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Resumo A Imagem da Cidade de LYNCH, K.

Por:   •  22/6/2019  •  Resenha  •  1.036 Palavras (5 Páginas)  •  298 Visualizações

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LYNCH, K. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martin Fontes, 1997.

Camila Borges Siqueira/ Urbanismo I/ 2019-1

        O livro “A Imagem da Cidade” publicado em 1960, pelo arquiteto e urbanista americano Kevin Lynch é uma obra influênte no planejamento urbano e psicologia ambiental. Ao abordar a qualidade visual da cidade americana o autor faz uso de três exemplos de cidades: Boston, Jercey City e Los Angelas tentando apreender características importantes na composição espacial, com isso determinando elementos de analise visuais são destacados: vias, limites, bairros, cruzamentos e pontos marcantes.

        O primeiro capítulo “A Imagem do Meio Urbano”, aborda o processo de constituição da cidade como produto de diversos agentes que a modificam constantemente e que o entendimento da cidade é influenciada pela relação com o meio/ entorno, com as experiências sensoriais e com as marcas tempo, é o que o autor chama de “arte temporal”. Sendo assim, Lynch estrutura alguns conceitos de análise urbana: Legibilidade, é a aparente clareza da paisagem urbana, facilidade de identificação e orientação espacial, a cidade é um objeto de percepção dos múltiplos agentes, os quais usam das sensações visuais, cor, forma, movimento, cheiro e som, experiências passadas para criarem uma imagem mental da cidade. Construção da Imagem, como ”processo bilateral entre observador e meio”, em que uma grupo possui familiaridade com o local, seleciona e organiza o espaço de acordo com um consenso de determinações espaciais. Estrutura e Identidade, reunindo a individualidade, relação entre imagem e meio e significado de relação emocional. Por fim, Imaginabilidade, como sendo qualidades físicas que evocam uma imagem mental, seja por meio de experiência-se ou na percepção do espaço.

        No segundo capitulo o autor põe a prova a ideia de Imaginabilidade, através de uma série de pesquisas e entrevistas em três cidades norte-americanas, visando evocar imagens próprias dos residentes década cidade. Boston em Massachusets foi escolhida tento em vista sua singularidade espacial, diferindo das demais cidades dos EUA, possuindo uma rica herança europeia, possua vias sinuosas que contrastam com as novas vis principais, edifícios de tijolos vermelhos, delimitação espacial entre centro comercial e área habitacional. Em entrevistas a principal área de destaque é a Boston Commom, área de parques, de fácil acessibilidade e com elementos de destaque (praça, fonte, coreto, cemitério e lago), e as áreas de difícil visualização ocorrem devido a delimitação peninsular entre rio e o resto da cidade, além do bloqueio visual por uma estrada de ferro de cruzamento central.

Já Jersey City, em New Jersey, foi selecionada pela “ausência de forma”, tal heterogeneidade é notada pela ausência de um centro único, além das inúmeras rodovias e estradas de ferro que cortam a cidade, provocando uma descontinuidade visual e estrutural. Destaca-se a fraca imaginabilidade dos entrevistados, já que a cidade é vista com lugar de passagem entre cidades maiores, tendo como vista de destaque o horizonte com vista para New York. Por fim Los Angeles (Califórnia) destaca-se por sua organização espacial relativamente nova, possuindo uma região metropolitana bem delimitada, ruas regulares, e uma configuração descentralizada entre os diferentes bairros, tendo como ponto de destaque edifícios pontuais, Biblioteca municipal e os hotéis Statler e Bittmore, além do centro cívico como área livre de destaque. O autor destaca como tema em comum a importância do “espaço e largura da vista”, em que uma vista panorâmica, a presença de agua e vegetação interferem no prazer emocional do observador, bem como “a cicatriz mental” de um espaço símbolo alterado no decorrer do tempo.

O capitulo três, “A Imagem da Cidade e seus Elementos”, elabora uma classificação de elementos urbanos a partir da análise da sobreposição de imagens de vários indivíduos diferentes, que criam criar uma única imagem. Vias, são canal em que o observador se move e tem o ponto de vista dos outros elementos, os quais se organizam ao redor das vias (elemento estruturador). Limites, são elementos lineares que delimitam regiões e interrompem fluxos, possuem características organizadoras. Bairros, “regiões urbanas em que o observador penetra”. Cruzamento, pontos de convergência visual e estrutural que chamam atenção. Pontos Marcantes, são objetos físicos de destaque que servem de referência. Tais elementos são inter-relacionados, podendo reforça-se mutuamente ou causarem conflitos visuais, podendo ser mutáveis de acordo com a percepção individual, ponto de vista, hora e estação, tudo isso contribui para a formação de uma imagem mental a qual é definida pelo autor como “a miniatura referente a realidade”.

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