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Resenha do livro Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar

Por:   •  9/4/2016  •  Resenha  •  374 Palavras (2 Páginas)  •  919 Visualizações

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Freire introduz Professora sim, tia não procurando, através do enunciado, exigir um primeiro empenho à compreensão e entendimento não apenas do significado de cada uma das palavras que compõem o próprio enunciado, mas também sobre "o que elas ganham e perdem, individualmente, enquanto inseridas numa trama de relações" (p. 9). Assim, dividindo o enunciado em três blocos (a) professora, sim, (b) tia, não e (c) cartas a quem ousa ensinar, enfatiza a tarefa do ensinante, que requer comprometimento e gosto "de querer bem não só aos outros, mas ao próprio processo que ela implica" (p. 9) e sobre a impossibilidade de ensinar sem ousar. Ousar para "falar em amor", para que estudamos, aprendemos, ensinamos e conhecemos com o nosso corpo inteiro (...) para jamais dicotomizar o cognitivo do emocional (...) para ficar ou permanecer ensinando por longo tempo nas condições que conhecemos, mal pagos, depreciados e resistindo ao risco de cair vencidos pelo cinismo (p. 10). Em sua análise sobre Professora, sim, tia, não, apresenta sobre tudo duas razões. De um lado o de evitar uma compreensão distorcida sobre a tarefa profissional do professor. De outro, o de ocultar a ideologia repousada na falsa identificação. A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma inocente armadilha ideológica em que, tentando-se dar a ilusão de adocicar a vida da professora, o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta, entretê-la no exercício de tarefas fundamentais (p.25). Segue sua análise através das "cartas a quem ousa ensinar", expondo questões fundamentais sobre os que fazeres acima de tudo político-pedagógicos. Dessa forma, convida a questionar e a pensar sobre o ato de escrever puramente mecânico e o ato de pensar ordenadamente. O texto, "embora simples", tem a intenção de mostrar a tarefa do ensinante que é também a de ser aprendiz, sendo preciso para isso ousar, o aprender a ousar, para dizer não à burocratização da mente a que nos expomos no dia-a-dia. Segundo Freire, é preciso ousadia ao próprio fato de se fazer professor, educador, que se vê responsável profissionalmente pela formação permanente. Nesse sentido, não se quer desmoralizar ou desvalorizar a figura da tia, mas questionar a desvalorização profissional, que vem acontecendo há décadas, de transformar a professora num parente postiço.

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