RELATÓRIO DO FILME PIAF

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: ELEMENTOS DE HISTÓRIA DA ARTE E ARQUITETURA

PROFESSOR: Dr. ELIEZER LEITE ROLIM FILHO

DISCENTE: TEREZINHA TAÍS DA SILVA

MATRÍCULA: 20170004396

RELATÓRIO DO FILME “PIAF” UM HINO AO AMOR

• FICHA TÉCNICA

Título original: La Môme

Ano de produção: 2007

Direção: Olivier Dahan

Roteiro: Isabelle Sobelman, Marit Allen, Olivier Dahan, Tetsuo Nagata

Trilha sonora: Todas as gravações presentes no filme são as originais de Édith Piaf

Estreia no Brasil: 12 de Outubro de 2007

Duração: 2 horas e 20 minutos

Classificação:  Não recomendado para menores de 12 anos

Gêneros: Biografia, drama e música

Países de Origem: França

Orçamento: US$ 25 milhões

Elenco principal:

-Marion Cotillard: Édith Piaf

-Sylvie Testud: Mômone

-Emmanuelle Seigner: Titine

-Gérard Depardieu: Louis Leplée

-Jean-Pierre Martins: Marcel Cerdan

-Marc Barbé: Raymond Asso

-Manon Chevallier: Édith - 5 anos de idade

-Pauline Burlet: Édith - 10 anos de idade

• SINOPSE

Édith Giovanna Gassion, ou simplesmente Piaf, nasceu na Paris do século XX, e teve sua vida moldada por diversas tragédias. Dona de uma incrível voz, consagrou-se cantora ganhando fama internacional, porém, sua vida conturbada, em contraste com sua fama ascendente, levou-a a decadência e à velhice prematura.

• CONTEXTO HISTÓRICO (TEMA)

O período a ser destacado no filme é extremamente movimentado em esfera mundial. O filme mostra trechos de Paris, dentre outras cidades, do século XX – mais precisamente entre os anos de 1918 a 1963 – famosos por compreenderem todo o período entre, durante e pós guerras mundiais. Onde se intensificaram também as diferenças sociais, dando uma maior expressão ao capitalismo. Outrossim, foi uma época de ascensão de diferentes ideologias tais como: o liberalismo, o socialismo, o anarquismo, o corporativismo, o marxismo, o comunismo, a social-democracia, o conservadorismo, o nacionalismo, o fascismo e a democracia cristã.

Outro acontecimento marcante foi a Conferência de Paz de Paris em 1919 que teve como principal documento produzido pelo Tratado de Versalhes, assinado em 28 de junho de 1919, que definia os termos da paz com as nações derrotadas na 1ª Guerra Mundial.

Além disso, movimentos e tendências artísticas, tais como o Expressionismo, o Fauvismo, o Cubismo, o Futurismo, o Abstracionismo, o Dadaísmo, o Surrealismo, a Op-art e a Pop-art tiveram presença neste século.

• TEMPO, ESPAÇO E AMBIENTE

Édith Piaf nasceu no contexto da 1ª Guerra Mundial em Belleville - bairro de origem operária e que se tornou bastante conhecido por abrigar imigrantes como judeus alemães fugindo do Terceiro Reich e espanhóis. Como naquela época a França vivia uma escassez de alimentos, racionamento e epidemia de gripe, as cenas iniciais do filme contemplavam cenários de pobreza. O tom escuro da fotografia contribuiu nesse sentido com a trama, traçando uma similaridade com a vida marginalizada da personagem, que abandonada pela mãe, recebeu diferentes criações durante sua infância, sofrendo de maus tratos a doenças sérias como a cegueira.

Em contrapartida, quando Édith atinge a fama, tanto o cenário quanto a fotografia mudam, passando a representar lugares mais luxuosos e ricos em detalhes, além de uma maior luminosidade e uso de cores.

Nesses cenários contrastantes, alterando-se entre pequenos cabarés, bordeis, quartos escuros, grandes casas de show, entre outros, é desenrolada a história da protagonista Piaf, uma pessoa que mesmo passando por diversas dificuldades, encontra um sentido – ou até mesmo um refúgio – na sua vida ao cantar. Entretanto, sua existência é marcada por altos e baixos. E são esses momentos contraditórios, vulgo antagonistas, que regem sua carreira, justamente por parte de suas músicas de autoria pessoal, retratarem sua vida conturbada.

Sua postura sempre curva, como se sempre temesse algo ou alguém, muda um pouco o sentido no decorrer do longa pois, instruída por um novo empresário e atingindo seus “anos áureos”, Piaf passa a ser mais independente e dona de sua própria carreira.

Alguns pontos importantes a destacar da vida da personagem são o seu certo desprezo em relação à sua filha – como se ela herdasse esse comportamento de sua mãe – cena que a atormenta já próximo de sua morte e o seu enfático amor pelo boxeador Marcel Cerdan, o que sucedeu em um dos seus maiores sucessos, “La vie em rose”, quando ela deixou o vício mais de lado e atingiu lindamente o auge de sua carreira, ao mesmo passo que atingiu o declive, pois, quando ele morreu, ela decaiu bastante passando a depender de medicamentos.

Viciada em bebida e medicamentos, Piaf então assume logo um aspecto envelhecido. A maquiagem, que auxiliou incrivelmente no processo de representação da atriz, recebeu prêmios importantes como o Oscar – assim como a atuação da protagonista – e  demorava cerca de 4 horas para ser feita. A atuação de Marion Cotillard também contribui sendo algo extremamente impressionante!

A religião também se fez bastante presente no filme tendo tanto Édith quanto algumas das prostitutas responsáveis pela sua criação, como devotas de Santa Teresa do Menino Jesus, com a presença de cenas emocionantes como a de quando Édith fica cega e a pede para enxergar novamente.