Resenha do Livro Fundamentos da Arquitetura
Por: Leticia Kobayashi • 2/6/2021 • Resenha • 683 Palavras (3 Páginas) • 550 Visualizações
Resenha de FUNDAMENTOS DA ARQUITETURA.
Autora: Lorraine Farrely
2nd edição
Fundamentos da Arquitetura é um livro que apresenta os principais pontos que são trabalhados durante um projeto, tornando-o quase que um passo a passo para alunos de arquitetura. Além disso, no final de cada um dos seis capítulos, há um exercício para que o leitor coloque em prática o que foi discutido, o que aumenta ainda mais o caráter didático da obra.
Cap. 1: CONTEXTUALIZANDO A ARQUITETURA (pág. 10 - 32)
No primeiro capítulo, a autora mostra que antes de realizar um projeto é necessário estudar, analisar e entender profundamente o contexto que este será construído. Pois, há diversos fatores que entram em jogo na hora de projetar: topografia, localização, história, entre outras características específicas do terreno escolhido.
A partir disso, alguns arquitetos optam por dialogar e se apropriar do contexto para a criação de um conceito projetual; outros, por destoar do entorno.
Cap. 2: A HISTÓRIA E OS PRECEDENTES (pág. 32 - 61)
Neste capítulo é abordado brevemente a história da arquitetura desde o Período Neolítico até o Modernismo, assim, consegue-se observar como o contexto histórico e os precedentes arquitetônicos afetam os projetos seguintes. Todo espaço possui uma identidade histórica e por isso é necessário estudar e entender o local a ser projetado, para que as interferências contemporâneas não a desrespeitem. Como exemplo, no final do capítulo a autora traz uma análise da reconstrução do Museu Neues Museum em Berlim, a qual, necessariamente, dialoga com o passado e o presente.
O que achei interessante na “História e os Precedentes” foi a sobreposição da linha do tempo com os estilos arquitetônicos. Isso faz com que entendamos o porquê de certas coisas, como o do surgimento dos abrigos, que é o estabelecimento da sedentarização.
Cap. 3: A CONSTRUÇÃO (pág. 62 - 92)
O capítulo três já começa a tratar de questões mais concretas e específicas de um projeto. Apresenta-se ao leitor os principais materiais utilizados em uma construção, falando um pouco de suas características e origem - alvenaria, concreto, gabiões, madeira, ferro, aço e vidro.
O arquiteto precisa ter conhecimento sobre cada material para, assim, poder aderi-los aos seus projetos. Além disso, é importante manter-se antenado, uma vez que no campo dos materiais a inovação tecnológica é constante.
Cap. 4: A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E AS MAQUETES (pág. 92 - 136)
Representações gráficas são os métodos e técnicas de expressão do arquiteto, como planta baixa, corte, elevação, mídia digital, storyboard e esboços à mão livre. Dessa forma, há diferentes maneiras de representar uma ideia. Farrely subdivide o capítulo, então, em : CAD, fotomontagem, croquis, escala, projeção ortográfica, maquetes, leiautes, storyboards e portfólios.
Além de mencionar as diferentes representações, o que achei muito válido são as dicas que ela dá para a montagem de um portfólio, assunto importante, mas que às vezes pode nem ser comentado em sala de aula.
Cap. 5: AS IDEIAS CONTEMPORÂNEAS (pág. 136 - 162)
A arquitetura, assim como tudo o que é produzido pelo homem, é influenciada pelo Zeitgeist, o “espírito da época”. Entretanto, há certos conceitos que são constantes ao longo da linha do tempo, estes são: geometria, forma e percurso.
Saindo da parte mais operacional do projeto e voltando à "teoria", o capítulo cinco retrata alguns estilos arquitetônicos a partir de sua geometria, forma e percurso; funcionalismo, esculturalismo, monumentalismo. Ademais, é feito uma breve contextualização histórica referente a cada estilo para que nós possamos compreender um pouco do “Zeitgeist”.
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