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Capitalismo Industrial Resumo

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Por:   •  21/5/2014  •  1.985 Palavras (8 Páginas)  •  1.715 Visualizações

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CAPITALISMO INDUSTRIAL E POLARIZAÇÃO SOCIAL

O primeiro sub-capítulo intitulado “Capitalismo Industrial e Polarização Social” trata das relações sociais que identificam o surgimento do capitalismo. O texto se mostra interessante a partir do momento que prende o leitor pela chamada de que toda palavra tem uma origem na história, e assim começa a tratar o capitalismo, mostrando de forma pragmática que o seu significado se diverge entre os mais diversos autores. Contudo, Martinelli elabora seu estudo utilizando três grandes vertentes que devem ser examinadas para se obter uma compreensão efetiva do capitalismo como categoria histórica.

Segundo a autora, a primeira proposta teórica a ser analisada é do economista alemão Werner Sombart (1863-1941), que de forma idealista trata a origem do capitalismo como uma tendência do desenvolvimento natural do ser humano, em suas busca pela adaptação da evolução do ser humano social. Esta teoria de Sombart pode ser resumida em sua declaração na sua obra Der Moderne Kapitalismus, 1928, era que “em épocas diferentes têm reinado sempre atitudes econômicas diferentes, e que é esse espírito que tem criado a forma que lhe corresponde e com isso uma organização econômica”. Esta tese não obteve sustentação uma vez que não havia base histórica, visto que, dava ao protestantismo a origem do espírito capitalista. Para os teóricos da época que derrubaram esta tese, não poderia sustentar-se, pois o capitalismo está diretamente ligado ao uso aquisitivo do dinheiro, pois os processos de aquisição de capital antecedem em muito a Reforma Protestante.

A segunda vertente, segundo Martinelli, descende historicamente da Escola Histórica Alemã, “e acentua o caráter de sistema comercial do capitalismo, situando-se como uma forma de organização da produção que se move entre o mercado e o lucro” (p.28). Esta tese está basicamente relacionada às movimentações financeiras de compra e venda de mercadorias, coloca assim, o capitalismo tendo como única motivação o lucro.

Esta tese em parte sustenta a teoria do capitalismo voltado para o lucro de quem vende, ou mesmo compra. Porém, ignora as conseqüências desta relação da obtenção do lucro, para a sociedade, principalmente, para a os trabalhadores mais pobres. Sendo assim, nestas duas vertentes históricas não é possível identificar a origem do Serviço Social. Este fato pode ser compreendido, pois as atividades mais próximas do Serviço Social atual estavam restritas ao conceito de caridade, que era exercido essencialmente por religiosos, principalmente, católicos. Foi inclusive a caridade, a Justificação pelas Obras defendida pela Igreja Romana por toda sua história, que levou ao movimento de Reforma, que defendia a salvação mediante a fé.

Este conteúdo não foi abordado em classe, tampouco, pela autora, mas merece relevância, pois explica em parte porque a Igreja Católica mantinha sua relação com o estado baseada no conceito de que a caridade era sua função, enquanto ao estado cabia a política. Como a sociedade da idade média e, principalmente, a partir do século XIV relegava os seus pobres a viverem da caridade, facilitou muito o avanço do conceito capitalista, onde a força do dinheiro subjugava os menos favorecidos. Esta relação capital e trabalho podem ser entendidos a partir da teoria de Karl Marx, que é a terceira vertente exposta pela autora para explicar o surgimento do capitalismo e levar ao entendimento da gênesis do Serviço Social.

Foi o pensador Karl Marx, considerado o pai do socialismo, que levou a Revolução Russa, Chinesa e de tantas outras nações mundo afora. A teoria de Marx é que o capital é uma relação social e o capitalismo um determinado modo de produção, marcado pela dominação do processo de produção pelo capital. Ou seja, o capitalismo que foi uma palavra usada inicialmente em um texto do romancista inglês Wiliam M. Trackeray, é entendido por Marx, e é a teoria mais amplamente aceita, se analisarmos de forma empírica, como o ato daquele que detém o poder de produção, que utiliza da força do trabalho humano para obter lucro.

Este capitalismo apoiado por Marx, pode ser visto no estudo da autora a partir do fim do período feudal no século XIV e o início da ascensão burguesa, também contado na mesma época, até a segunda metade do século XVIII. Neste período grandes transformações sociais foram geradas, pela Revolução Francesa, que defendia uma nova política democrática; e, pela Revolução Industrial inglesa, que não foi uma guerra, mas um grande avanço, a partir de invenções mecânicas que transformaram as formas de produção da época.

A grande revelação do conceito capitalista deu-se fortemente através da Revolução Industrial inglesa, que cooptou a mão de obra do campo, que esta submetida ao regime da dinastia Tudor, que praticamente escravizou o camponês do reino inglês, relegando-os a submissão muito maior do que a antes ocorrida no período feudal. O processo de fortalecimento burguês que se iniciou no campo, agora migra para as cidades que concentram as indústrias, criando assim, grandes bolsões de pobreza e uma exploração mais exacerbada do que no campo.

Neste período, com maior concentração urbana, houve crescimento populacional, onde enquanto, os ricos ficavam mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres. Com o aumento desta massa populacional o poder político de então, ao invés de proporcionar ações que melhorassem a qualidade de vida destas populações, criava novas leis que sufocavam possíveis movimentos de reivindicação de direitos, elevando os problemas sociais das grandes cidades.

O segundo sub-capítulo a autora trata da “Ascensão do capitalismo e manifestações operárias”. Nesta fase, compreendida entre o final do século XVIII, e, início e metade do século XIX, o poder capitalista está mais arraigado à cultura do povo, a indústria começa a inserir novas máquinas que começam por exigir menos quantidade de trabalhadores, enquanto, estes passam mais horas trabalhando.

Com esta mudança brusca na forma de emprego a massa trabalhadora – aquela como dizia Marx, o ploretariado, pessoas que para sobreviver precisam vender a sua força de trabalho, para o setor produtivo – passam agora a viver sobre duras leis que impedem a livre negociação, além de imputar mais direitos à classe burguesa em detrimento dos trabalhadores.

A partir desta crise de desemprego, a atitude da classe trabalhadora foi a de atacar as máquinas, pois entendiam que elas eram as responsáveis pela redução das vagas de emprego, assim como do aumento da carga de trabalho. A parti daí surgem movimentos que passam a atacar as indústrias em busca de destruir as máquinas, sem se dá conta de que era

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