RESTAURO E PATRIMÔNIO HISTÓRICO HISTÓRICO DA CASA

RESTAURO E PATRIMÔNIO HISTÓRICO

HISTÓRICO DA CASA

               A Casa do Sítio do Tatuapé, mais conhecida como Casa do Tatuapé foi construída entre 1668 1698, por Mathias Rodrigues da Silva e é considerado um dos poucos exemplares da arquitetura do período bandeirista ainda conservados na cidade de São Paulo.
        O local dos imigrantes italianos ao Brasil, serviu também como olaria, produzindo telhas e tijolos.  A casa está implantada próxima a um curso d'água para que isso pudesse ser permitido (para funcionar como residência e olaria era preciso ter água nas cercanias).

        Após 1943, último ano em que o último proprietário, Elias Quartim de Albuquerque viveu ali, o local foi adquirido por uma tecelagem e manteve seu uso até 1979, quando o terreno foi desapropriado pela prefeitura da cidade.

        Foi aberta ao público dois anos depois, por meio de um projeto do Museu Paulista da USP e do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Passou por reformas na década de 90 (paredes, madeiramento e telhados foram restaurados, assim como as portas e janelas) e hoje funciona como um Centro Cultural.

CARACTERÍSTICAS

- A casa, considerada a casa bandeirista mais antiga da cidade de São Paulo, é uma construção em taipa de pilão, com seis cômodos e dois sótãos, que se diferencia de outros exemplares remanescentes do período colonial por apresentar um telhado apenas de duas águas.

 - Suas paredes de taipa possuem cerca de 60cm de espessura.- Possui planta regular.

- Possui um alpendre frontal

- Portas externas com almofadas geométricas

- Foi construída sobre um chão de terra batida

- Batentes de portas e janelas feitos de peroba, material resistente

- Piso de tijolos rústicos

Planta simples. Porta central, com alpendre, ladeada por dois cômodos frontais, quarto de hóspedes e capela; abre-se para um salão principal, onde se dá o acesso aos outros cômodos ou alcovas.

- Metragem: 919 m²

INTRODUÇÃO – PROJETO DE RESTAURO

                      O projeto de restauração é de Luiz Alverto do Prado Passaglia, arquiteto da DPH. E após analisar outras técnicas de recomposição e estabilização de edificações de taipa, optou no anteprojeto pelo emprego do solo-cimento executado in loco, associado ao atirantamento das paredes desestabilizadas através do emprego de vergalhões de aço engastados no barroteamento de madeira do piso do sobrado.

                       O arquiteto abdicou do critério tradicional, de consolidação com concreto armado.

                       Durante a obra o projeto sofreu varias alterações, o solo-cimento e o atiramento foram abandonados em favor da técnica da argamassa armada e da amarração dos maciços de parede realizada através de cintamento de concreto armado.

                       A Casa do Tatuapé tem telhado de duas águas e, portanto, duas empenas, característica que fragiliza a construção  na medida em que falta a amarração conferida pelas peças de frechais e telhado.