RESENHA LIVRO: A CIDADE NA REGIÃO
Por: Duda Reynolds • 7/3/2018 • Resenha • 1.298 Palavras (6 Páginas) • 852 Visualizações
O presente capítulo “A cidade na Região” faz parte do livro: Cidades do Amanhã, de autoria do autor Peter Hall, inglês, urbanista e geógrafo, foi professor de Planejamento e Regeneração na Universidade College London e presidente da Associação de planejamento de Cidade e País e da Regional Studies Association.
O livro relata como nasceu o planejamento regional, que surgiu com o urbanista, filósofo e sociólogo Patrick Geddes, que passou seu ensinamento á seguidores de seu trabalho, sendo um grupo de planejadores na cidade de Nova York, resultando em grande influencia sobre o New Deal, que era um programa criado no governo de Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos na época, cuja pretendia recuperar a economia norte-americana.
GUEDDES E A TRADIÇÃO ANARQUISTA
Tudo começa quando Gueddes tem um encontro com Lewis Mumford, historiador e professor, em 1923 e resolve torná-lo seu assistente, mesmo com algumas objeções entrepostas á ele. Como nunca conseguia colocar seus pensamentos á mostra, ele havia acabado de obter á pessoa ideal para torná-los públicos.
Em seus estudos e raciocínios, o planejamento regional deveria começar com levantamentos de recursos naturais da determinada região estudada, pois a paisagem do lugar tem uma influência incalculável no planejamento. Todo o seu ensinamento teve como tese o método de levantamento conhecido a partir da leitura de Vidal de La Blache (1845-1918) e seus seguidores, cujas monografias regionais estabeleceram estudos de algumas regiões francesas.
Para ambos, o estudo regional capacitava o conhecimento da cidade, de um ambiente vivo, pois “a cidade não constrói a história da cidade, mas a cidade é fruto da história, um fruto cultural. Não deve haver espaços vazios e desabitados”. Kropotkin e Reclus, geógrafos, também anarquistas, chegam á conclusão de que “as cidades são um lugar de encontros e um espaço fértil para atuação política”.
Gueddes extraiu seu posicionamento sobre as cidades assim como Kropotkin e Reclus, ele achava que a sociedade não deveria ser criada através diante de medidas governamentais rígidas, tornando tudo público, pois isso levaria a quebrar a economia, mas sim uma sociedade onde todos poderiam ajudar a construir.
Em 1915, Gueddes publica seu livro “Cities in Evolution”, onde se encontra todas suas ideias relacionadas ao assunto de planejamento regional, apontando várias cidades e estudos realizados. Porém, os municípios apontados ainda em expansão, eram resultados de uma má ordem paleotécnica, ou seja, na ideia de Gueddes, isso fazia com que ocorresse desperdício de energia e recursos, a quebra na economia, gerando desemprego, e vários outros aspectos apontados. O jeito de melhorar essa situação, a seu ver, era fazer com que as pessoas vivessem entre os campos, as cidades deveriam “crescer botanicamente”.
A REGIONAL PLANNING ASSOCIATION OF AMERICA
Mumford lembra como surgiu a RPAA, cuja fora uma associação de reforma urbana desenvolvida em 1923, nos quais eram membros, um grupo de pessoas que tinham os mesmo interesses sobre as cidades, eles eram Clarence Stein, Benton MacKaye, Lewis Mumford, Charles Harris Whitaker, Alexander Bing e Henry Wright, bem como muitos outros membros.
Esse grupo, juntamente com a presença de Gueddes, criou um programa com cinco itens: criação de cidades-jardim dentro de um esquema regional; desenvolvimento de relações com os planejadores britânicos; desenvolvimentos e esquemas regionais para promover a trilha Apalachiana; colaboração com o comitê do AIA sobre Planejamento Comunitário para propagar o regionalismo e levantamentos de áreas-chave.
Depois de algum tempo, tiveram a oportunidade de expressarem suas ideologias, que Mumford havera aprender muito com Gueddes, e finalmente suas ideias iriam ser compreendidas.
Eis que surge um novo período, voltado aos benefício e facilidades que a rodovia e os automóveis ofereciam a população, o que acaba as descentralizando das cidades. As novas tecnologias estavam transformando as cidades e causando um “colapso físico”. Mumford agora trata de seu assunto preferido, agora as cidades já podem crescer cada vez mais catastroficamente ou, podem optar por um plano regional.
A ideia era que a tecnologia continuasse no cotidiano, melhorando cada vez mais a vida nas cidades, porém, controlando seu impacto no meio ambiente, mas pouca coisa se concretizou no programa previsto, mas o negócio da RPAA era realizar as ações á longo prazo.
RPAA VERSUS PLANO REGIONAL DE NOVA YORK
Eis que a RPAA havia acabado de encontrar um inimigo de suas ideologias, Thomas Adams, que tinha um pensamento oposto ao grupo.
O Novo Plano de Nova York então propôs espalhar o conceito do espaço geográfico, como uma metrópole formada por “um núcleo industrial e uma periferia, reservados para uso residencial, agricultura e recreação”. A partir desse plano territorial complexo apresentado por Adams para a melhoria funcional, elaborou o conceito de “recentralização difusa”, uma referência a uma “deslocalização coordenada e ativa” da população e da indústria em novos pólos fora de Manhattan.
O PLANEJAMENTO NEW DEAL
Em 1933 Roosevelt se tornara presidente e dava início ao New Deal e a RPAA continuava a sustentar sua ideia de que a energia elétrica e os caminhões estavam ajudando a descentralizar as indústrias das cidades. Começaram levar essas industrias para onde o nível de desemprego era bem maior e diminuindo a população nos centros superlotados.
Como resultado do New Deal foram criadas nos Estados Unidos dezenas de agências federais como o TVA (Tennessee Valley Authority), entre outras.
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