Trabalho Arquitetura Praças E Jardins
Por: Edwaldo Carlito Antunes Silva • 6/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.785 Palavras (8 Páginas) • 155 Visualizações
Intervenções urbanísticas em Praça e Jardim
- Introdução
O projeto da Praça Portugal, localizada na cidade de Fortaleza, no cruzamento entre a Avenida Dom Luís e Avenida Desembargador Moreira foi criado em 1947. Seu projeto foi executado pela arquiteta Maria Clara Nogueira Paes e a obra foi executada pelo engenheiro Hélio Teixeira Maia (AZEVEDO, 2015). Na época o seu projeto foi considerado um dos melhores projetos de praça do Brasil.
A praça Portugal foi inaugurada em 1968, possuindo uma área de 13440m², sendo ocupado por um lago artificial, um grande obelisco, uma fonte, uma ponte, postes e bancos (GARCIA, 2010). Durante a sua construção, empresários portugueses fizeram doações financeiras para a sua construção.
Desde sua primeira inauguração, a praça passa por reformas e reinaugurações. Alguns historiadores cearenses acreditam que a praça contribuiu para o crescimento do Bairro Aldeota a partir do ano de 1970, com a construção de áreas residências próximas. Porém, em 1979, o prefeito da cidade na época, Lúcio Alcântara, criou o Plano Diretor de Fortaleza, permitindo a construção de áreas comercias no entorno da praça, o que causou uma modificação do ambiente ao seu redor, perceptível nos dias atuais (GARCIA, 2010).
O Jardim Japonês, localizado na Avenida Beira Mar, foi inaugurado em 2011, pela prefeita da época, Louisianne Lins. Ele homenageia Jusaku Fujita, que chegou em Fortaleza em 1923 e fixou a sua residência aqui (GURGEL, 2012). Toda a decoração da praça é inspirada na cultura japonesa, com a presença de rochas, luminárias, nascente d’água, cascatas etc, ocupando uma área de aproximadamente 1900m².
Desde que foi inaugurado, em 2011, até 2015 o Jardim Japonês já sofreu cerca de 2 interdições, por mau uso do seu espaço pela população local. Sendo necessário que houvesse recuperação da sua estrutura para voltar a ser utilizado pela população.
- Diagnóstico
Para a etapa de diagnóstico foi realizada uma visita em cada local de análise no intuito de detectar problemas através de uma vistoria técnica e qualitativa. Quando detectado algo que não estava de acordo com requisitos de conforto ou qualidade, retirou-se fotos para constatação do fato em si. Posição geográfica dos dois pontos de análise:
Mapa de localização
[pic 1]
Fonte: Google Maps.
- Diagnóstico Praça Portugal
A seguir, alguns dos problemas detectados na praça Portugal:
- Ambiente com poucas árvores, onde maior parte da área da praça é dominada pelo contato direto com a luz solar, não favorecendo a caminhada de pessoas em determinadas horas do dia (Figura 1).
Figura 1 – Centro da praça Portugal
[pic 2][pic 3]
Fonte: Fotos produzidas pelos autores.
- Locais para descanso (bancos) poderiam ter mais proteção contra a luz solar, passando a manhã e tarde toda em contato direto com o sol. Não sendo aconselhado sentar nesses bancos por questões de conforto e saúde. (Figura 2).
Figura 2 – Bancos da praça Portugal
[pic 4]
Fonte: Foto produzida pelos autores.
- Grande quantidade do lixo coletado na praça é deixado ao ar livre, aumentando a chance de transmissão de doenças e denigrindo a imagem da praça como um local limpo e social. (Figura 3).
Figura 3 – Lixo ao ar livre na praça Portugal
[pic 5]
Fonte: Foto produzida pelos autores.
- Apesar de existir faixas de pedestre ao redor da praça, ainda assim ela é rodeada por vias extremamente movimentadas de veículos, não facilitando o acesso a praça, além disso, é produzido uma grande quantidade de ondas de calor e gás carbônico, além da poluição sonora provenientes dos veículos. (Figura 4).
Figura 4 – Entorno da praça Portugal
[pic 6]
Fonte: Foto produzida pelos autores.
- Diagnóstico Jardim Japonês
A seguir, alguns dos problemas detectados no jardim Japonês:
- Diversas plantas na entrada e internamente ao jardim estão mortas ou quase morrendo, identificando um problema de manutenção por parte da prefeitura ou da empresa terceirizada (caso exista uma) no cuidado com o jardim (Figura 1).
Figura 1 – Plantas no Jardim Japonês
[pic 7]
Fonte: Fotos produzidas pelos autores.
- Deterioração de algumas estruturas do Jardim, como escadas, lâmpadas, entre outros. Isso reforça a falta de manutenção no local, bem como a falta de um segurança para vigiar o local de forma integral e impedir que algum tipo de vandalismo possa ser realizado no local (Figura 2).
Figura 2 – Deterioração da estrutura do Jardim Japonês
[pic 8][pic 9][pic 10]
Fonte: Foto produzida pelos autores
- Presença de lixo e poluição no lago artificial do Jardim. (Figura 3).
Figura 3 – Lago artificial Jardim Japonês
[pic 11]
Fonte: Foto produzida pelos autores.
- Rampa de acesso muito extensa. Possuindo um total de 125 metros aproximadamente (Figura 4).
Figura 4 – Rampa de acesso Jardim Japonês
[pic 12][pic 13]
Fonte: Foto produzida pelos autores.
3 Propostas de Intervenção Urbana
Se faz necessário para esta etapa a realização de propostas direcionadas para ambos os equipamentos públicos diagnosticados no tópico anterior.
3.1 Proposta de Intervenção Urbanística na Praça Portugal
A praça Portugal se tornou basicamente um marco da cidade e perdeu a sua vocação principal: o acolhimento da comunidade local. Segue o projeto para a humanização da praça.
Figura 5 – Proposta de Projeto Conceitual para a Nova Praça.
[pic 14]
Fonte: Projeto Conceitual demonstrativo produzido pelos autores.
A praça agora contaria com uma pista de passeio para bicicletas ao redor da mesma dotada de marcação: início e fim, e suas distâncias; inserção de 8 stands de utilização exclusivamente da comunidade para a realização de brechós e encontros; no interior da praça seria instalado um sistema de grades retiráveis que em dias de domingo seria proposto que as mesmas fossem instaladas para que as pessoas da região fossem até a praça e liberassem seus animais domésticos para a diversão e interação social dos moradores, em dias de semanas esse espaço seria destinado para exercícios funcionais incentivados pela a prefeitura com uma equipe de educadores físicos; ao redor da praça estariam instaladas lixeiras com coletores seletivos e uma redistribuição da arborização no espaço promovendo um melhor conforto térmico gerando a permanência das pessoas no local.
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