RESENHA DO LIVRO "O QUE É CIDADE?"
Por: rayanegomes20 • 19/6/2022 • Resenha • 733 Palavras (3 Páginas) • 113 Visualizações
“O que é cidade?” – Raquel Rolnik
Introdução a Urbanismo
- Introdução
- “Que fenômeno é este capaz de se fazer sentir no corpo de quem dele se aproxima?”;
- A cidade é uma obra coletiva que desafia a natureza;
- Definindo a cidade
- A cidade como um imã
A cidade como um imã, traz a visão histórica de como as cidades se tornaram atrações aos centros urbanos com os Zigurates de barro cozido nas planícies Mesopotâmicas e o mito de Babel como uma metáfora ao processo de criação das plataformas que ficavam sob os templos no terceiro milênio a.C.
- A cidade como escrita
Ainda na Cidade Antiga, Mesopotâmia, temos um excedente agrícola que impulsiona novas atividades na cidade e, por consequência, surgem novas tecnologias sendo a escrita e a arquitetura uma delas. A arquitetura de um local assim como documentos escritos conta a história das pessoas daquele lugar, de forma eu se transforma em um registro social. O reabitar de uma construção confere um novo significado a esse território.
- “Civitas”: a cidade política
Ao pensarmos em cidade fica claro que temos que pensar na logo em vida coletiva, o que diretamente gera uma necessidade de gestão pública. Sua primeira forma era centralizada e despótica com a realeza, nas cidadelas. Essa divisão de trabalho torna o espaço da cidade hierarquiesado. Desde sua origem cidade então passa a significar uma maneira de organizar o território e uma relação política. Na Grécia Antiga, era na polis onde a vida politica era tratada, enquanto na Roma eram nas Civitas, dessa maneira a vida política foi concebida de forma concentrada espacialmente, o que apenas hoje em dia podemos notar uma abertura disso.
- A cidade como mercado
Com o excedente agrário e a crescente concentração urbana de pessoas surgem as trocas advindas da divisão de trabalho. A economia urbana é, portanto, uma organização da produção baseada na divisão de trabalho entre campo e cidade e entre diferentes cidades.
- A cidade capital
- “O ar da cidade liberta”
A época dos feudos onde ir para a cidade era uma forma de liberdade para os servos que ficaram cada vez mais pressionados com o desenvolvimento de uma economia mercantil. Com essa migração, as cidades passam a concentrar cada vez mais pessoas, somando isso com o lucro do grande comércio e o mercado criado pelas cidades a atividade manufatureira passou a crescer. Sendo assim, surge um novo grupo social responsável por essa atividade manufatureira, isso mais uma crise política nos feudos fez com que surgissem Estados-cidades com poder centralizado e despótico marcado por uma divisão sociedade em classes.
- Separar e reinar: a questão da segregação urbana
A cidade de forma geral é marcada por uma série de fronteiras imaginárias. Além dos territórios específicos e separados para cada grupo social e da separação das funções morar e trabalhar, a segregação também está na desigualdade das administrações locais. No surgimento das cidades medievais não havia toda essa segregação espacial de lugar para residência e trabalho, isso só começou a se consolidar com o avanço da mercantilização e do trabalho assalariado.
- Estado, cidade e cidadania
Na cidade capitalista, a intervenção passa a ser previamente projetada e calculada. Esses pensamentos utópicos refletem até hoje no planejamento urbano na leitura mecânica de cidade como circulação de fluxos, na ideia de ordenação matemática através da regularidade e repetição, na utopia da cidade projetada sem conflitos e, por fim, na possibilidade de o Estado poder controlar a cidade. A intervenção do Estado na cidade tende a favorecer mais ou menos certos segmentos da sociedade urbana, mas nunca definitivamente. O que há de permanente na cidade é a luta pela apropriação do espaço urbano e a ação do Estado nada mais é do que expressão das forças engajadas nesta luta.
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