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RESENHA RESTAURO CARTA DE VENEZA

Por:   •  12/8/2016  •  Resenha  •  2.499 Palavras (10 Páginas)  •  900 Visualizações

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Universidade de São Paulo        

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

AUH412 – Técnicas de restauro e preservação

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Este documento propõe-se uma resenha a partir dos textos sugeridos em sala de aula:

 

F. Choay, O Patrimônio em questão, Belo Horizonte, Fino Traço, 2011, PP. 9-43.

Carta de Veneza (in: Cartas Patrimoniais, Rio de Janeiro, Iphan,1999)

KÚHL, Beatriz M. Notas sobre a Carta de Veneza, Anais do Museus Paulista, dezembro 2010, vol 18, no 2, p287 -320. ISSN 0101-4714

Marly RODRIGUES. Imagens do passado: a instituição do patrimônio em São Paulo: 1969-19887, São Paulo. Ed UNESP/Imprensa Oficial/ Condephaat / FAPESP, 200, PP. 30-56

 

 

No excerto lido obra de Marly Rodrigues descreve a trajetória da instituição do patrimônio em são Paulo.

Na metade da década de 30, o Brasil, que havia há pouco tornando-se republicano, ganhou força uma oposição liberal. Para este grupo era preciso combater a chamada “crise nacional “ gerada por anos consecutivos de domínio oligárquico que produziram altas taxas de analfabetismo e um sistema de votação que contemplava uma pequena parcela da população. Concomitantemente ganha projeção o movimento modernista que também destaca a importância da da intenção de promover o desenvolvimento cultural e educacional.

Surge em 1934, projeto de Mario de Andrade e Paulo Duarte, o Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo. Associou-se a este departamento a ideia de proteção oficial ao patrimônio (traçar organizar e fazer executar o plano geral do tombamento de defesa do patrimônio artístico e histórico do Município).

Através da iniciativa do então eleito deputado de Paulo Duarte, companheiro de Mario de Andrade no Departamento de Cultura, buscou-se estender a iniciativa para as esferas estaduais e federal.

Pouco tempo depois, Duarte prepara a organização de um projeto de criação do Serviço de Patrimônio na esfera estadual, tomando como modelo o a ideia concebida por Mario de Andrade a pedido de Gustavo Capanema no início de 1936.

Ao final desse mesmo ano foi remetido ao presidente o anteprojeto do SPHAN, com amplo apoio do Jornal O Estado de São Paulo;

Referenciando-se no ocorrido na França no fim do século XVIII, apropriou-se do termo vandalismo - crime contra o patrimônio –durante a campanha paulista que também opunha o conceito de proteção ao vandalismo. Através da mobilização da campanha paulista “Contra o vandalismo e o extermínio” difundiram-se as bases da conservação de documentos materiais de São Paulo que, segundo os militantes, estariam ameaçados pelo progresso e, pela incúria dos homens incultos e pelo descuido dos poderes públicos.

Em sequência surgem outras tentativas - no período que corresponde de 1937 a 1968- em que a instituição do patrimônio de são Paulo foi atribuição exclusiva do poder federal. Nesse mesmo período deu-se um passo importante para o reconhecimento de edificações remanescente do povoamento do litoral, casas rurais bandeiristas, sedes de antigas fazendas de café, capelas e igrejas dos seiscentos, expoentes máximos das representações máximas do passado paulista. a partir de então o conhecimento da arquitetura regional acabou  congregando especialistas do universo acadêmico e distanciando esse tópico do cotidiano da maioria da população, pois transformaram bens que outrora eram vistos como integrantes da paisagem cotidiana em dádivas resgatas do esquecimento pelos intelectuais. Essa situação prolongou-se até os anos 70, quando a preservação ambiental e, posteriormente, a memória passaram a ser vistas como um direito a ser conquistado ou mantido.

Em São Paulo, a partir de 1968 surge o Condephat - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico e turístico

PATRIMÔNIO EM QUESTÃO

Na obra de CHOAY o autor começa por definir a diferença entre os termos monumento e monumento histórico.

Monumento é aquele entendido como um dispositivo memorial “intencional”, consolidado num vigilante e permanente diálogo. Tem função identificatória. Sua destruição pode ser positiva ou negativa. A destruição positiva é aquela em que a comunidade em questão deixa cair ou demole o item, cujo valor memorial ou identificatório perdeu-se com o passar do tempo. Quanto à destruição negativa ela foi praticada por todos os povos desde que se conhece a História: pode ser contra inimigos, simbolizando a derrota ou aniquilação cultural através dos seus monumentos ou pode se dentro de uma mesma comunidade a fim de desestabilizar determinadas parcelas dessa população, como durante uma guerra civil.

Nota-se que a noção de monumento intencional está associada ao desenvolvimento de memórias artificias por instrumento da escrita, primeira memória artificial da humanidade.

Diferentemente do monumento, o monumento histórico não é um artefato intencional; refere-se à uma construção intelectual que um valor abstrato de saber. O conceito de monumento histórico tem suas gêneses em duas etapas:  a Revolução cultural (renascença) e a Revolução cultural inglesa do fim do século XVIII.

No período que corresponde à Renascença houve um princípio de preocupação com a preservação. Surge um interesse pelos vestígios da Antiguidade (conjunto das produções antigas – língua, usos, tradições-) da romanidade. Os eruditos e sábios que se dedicam aos estudos desse domínio são chamados de antiquários. Esses, entre o século XVI, realizam um importante trabalho de coleta inventariando e coletando todas as categorias de antiguidade.


CARTA DE VENEZA

A Carta de Atenas – texto em 16 artigos aprovado no II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de Monumentos Históricos, em Veneza, no período de 25 a 31 de Maio de 1964 - ao expressar pela primeira vez os princípios, contribuiu para o desenvolvimento de um amplo movimento internacional, traduzido na elaboração de vários documentos nacionais, na atividade do ICOM e da UNESCO que resultou na criação, por esta última entidade, de um Centro Internacional para o Estudo da Preservação e do Restauro do Património Cultural.

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