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Resenha Critica JACOBS, Jane. Morte e Vida das Grandes Cidades

Por:   •  29/7/2021  •  Resenha  •  543 Palavras (3 Páginas)  •  547 Visualizações

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JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. Martins Fontes, São Paulo, 1ª Edição, 2000.

Jane Jacobs foi uma jornalista, escritora e ativista política nascida nos Estados Unidos. Em seu principal trabalho, “Morte e vida das grandes cidades”, critica abertamente as políticas urbanísticas vigentes, as quais focavam apenas na funcionalidade da cidade com o predomínio do automóvel em detrimento das pessoas.

Para Jacobs, o planejamento urbanístico deveria beneficiar a vida urbana, levando em consideração a escala humana. Assim, a grande monotonia decorrente dos espaços monumentais, padronizados e vazios gerados pelo “urbanismo moderno” deixaria de acontecer.

Segundo Jacobs, a cidade é um grande papel rascunho, onde a teoria deveria ser posta em prática, analisada, encontrando possíveis erros e fracassos para serem melhoradas, mas não é isto que acontece. Todos os problemas encontrados são enfatizados pelo raciocínio econômico da reurbanização atual, pois mesmo sabendo que as favelas e outras habitações ou bairros precários são considerados parte integrante das cidades, os órgãos superiores desenvolvem uma prática de reurbanização que ainda não suprem as necessidades mais urgentes da população.

Para embasar sua tese, Jacobs apresenta e critica dois trabalhos que servem de base para todo o planejamento urbano moderno. O primeiro deles é Villa Radieuse, de Le Corbusier, onde há a utilização de arranha-céus ao longo de vias extensas, com uma clara divisão entre o automóvel e o pedestre, evidenciando o descaso com a vida e o bem estar das pessoas, dificultando as relações interpessoais. O segundo trabalho exposto e criticado é a Cidade-Jardim, de Ebenezer Howard, onde é projetada uma cidade para trinta mil pessoas cercada por um cinturão verde. No entanto, Howard não considerou as atividades, a vida pública e cultural de seus habitantes.

Para Jacobs, os espaços essências de uma cidade são as ruas e calçadas, pois são nesses espaços que ocorrem toda integração e convivência de uma sociedade, até porque o principal agente do uso e ocupação das ruas devem ser as pessoas. Toda essa integração e convivência transmite mais vida ao bairro e a cidade.

Outro aspecto positivo que a integração e convivência da sociedade nas ruas e calçadas traz é a segurança. Segundo Jacobs, a presença constante de pessoas nas ruas traz uma maior sensação de segurança do que o próprio policiamento, pois assim a vida pública informal seria os “olhos das ruas”. Porem, para as ruas serem um espaço confortável para as pessoas transitarem, e também serem convidativas para as pessoas assistirem o que passa nas ruas é necessário a quebra da monotonia causada pelo urbanismo moderno. Para isso, Jacobs aponta alguns aspectos essenciais, dentre eles a variedade de usos do bairro, em uma distância caminhável, que atenda os moradores da região; quarteirões curtos, que favorecem e estimulam as caminhadas; necessidade de prédios antigos, que favorece a sensação de identidade histórica e uma maior densidade de ocupação, o que ocasionaria movimento constante na região.

Em síntese, os bairros apresentam usos e atividades que transmitem uma “independência”, pois eles são diferentes tanto no sentido social quanto cultural e econômico, no entanto não são independentes em relação à cidade, ainda mais

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