Resídios Sólidos - Goiânia
Por: Hélio Ávila • 13/8/2015 • Seminário • 2.376 Palavras (10 Páginas) • 225 Visualizações
Definição conceitual
Provenientes da produção, utilização ou transformação de bens de consumos, os resíduos sólidos têm sua origem na extração de bens naturais e que, logo, são convertidos em embalagens, eletrônicos, automóveis entre outros utensílios que se sustentam sob uma vida útil. Logo após seu período de utilidade, o produto é descartado e a partir daí é iniciado seu processo de separação, depósito e decomposição, que em muitas vezes pode demorar milhares de anos. Alguns resíduos prescrevem propriedades recicláveis que permitem a reutilização de sua matéria.
Produzida em grande escala em indústrias e centros urbanos, os resíduos sólidos predominantemente são consequentes do uso cotidiano de bens de consumo. Residências, escolas e qualquer outro espaço que requerem o uso de destes bens estão sujeitos ao descarte de resíduos. Cabe à nós fazermos a separação e o uso consciente dos mesmos.
Tipos de resíduos
Podemos separar os resíduos de acordo com as seguintes origens:
Resíduo Domiciliar: De composição bastante variável, geralmente é composto por restos de alimentos, sanitários, papel, plástico, vidro, etc. Há também aqueles que representam maiores riscos que são enquadrados na categoria de "Perigosos", como: pilhas e baterias, cloro, água sanitária, desentupidor de pia, limpadores de vidro, fogão e removedor de manchas, aerossóis, medicamentos vencido, querosene, solventes, etc.
Resíduo Hospitalar: Proveniente de hospitais e outros serviços ligados à área da saúde. Geralmente é constituído por seringas, agulhas, curativas e outros materiais que podem apresentar algum tipo de contaminação por agentes patogênicos.
Resíduo Agrícola: Gerados pelas atividades agropecuárias. Podem ser compostos por embalagens de defensivos agrícolas, restos orgânicos (palhas, cascas, estrume, animais mortos, bagaços, etc.), produtos veterinários e etc..
Resíduo Comercial: Proveniente da ação de pequenos estabelecimentos comerciais. Em sua maior parte constituído por materiais recicláveis como papel e papelão, principalmente de embalagens, e plásticos, mas também podem conter restos sanitários e orgânicos.
Resíduo Industrial: Geralmente resultantes de processos de produção. Podem ser constituídos por escórias (impurezas resultantes da fundição de ferro), cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas, etc. Possuem composição bastante diversificada e uma grande quantidade desses rejeitos é considerada perigosa.
Entulho: Resultante de materiais voltados à construção civil: Restos de demolição, (madeiras, tijolos, cimento, rebocos, metais, etc.), de obras e solos de escavações diversas. Quase que totalmente podem ser reaproveitados embora isso não ocorra na maioria das situações por falta de informação.
Resíduo Público ou de Varrição: Recolhido em vias e áreas de domínio público. Sua composição é muito variada dependendo do local e da situação onde é recolhido, mas podem conter: folhas de árvores, galhos e grama, animais mortos, papel, plástico, restos de alimentos, etc..
Resíduos Sólidos Urbanos: Classificação destinada a todo tipo de resíduo produzido ou originário em cidades e coletados pelo serviço municipal.
Resíduos de Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários: Tratado como "resíduo séptico" o lixo coletado nesses locais pode conter agentes causadores de doenças trazidas de outros países. Os resíduos que não apresentam esse risco de contaminação são tratados como lixo domiciliar.
Resíduos de Mineração: podem ser constituídos de solo removido, metais pesados, restos e lascas de pedras, etc.
Alguns tipos de resíduos são altamente nocivos para o meio ambiente e necessitam de sistemas de coleta e reciclagem rigorosos. A classificação resíduos perigosos é prevista pela ABNT na norma NBR10004:2004 . Sua classificação é regida da seguinte forma:
Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos:
Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água.
Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da norma NBR10004:2004.
Muitos destes resíduos são compostos de materiais recicláveis e podem retornar a cadeia de produção, gerando renda para trabalhadores e lucro para empresas. Para que isto ocorra, é necessário que haja nas cidades um bom sistema de coleta seletiva e reciclagem de lixo. Cidades que não praticam este tipo de processo, jogando todo tipo de resíduo sólido em aterros sanitários, acabam poluindo o meio ambiente. Isto ocorre, pois muitos resíduos sólidos levam décadas ou até séculos para serem decompostos.
Fontes:
http://www.infoescola.com/ecologia/definicao-de-residuos-solidos/ - Visto 15/05/2015
http://pt.wikipedia.org/wiki/Res%C3%ADduo_s%C3%B3lido - Visto 15/05/2015
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/residuos_solidos.htm - Visto 15/05/2015
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/residuos/res07.html - Visto 15/05/2015
NBR10004:2004 – Resíduos Sólidos – Classificação - Visto 15/05/2015
Caracterização enquanto problema
- O acentuado processo de crescimento da população mundial vem acarretando transformações profundas no nosso cotidiano. A produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) permanece crescente, principalmente nas grandes cidades, concentrando o risco potencial poluidor.
- Admite-se que um brasileiro produza em média 1,5kg de RSU (resíduos sólidos urbanos) por dia e o problema está justamente no destino final desses resíduos, cada vez mais volumosos e perigosos.
- Áreas de disposição de resíduos urbanos
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