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Resumo da Obra: O Interior da História - Historiografia Arquitetônica Para Uso de Latino-americanos por Marina Waisman.

Por:   •  24/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.482 Palavras (6 Páginas)  •  760 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

ARQUITETURA & URBANISMO

TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO VI

Prof. Celma Chaves

Resumo da obra: O Interior da História - Historiografia Arquitetônica Para Uso de Latino-americanos por Marina Waisman.

Igor Henrique Mendes Kawasaki  

6º Semestre/Matutino 

Capitulo 1 – História e Historiografia

A autora começa o capitulo pontuando que a história não é apenas uma reprise do que aconteceu, não poderia ser pela impossibilidade de conter todos os acontecimentos. É preciso fazer uma distinção, em seguida vem à organização, as articulações, as valorizações. Propõe que a historia é uma sucessão de juízos, não sendo apenas uma narração.

Segue explicando: desde o momento em que se decide trabalhar um determinado tema, é adotado um juízo histórico, também é aplicado um juízo quando são escolhidos os instrumentos e metodologias de analise. Nessa acumulação de juízos, um papel significativo é o instante historial em que experiência o historiador, tendo em vista que a historia é escrita a partir dos interesses do presente. A história é constantemente reescrita e a historiografia possibilita a leitura dupla do assunto tratado e da ideologia do momento histórico em que foi estudada.

Fala da ambiguidade do termo história, que pode ser usada para denominar a realidade histórica, que é a sucessão dos acontecimentos, como também a narração desses acontecimentos, ou seja, a ciência e o estudo da realidade histórica, das diferentes leituras feitas pelos historiadores. Para o efeito de maior precisão dos conceitos é chamado de “história”, a realidade dos acontecimentos- na arquitetura, a sucessão dos fatos arquitetônicos e de “historiografia” os textos em que se estuda seu desenvolvimento no tempo.

Problemas históricos são aqueles que dizem respeito à existência mesma do fato histórico – sua autenticidade, datação ou, no caso de obras arquitetônicas, seu autor, seu contratante, bem como as circunstancias de sua produção etc. Problemas historiográficos, de outro modo são os que se referem à interpretação ou caracterização do fato histórico – sua inclusão em determinada unidade histórica, sua relação causal com outros fatos ou circunstâncias, as razões de sua seleção como objeto de estudo, sua conexão com sistemas gerais nos quais pode ser envolvido etc. Que por sua vez levarão ao juízo histórico, ao significado que o historiador vai conceder ao fato.

Os problemas históricos são resolvidos por meio da pesquisa. Exerce-se a operação crítica para garantir a exatidão dos dados e sua pertinência. São problemas de ordem técnica. Os problemas historiográficos estão ligados à ideologia do historiados, visto que realizam o recorte do seu objeto de estudo e de seus instrumentos críticos, para a definição da estrutura do texto historiográfico; tudo aquilo, enfim, que o levará a interpretação do significado dos fatos e, por fim, a formulação de sua própria versão do tema escolhido.

Capitulo 2 - História Geral, História da Arquitetura, História da Arte.

O capitulo busca expor as distinções que afetam tanto os métodos como a problemática historiográfica. A peculiaridade principal entre o objeto de estudo da historiografia geral e o das historiografias da arte e da arquitetura refere-se ao tipo de temporalidade. Visto que o objeto possui uma demarcação no espaço físico como temporal, sendo assim para a historiografia geral o objeto deixou de existir no tempo, e o trabalho do historiador será trazê-lo para o tempo presente por meio de sua descrição ou narração.

Logo, o objeto das historiografias da arte e da arquitetura existe no presente por si mesmo, e o trabalho do historiador tem que partir dessa existência. Para a historiografia geral, o elemento fundamental é um acontecimento, um tipo ou uma cultura que se extinguiu, deixando alguns rastros que permitirão seu conhecimento. Nas historiografias da arte e da arquitetura, o protagonista - a obra de arte ou de arquitetura -, apesar de pertencer a outro local e tempo, é testemunha histórica fundamental de si mesma e necessária para seu estudo, pois reúne em si os dados importantes para o seu conhecimento.

Define a diferença entre historiografia geral e historiador da arte ou/da arquitetura: no primeiro, o historiador manuseia fatos carentes de material físico. Todos os dados analisados são exteriores do evento em si. Desse modo, o historiador ficara em torno de seu problema até compreendê-lo e reconstruí-lo em sua própria mente. A soma de juízos pode interferir no ato da reconstrução daquele objeto histórico, resultando no significado que tal evento teve em seu próprio momento histórico.

Entretanto o historiador da arte ou da arquitetura encontra-se na presença do fato que será analisado, possui extensão física e permanência no tempo, desde o momento da sua criação. Sendo assim, não cabe a tarefa de reconstruir mentalmente o objeto de estudo.

Aponta ainda uma distinta diferença entre fato histórico e fato histórico-artístico: A vontade consciente de quem o produz. Alguns eventos isolados, como a tomada da Bastilha - que provavelmente não foi planejado antes por ninguém, se deu com uma sucessão de fatos, sem o planejamento consciente das consequências. Entretanto na obra de arte ou arquitetura, a relação de projeto e o seu resultado é muito mais direta e o projeto existe sempre podendo ser concretizado ou não, porque há uma vontade de produzir um efeito determinado, seja esse integralmente obtido ou não.

Capitulo 3 - História da Arquitetura, História da Arte.

O capitulo explica que a história da arquitetura e a história da arte estavam intimamente ligadas, bem como a sua “ruptura”. Expõe a evolução histórica da arquitetura e da arte, seus princípios, ideias e realizações. Nos leva a refletir que como qualquer outra forma de conhecimento histórico, também está sujeita às limitações e potencialidades da história enquanto ciência: existem diversas perspectivas em relação ao estudo da arquitetura, a maior parte das quais pelo viés ocidental.

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