RESENHA DO LIVRO CRIANDO PAISAGENS
Por: Camila Martins • 29/10/2018 • Resenha • 1.232 Palavras (5 Páginas) • 1.714 Visualizações
RESUMO DO LIVRO – CRIANDO PAISAGENS
PAG. 15 A 107
CAPITULO 1
O paisagismo, em comparação com as demais expressões artísticas é a única expressão artística que exige o uso dos cinco sentidos. No caso da VISÃO, sua percepção ocorre através de planos, que vão perdendo a nitidez quanto mais se afastam; já para uma pessoa em movimento, o primeiro plano torna- se menos importante pois conforme a pessoa anda, ele vai desaparecendo e torna-se difícil fazer um detalhamento, enquanto que apreciar o fundo torna-se mais fácil.
Quando a visão enxerga os elementos vegetais, ela é capaz de identificar formas, cores, texturas, rugosidade ou lisura, brilho ou opacidade.
Já o TATO, precisa de contato direto com os elementos para identificar suas características, dentre elas temperatura, calor do sol, frescura da sombra, dentre outras coisas.
O PALADAR, permite apreciar o jardim através da experimentação de sabores das flores e frutas comestíveis, temperos e especiarias, chás, folhas e sementes.
A AUDIÇÃO permite ouvir o som das aguas, folhas, o sacudir dos ramos, o canto dos pássaros.
O OLFATO permite sentir o cheiro das flores e folhas, o cheiro das plantações após uma chuva, dentre outros inúmeros.
Esses recursos são mais notáveis quando formam um espaço.
A essência do espaço no paisagismo resulta da matéria prima distinta, obtida de elementos e condicionantes da natureza: ar, agua, fogo, terra, flora, fauna, tempo. Trabalhar com esses elementos torna impossível o planejamento de espaços geométricos; assim, os jardins devem ter formas livres, fluidas e estáveis.
A arquitetura paisagística limita e subdivide espaços, os volumes vegetais surgirão a partir da área construída do terreno, o paisagismo se interessa por trabalhar com tensões entre vazios e cheios na composição do espaço . A modelagem espacial diversificada por meio dos volumes vegetais construídos é a base de um bom projeto paisagístico, é através destes recursos que teremos sensações diferenciadas, incluindo a sensação de beleza; porém, planejar um espaço vai além disso, deve-se pensar no que virá de cima, no que se enxergará a frente e o que se verá aos pés. A construção de um muro diminui a sensação de distancia, e é interessantes evitar que o piso encontre com o muro, recomenda-se sempre a construção de canteiros ao redor do muro.
LUGAR é todo espaço agradável que convida ao encontro de pessoas, estimula a permanecer e praticar alguma atividade, um lugar deve sempre proporcionar conforto. Um NÃO-LUGAR é a união de dois lugares, sinônimo de passagem, algo feito para ligar e não para permanecer, as vezes o NÃO-LUGAR tem grande importância no paisagismo por guardar jardins vitrines.
PROPORÇÃO é a relação harmoniosa entre partes e elementos que compõem o jardim e ESCALA é a relação que se estabelece entre o tamanho dos espaços, sejam lugares ou não, e as pessoas.
FERRAMENTAS DE PROJETO – um jardim ou paisagem projetada pode conter diversos pontos focais (esculturas, painéis, edificações ou mesmo espécies vegetais diferentes e chamativas), pode haver a criação de muretas, o “passar entre” (caminhos sobre agua, passeios entre dunas gramadas e canteiros com forrações coloridas, entre maciços arbustos, dentre outros), pilares espaçados regularmente, dentre outros.
ESPAÇO PONTUADO é um procedimento indicado para vastas áreas, pontuar significa espalhar, portanto, serve para reduzir a sensação de distancia de um espaço tao grande.
O paisagismo busca criar beleza, e nesse aspecto ele é mais livre que o arquiteto pois a maior função do arquiteto paisagista é trazer a beleza sem necessitar dos códigos de obra. Sendo assim, a função do paisagismo é projetar a boa forma.
Todo projeto de paisagismo possui corpo e alma. O corpo é tudo aquilo que pode ser representado em planta, corte e elevação e poderá ser construído e elevado, sendo assim, é a parte visível do paisagismo. Fazendo uma breve associação: órgãos vitais = lugares e equipamentos, veias = não-lugares. O corpo é a parte sensorial do projeto.
A alma do projeto é representada pelos símbolos, significados e valores; a alma pode ser explicada através de textos escritos, placas.
Para projetar uma área é fundamental o estudo de quem irá desfrutar da mesma, visto que, nem todas as faixas etárias (deve haver um olhar especial para crianças e bebês, que possuem necessidades maiores para um bom desenvolvimento) tem as mesmas necessidades ou até mesmo as classes sociais. O importante é estar ligado na mudança de gostos e costumes e imcorpora-los no projeto.
CAPITULO 2
A maquete ajuda no estudo de composição de espaços sem a necessidade de saber com detalhes sobre as plantas, mas sim aprender a compor espaços com suas características gerais.
O elemento principal da vegetação na criação de espaços é o volume, formato de sua massa e o cheio. Após experimentar diversos tipos de volume em sua maquete, abuse da paleta de cores, e comece a colorir as folhagens com diversos tipos de verde, depois defina cores pra floração. O ideal é fazer 4 maquetes, uma para cada estação do ano. Distribua cheiros de perfumes agradáveis na maquete. Logo depois, escolha os volumes que serão as frutíferas de modo que estas atraiam passarinhos, insetos, pessoas e animais. E por fim, distribua diversas expessuras pela maquete. Após analisada, estudada e aprovada, é que se faz o estudo detalhado das espécies e vegetações. Afora características estéticas, essas plantas deverão refletir características e necessidades do local de projeto.
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