RESUMO E EXERCÍCIOS DO LIVRO DIDÁTICO
Por: cruz1006 • 4/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.632 Palavras (7 Páginas) • 260 Visualizações
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COORDENAÇÃO: GABRIELA MARTELLI CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
RESUMO E EXERCÍCIOS DO LIVRO DIDÁTICO, SESSÃO 2.3
ACADEMICO: WELINGTON GNOATO DA CRUZ
PROFESSORA: GABRIELA MARTELLI
SINOP - MT 2019
ACADEMICO: WELINGTON GNOATO DA CRUZ
RESUMO E EXERCÍCIOS DO LIVRO DIDÁTICO, SESSÃO 2.3
O seguinte trabalho se refere ao resumo e lista de exercício do livro didático, para o entendimento da matéria de técnicas retrospectivas de restauração e patrimônio histórico, do curso Arquitetura e Urbanismo.
PROFESSORA: GABRIELA MARTELLI
SINOP – MT 19/04/2019
Seção 2.3
A Arqueologia da Arquitetura como suporte ao estudo de bens históricos
Frente à ampliação do conceito de patrimônio cultural e às novas categorias patrimoniais que surgiram ao longo do século XX — como patrimônio ferroviário, industrial, moderno, surgiram novos métodos de estudo ao edifício histórico e começaram a ser desenvolvidos para subsidiar projetos de documentação, restauração e conservação arquitetônicas. Com a publicação da Carta de Veneza em 1964, passou-se a reconhecer o valor das contribuições “de todas as épocas para a edificação essas contribuições de cada época são chamadas de estratificações.
Sabe-se que os edifícios históricos sofrem modificações ao longo do tempo, mas pouco se tem documentado sobre elas. Em alguns casos, nem sequer podemos chamá-las de reformas, pois elas podem acontecer de forma pontual, substituir pisos, janelas e outros, mas, não se há documentação. Como registrar e ordenar essas atividades para que possamos compreender o ciclo de vida de um dado edifício e proceder com projetos em favor de sua preservação? E para isso que surgiu Arqueologia da Arquitetura
Para entender as contribuições da arqueologia da arquitetura para o estudo de edificações históricas, primeiramente precisamos entender que a arqueologia estuda o passado por meio de evidências materiais, fosseis, pinturas. A matéria dos edifícios é entendida como seu principal documento. Logicamente que caso haja fontes documentais, elas não serão desprezadas. Será estudado dois tipos de fonte, fonte direta, fontes indiretas.
Um dos métodos mais comuns para analisar e sequenciar estratos arquitetônicos é a Estratigrafia. Termo usado para as mínimas unidades de estratos. A ação construtiva é referente a qualquer ato que adicione matéria ao edifício original, como a construção de um novo cômodo na casa ou a pintura das paredes sem remoção das camadas de tinta anteriores.
Essas ações são identificadas por marcas sobre as paredes, pisos, coberturas, forros e tudo aquilo que possa se constituir em um indício material. Assim, para identificar Unidades Estratigráficas, você precisa observar muito atentamente as superfícies do edifício, identificando todos esses contornos.
As cronologias construtivas são essenciais para a identificação das diferentes fases das quais os edifícios são compostos. O reconhecimento cronológico arquitetônico é de fundamental importância para a documentação de edifícios cuja história é desconhecida e para a tomada de decisões projetuais em restauro.
Técnicas construtivas antigas e modernas
Além de subsidiar projetos de preservação arquitetônica, a arqueologia da arquitetura também se presta à investigação histórica sobre técnicas construtivas tradicionais, até então pouco estudadas. Somente conhecendo-se os materiais dos quais são feitos os edifícios é que podem ser propostas medidas para consolidar estruturas, conservar elementos construtivos e fazer adaptações de uso. Para essa datação, muitos métodos de análise são comuns ao campo da Arqueologia, tais como a mensiocronologia, a dendrocronologia, o radiocarbono e a termoluminescência.
“Dendrocronologia: “Instrumento de datação de elementos construtivos em madeira, a partir da análise de padrões e quantidade de anéis verificados em cortes radiais.” (BROGIOLO; CAGNANA, 2012 apud VILLELA, 2015, p. 103) Mensiocronologia: “A mensiocronologia é um método de datação baseado no estudo estatístico das dimensões dos elementos pré-fabricados empregados nas superfícies murárias.” (BROGIOLO; CAGNANA, 2012 apud VILLELA, 2015, p. 100) Radiocarbono: “A
aferição do teor de carbono determina a idade das amostras e as situa no tempo absoluto. No campo da Arquitetura, é mais frequentemente aplicado à análise de argamassas.” (BELTRAME, 2009 apud VILLELA, 2015, p. 103) Termoluminescência: “Instrumento aplicado à datação de materiais que contêm quartzo ou feldspato e que foram submetidos a altas temperaturas. É frequentemente empregado para análise de elementos cerâmicos, diferenciados pela quantidade de luz emitida.” (BROGIOLO; CAGNANA, 2012 apud VILLELA, 2015, p. 103)”.
Por exemplo, a arquitetura de taipa utilizada em construções no Brasil colonial estava diretamente relacionada à matéria-prima disponível e aos saberes que os portugueses adquiriram ao entrar em contato com outros povos, com os quais aprenderam a construir com terra.
” Taipa: existem dois tipos de taipa, a taipa de mão e a taipa de pilão. A taipa de mão, ou pau-a-pique, consiste na aplicação de barro com as mãos sobre um painel entrelaçado de bambu para construção de paredes. Já a taipa de pilão consiste em socar a terra dentro de fôrmas de madeira; o barro vai sendo disposto em camadas horizontais até que se atinja a altura da construção”.
Para além da aplicação prática, o conhecimento sobre as técnicas construtivas derivado das análises da própria matéria do edifício direciona-se ainda ao registro de aspectos culturais que “ligam-se à geografia e aos saberes construtivos do território do qual se originam” (TIRELLO, 2013, p. 3). Tradições construtivas passadas de geração em geração, fruto de experiências acumuladas no passado.
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