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Pequeno Histórico das Favelas no Rio de Janeiro

Por:   •  27/7/2021  •  Resenha  •  586 Palavras (3 Páginas)  •  615 Visualizações

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Pequeno Histórico das Favelas no Rio de Janeiro

Paola Berenstein Jacques é arquiteta e urbanista e referência na América Latina sobre o pensamento crítico do corpo no contexto urbano ,junto com Lilian Fessler Vaz graduada pela FAU - UFRJ com ampla experiência no estudo de planejamento , história e cultura urbana

O texto se auxilia de processos culturais históricos próprios do Brasil para explicar a definição , propagação , organização e problemas , até o reconhecimento pelos órgãos públicos do Rio de Janeiro .

Desde

Muitas outras características poderiam se destacar , mas podemos utilizar , aludindo à outro texto , mas bem acertivo , quando Lotman fala da teatralidade de Petersburgo, que gera uma divisão clara entre o espaço do palco e o espaço dos bastidores, e deduz a existência de um espectador. A partir dessa ideia, é interessante identificar a imagem da cidade-cartão-postal que o Rio criou para si, pois reconhece a existência de um espectador encarnado na Europa . Esta cidade passou a viver da e para a sua decoração, em cujo desempenho a burguesia desempenhou um papel proeminente. Nos bastidores estava todo o resto da população, crescendo de forma constante e em um espaço impróprio para expansão. Devagar, o espaço dos bastidores passou a ser visível para o espectador e passou a fazer parte do espaço do palco. Aí a cidade cartão-postal mudou, e aquele outro espaço pobre teve que ser necessariamente fotografado como parte do cenário da cidade. Dessa forma, a favela hoje se transforma na nova imagem postal do Rio de Janeiro, mitificando justamente o que havia destruído seu mito de cidade moderna e ocidentalizada.

Há de se ressaltar que o modelo físico construtivo atual dessas edificações , se fortificou após a transição dos materiais construtivos utilizados , principalmente após 1930 , com a facilidade de obtenção do cimento , tijolo e materiais diversos e na fabricação de ferramentas pelo processo industrial apoiado no Brasil da época como modelo de progresso .

Acompanhamos então , políticas públicas que adensavam o ideal do direito a uma moradia segura , de responsabilidade formal para se edificar , mas que , no entato acabaram ficando dependentes da forma e caráter ocupacional alí distintos pelos cidadãos que comportavam e aportavam nesses sítios , tendo "vistas feitas" no processo de adequação e fiscalização que deveria ter sido feito pelos órgãos correspondentes , ou seja , assim , levado a risca , foi inadiplenciado o dever a educação a essa população , dentre outras , também , os artifícios para que fossem especificadas e assistidas , toda construção fisica e intelectual no processo de formação de um espaço saudável.

É claro que toda a população tem o direito a moradia , mas imprecindivelmente , para que esse meio seja efetivado saudavelmente , deve-se implementar meios para acesso ativo ou passivo de informações que auxiliem-no para conformação de um ambiente progressista. A prosperidade de um lugar , apenas se dará de forma plena , quando seus motivadores residirem no autruísmo do dever , desestimulando o "individualismo coletivo" , o individualismo egocêntrico fundamentado no analfabetismo de conjunto , a um corpo social que prostra-se na educação

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