos dos sacramentos e virtudes, etc. Sobre um modelo de planta gótica basilical de cinco naves, cruzeiro, abside e galeria, - com fachadas monumentais na nave central e braços do transepto -, quis dotar o monumento de uma dimensão vertical espetacular, por meio de uma apoteose de cumes e torres altas de estrutura helicoidal, arrematadas por coberturas abstratas de mosaico vitrificado, com símbolos episcopais e a cruz.
São obras diretas de Gaudí a cripta neogótica, a parte edificada do abside e a magnífica
fachada do Nascimento (este), onde se sobressae a exuberância decorativa, claramente
naturalista, da parte externa (figuras modeladas ao natural, animais, plantas, nuvens, etc.). Só uma das quatro torres desta fachada, a de São Barnabé, foi concluída com Gaudí ainda vivo.
As obras, interrompidas em 1936, quando a cripta e o estúdio de Gaudí foram
incendiados, recomeçaram em 1952 a partir dos desenhos e maquetes existentes, continuidade que suscitou grandes polêmicas. Entre 1954 e 1976 se completou a fachada e
as quatro torres da Paixão (oeste). Em 1987, Josep M. Subirachs recebeu o tarefa de fazer as esculturas do pórtico da Paixão. Podem ser visitadas a parte edificada e o pequeno Museu do Templo de Visitação da Sagrada Família, que guarda maquetes e documentos gráficos do processo de construção.
Praça da Sagrada Família – 08013 Barcelona
Telefone: 00 XX 34 93 932 080 414
www.sagradafamilia.org
Metrô: Sagrada Família (Linha 2) (Linha 5)
Ônibus: 10, 19, 33, 34, 43, 44, 50 e 51.
Centro do Modernismo
Telefone: 00 XX 34 93 933 177 652 - 902 076 621
www.rutadelmodernisme.com
Parque Güel
Parque público situado em uma colina (a Montanha Pelada) ao norte do bairro barcelonês, A Grácia. Gaudí projetou e dirigiu a obra entre 1900 e 1914, a pedido de Eusebi Güel. O projeto contava com a infraestrutura e equipagem de uma condomínio jardim residencial, seguindo modelos ingleses, com capacidade para 60 residências com estrutura para uma família cada. O projeto não prosperou e o parque é propriedade municipal desde 1922.
Os dois pavilhões de pedra de sua entrada principal, que fecham o muro que cerca o lugar - onde ficariam a portaria e administração - possuem abóbadas de ladrilhos plano, revestidas com peças de cerâmica fragmentada (quebrada) que cobrem as sinuosas superfícies geométricas, recurso que confere a todo o ornamento do parque um atrativo singular. A cobertura em formato de duas cúpulas e uma alta torre helicoidal, com a habitual cruz dupla gaudiniana, arrematam a obra.
Uma escadaria interrompida por um dragão mitológico ou lagarto (que ao mesmo tempo é “derramado” do reservatório), conduz a grande sala hipostila, destinada ao mercado da urbanização, com 84 colunas de inspiração dórica, que sustentam cúpulas de casquete esférico, suporte da grande praça superior, um belo mirante sobre a cidade e o mar.
Este grande espaço é delimitado com um extraordinário banco-parapeito que serpenteia formando meandros, cantos e espaços menores, e que coberto de cerâmicas quebradas coloridas e brilhantes, forma uma espetacular colagem que parece antecipar vias de um vanguardismo posterior à obra.
Neste banco e nas belíssimas pedras da sala hipostila, Gaudí teve a colaboração do arquiteto Josep M. Jujol.
Também são interessantes, o grande reservatório que tinha que recolher as águas da praça, através das colunas, abaixo da sala hipostila, e o conjunto viário, com viadutos para veículos e robustos pilares inclinados que formam elegantes arcos revestidos com pedra desbastada.
A casa que Gaudí iria construir no parque, obra de seu discípulo Francesc Berenguer (1905), é atualmente a Casa-Museu Gaudí, com notáveis exemplos de mobiliário desenhado pelo arquiteto e recordações pessoais. O Parque Güel foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984.
Olot, s/nº - 08024 Barcelona
Casa-Museu Gaudí – Tel. 00 XX 34 932 193 811
Metro: Lesseps (Linha 3)
Ônibus: 24, 28,31, 32, 92, 116
Colônia Güel
Cripta da igreja projetada por Gaudí para a colônia têxtil que Eusebi Güel instalou no município de Santa Coloma de Cervelló, as margens de Llobregat (a cooperativa e algumas casas são obras de seus discípulos F. Berengues e J. Rubió i Bellver). Gaudí trabalhou a partir de 1898 em um ambicioso projeto do qual só realizou a parte da cripta, entre 1908 e 1916, que constitui, no entanto, uma das obras mais admiradas e estudadas do arquiteto e precedente de muitas das soluções da Sagrada Família.
Situada em um promontório rodeado de pinheiros, a planta é parte de um oval irregular, com o corpo central dividido em duas distribuições que sustentam, por meio de quatro colunas centrais e outras laterais, uma série de nervuras irregulares de ladrilho; ao redor uma nave no deambulatório com outras colunas que sustentam as nervuras da cobertura. Em frente à porta de entrada, se levanta um alpendre, junto à escadaria que dá acesso a planta, onde deveria se construir a igreja superior.
A grande força expressiva
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