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Projeto Nova Luz e Recife A Cidade Roubada

Por:   •  20/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  557 Palavras (3 Páginas)  •  251 Visualizações

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UAM

São Paulo, 27 de Fevereiro de 2019

                

Planejamento Urbano        Prof° Letícia/ Wellington/ Fábio        ARQ4AN-MCA

Juarez  dos Santos Novais        

81610639                

  1. Projeto Nova Luz: contra a Cracolândia ou a especulação imobiliária

Estão envolvidos diversos agentes, dentre eles, agentes privados, agentes culturais e agentes sociais sendo eles a união, governo, instituições, associações empresariais, parcerias público-privadas, moradores, comerciantes e pessoas em situação de rua.

O projeto está baseado em desapropriações e obras de prédios e áreas públicas em parceria público-privada. O projeto foi arquivado na gestão Haddad e retornou revisado na gestão de João Dória. O projeto Nova Luz é um projeto de renovação urbana, na região central da cidade (Campos Elíseos, Luz, Santa Ifigênia) que seria feito por meio de uma concessão urbanística, anunciado pela prefeitura de São Paulo em 2005, pelo então prefeito José Serra (PSDB).

O projeto, privatista, é apresentado como projeto de interesse público. A ausência de políticas sociais no contexto da proposta também foi alvo de grandes conflitos e gerou grande resistência da sociedade civil, que se levantou para combater em diversas instancias o impacto que as ações poderiam causar. O projeto Nova Luz se intitula como um projeto estrutural e não social. Essa definição se faz suficiente para abertura de grande conflito, e neste caso a partir da própria concepção do plano. Além disso, os interesses são conflitantes essencialmente no que suas propostas contemplam e as pessoas que habitam hoje a região.


"Recife, cidade roubada"

Por semelhança dada à situação anterior os mesmo agentes são envolvidos no projeto: agentes privados, agentes culturais e agentes sociais. Compõem esses grupos a união, governo, instituições, associações empresariais, parcerias público-privadas, moradores, comerciantes e militantes de causas sociais com o movimento estelita.

O projeto Novo Recife, com 10 hectares, o Cais José Estelita é onde permanecem as estruturas remanescentes da Rede Ferroviária Federal, do século 19, além de galpões construídos no século 20 destinado ao armazenamento de açúcar. Estão previstos torres residenciais, um grande empreendimento e grandes vias de acesso beirando o cais, área de grande valor para Recife. O projeto passou a prever 13 torres entre 12 e 38 andares, de forma escalonada, levando em consideração a proximidade com o forte. O térreo dos prédios terá comércio e serviços e não haverá grades e muros no entorno. De acordo com o consórcio, 35% da área serão privadas e 65% serão públicas.

O projeto gera receio de que a identidade arquitetônica e cultural da cidade seja descaracterizada pela desproporção dos prédios em relação às edificações históricas em seu entorno. Além disso, tem conflito principal o caráter urbanístico, porque é um projeto bastante agressivo com o centro histórico demonstrando ausência de estudo de impacto de vizinhança e impacto ambiental. E assim como o projeto anterior, há grandes conflitos de interesse e distribuição de espaços apropriados para classes dos quais pertencem, Criando uma frente de arquitetura imobiliária que só favorece uma pequena parcela da população, aquela que tem maior poder aquisitivo. É uma área privilegiada, e por isso o projeto contradiz, em definitivo, o direito à cidade para todos.

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