TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resumo Capitalismo e Urbanização

Por:   •  30/3/2017  •  Resenha  •  1.669 Palavras (7 Páginas)  •  1.768 Visualizações

Página 1 de 7

Resumo do Livro: Capitalismo e Urbanização – Maria Encarnação B. Sposito

  1. A Urbanização Pré-Capitalista

Antes das cidades

Durante o período Paleolítico, não houve fixação do homem, a vida era marcada pelo nomadismo. Porém nesse período já surge a primeira relação do homem com a “moradia”: o homem nômade se preocupava em dar uma moradia aos seus mortos, seja ela uma caverna, cova ou um monte de pedras.

A fixação do homem a terra se dá a partir da domesticação de animais e da necessidade de se aprender as técnicas agrícolas, pois o aumento da natalidade (e fecundidade) naquela época reduziam as tribos à um ritmo lento devido a presença das crianças, surgindo assim as primeiras aldeias.

As aldeias se distinguem das cidades não a partir da quantidade do aglomerado, e sim pela sua complexidade rudimentar: A aldeia é apenas um aglomerado de agricultores que desempenham o mesmo trabalho, possui uma organização social não complexa e por isso não pode ser caracterizado como cidade.

Para existirem as cidades

Além das condições pré-estabelecidas durante o período neolítico que são indispensáveis para a origem das cidades, algumas outras condições são necessárias para o surgimento desta: ela exige uma complexidade na organização social que só se concretiza com a divisão social do trabalho, e para que isso aconteça é necessário que exista um excedente na produção, para que cada “instituição social” possa desempenhar a sua função. De modo associativo, deve haver uma relação de dominância que assegura a transferência desse excedente de produção em troca de outros bens (muitas vezes imateriais, como: a proteção, a organização, etc.).

A cidade surge através, diferente do que se espera, a partir do fator social, e não econômico: é a divisão do trabalho, a divisão de classes e a dominação exercida por alguns que configura e permite o surgimento das cidades.

As cidades na Antiguidade

As cidades começaram a surgir por volta de 3500 a.C. na região da Mesopotâmia. O que impulsiona o surgimento das cidade é a condição natural: elas surgem à beira de rios em regiões do semiárido, possuem, no geral, caráter teocrático. Os governantes eram responsáveis pelo controle do excedente da produção, administravam e proviam os bens para a população.

Os Impérios e a Urbanização na Europa

Os Impérios foram grandes responsáveis pelo aumento do número de cidades na Europa, seus processos políticos, econômicos e sociais ocorridos durante a fixação e manutenção deles aceleraram o processo de urbanização, já que a união política da região sob domínio imperial estava integrada, criando uma divisão interurbana do trabalho.

O maior exemplo de império unificador, o Império Romano, fez com que a urbanização deixasse de ser um processo espontâneo e passasse a ser “forçado” pela criação e dominação das cidades. Com o declínio do Império Romano a partir das invasões árabes, há uma diminuição da urbanidade, havendo um retrocesso.

As cidades na Idade Média

Com a crise no Império Romano, houve uma desarticulação da rede urbana, causada pela descentralização do poder, que não garantia as leis de preservação do comércio e tampouco a manutenção das estradas e portos. Com a expansão islâmica sobre o continente, houve o bloqueio do comércio através da navegação, extinguindo o papel econômico das cidades e demarcando o fim das atividades comerciais.

O Feudal e o Urbano

A cidade durante a Idade Média perde sua importância política e econômica, toda e qualquer tipo de atividade está associada ao modo de produção agrícola, e diretamente relacionada à posse de terras. Outra influência da época para que as cidades se tornassem apenas coadjuvantes na vida medieval foi a ideologia da Igreja Católica de que o cultivo das terras estavam associadas às dádivas divinas e os ideais de pobreza como salvação.

  1. A Urbanização sob o Capitalismo

O Renascimento Urbano

Os aglomerados medievais chamados burgos foram o principio do renascimento das cidades, a retomada do comércio com o Oriente foi o fator que impulsionou a busca dos mercadores e artesãos por abrigo e proteção dos direitos sobre o comércio. Essa concentração nos burgos se deu de forma tão demasiada, que começaram a ultrapassar as muralhas, dando inicios às novas cidades pós Idade Média. A retomada do processo de urbanização e de comércio foram os responsáveis por criar as condições de estruturação do modo de produção capitalista.

Sobre o modo de produção capitalista

O capitalismo foi impulsionado por uma burguesia comercial, que estimulavam a vinda dos servos feudais para as cidades. A produção não só pretendia garantir o sustento e satisfazer as necessidades humanas, mas visava o lucro. O capitalismo surge nas cidades, e faz com que esta cresça consideravelmente.

As corporações de oficio e as Manufaturas

As corporações de ofício tinham o privilégio de exercer exclusivamente uma profissão, visavam o protecionismo e o exclusivismo, indo de encontro aos interesses de expansão comercial da burguesia. Para viabilizar a produção, os burgueses organizaram bases de produção fora das cidades, dando início as manufaturas. A manufatura aprofundou ainda mais as divisões do trabalho, dando os primeiros passos para o trabalho assalariado.

A urbanização moderna

A aliança entre a burguesia e o rei, que fundou os Estados Absolutistas, reforçaram os processos de urbanização. A expansão das cidades era primordial para ampliar as condições para o desenvolvimento do capitalismo. As cidades eram depósitos de riqueza monetária, e o local da produção das mercadorias. Foi essa busca pela expansão do capitalismo que levou a urbanização ao mundo colonial, uma tentativa de reproduzir o modelo de cidade europeia para ampliar os horizontes de mercado.

  1. Industrialização e Urbanização

A emergência do Trabalho Assalariado

O trabalho assalariado começa a emergir quando se começou a subordinar a produção ao capital. Os detentores dos meios de produção começam a “comprar” a força de trabalho, e o preço final da mercadoria está associado ao comerciante. A divisão do trabalho torna a criação do trabalho assalariado uma iminência.

A Revolução Industrial

A revolução industrial acontece para maximizar a produção capitalista. Diferente do que se aponta, ela não aconteceu por consequência da descoberta da máquina a vapor, e sim a invenção da máquina a vapor foi uma maneira encontrada de se promover a revolução que iria ampliar a produção do capital.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.4 Kb)   pdf (67.2 Kb)   docx (16.8 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com