Uma Monografia Escola de Música
Por: Heitor Dias • 27/11/2016 • Monografia • 1.179 Palavras (5 Páginas) • 298 Visualizações
Pavillon Suisse (Pavilhão Suiço)
Le Corbusier e Pierre Jeanneret
1931 á 1933
A Cité Internationale Universitaire de Paris foi fundada em 1921 para fornecer alojamento aos estudantes estrangeiros em Paris, possui pavilhões residenciais dotados de diferentes nacionalidades. É um parque de 34 hectares, composto por 37 moradias estudantis, construídas entre 1925 e 1969.
No final do da década de 20 viu – se a necessidade de construir um alojamento para os estudantes suíços residentes na Cidade Universitária de Paris. Para tanto, o arquiteto Le Corbusier foi contrato direto (sem concurso) para elaborar o projeto.
Nesta época o autor do projeto tinha como experimentos objetivos a criação de edifícios mais integralmente ativos, unificar essa ação de forma monumental, tornar o todo mais maciço e sólido estruturalmente. Integrando as ideais dos 5 pontos da arquitetura moderna, sendo eles: Solo liberto ou caminhar livre, plantas livres, fachadas livres, janelas livres e coberturas livres. O mesmo padrão de projeto usado na Villa Savoie.
O Pavilhão:
O programa do projeto era criar uma moradia estudantil coletiva com alojamentos para estudantes, um apartamento de diretor, uma biblioteca, um refeitório com uma pequena cozinha, um escritório para a zeladoria, dois quartos para os funcionários e um solário.
Como solução Le Corbusier coloca os 45 alojamentos estudantis em um bloco horizontal sobrepostos a pilotis, alguns deles “plásticos e musculares”, ao norte coloca um bloco retilíneo para circulação vertical, onde também encontra – se as áreas de serviço, o apartamento do diretor, e as demais áreas comuns. O módulo de entrada é concebido em forma de Y composto por uma escada e um banheiro.
Em resposta ao anel de conversão e a Rue Benoist Malon(atual Avenue Rockfeller ), foi desenvolvida mais a fundo, racionalizada em três planos curvos relacionadas ao anel de conversão e um ao lado leste, adjacente á Rue Benoist Malon. A entrada principal localizada a sudoeste, abaixo da laje que contém os cômodos dos estudantes.
Os andares do pavilhão são fechados com uma parede sólida, já o plano central curvo preso as escadas é parte sólido e parte de vidro. No salão de entrada são colocados três elementos funcionais: As escadas, um duto e o elevador, o duto marca o ponto da curvatura máxima da parede norte. Essa composição de elementos se eleva verticalmente no interior da torre ligada ao bloco horizontal (o de alojamento).
No bloco de acessos, é inserido uma parede curva de pedra, alinhada a via de acesso a Rue Benoist Malon.
Os pilotis das laterais são em formato de “osso”, onde se passa os esgotos dos blocos ,e todos se desenvolvem em estágios sucessivos a partir do centro.
As fachadas possuem 4 materiais principais. Uma parede de cascalho irregular(fachada sul), uma parede lisa de pedra de cantaria (fachada oeste), uma parede de pedra de cantaria vazada por janelas (fachada norte), uma fachada mista, onde há um grande vitral em qual se localizam as escadas e um grande paredão parte onde estão localizados os blocos habitacionais. (fachada leste).
Conclusão:
A obra apesar de simples, também consegue ser imponente e diferente. Pois além de ser um dos maiores edifícios da cidade universitária de Paris, proporciona aos alunos em geral que visitem sua biblioteca, que fica numa área de livre acesso aos passantes
Conclusão:
Nesta edificação é possível ver claramente a inserção dos 5 pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier.
Janelas em fita, Le Corbusier utiliza de uma progressão do sólido para o transparente e deixa uma das fachadas predominada por janelas.
[pic 1]
Imagem 1, disponível em:
Terréo aberto, a inserção dos pilotis cria um espaço de integração do publico com o edifício no nível do solo, os pilotis esculturalmente ativo erguem o seu oposto, um volume estático, no ar;
[pic 2]
Imagem 2, disponível em: https://www.flickr.com/photos/amandabeatriz/3207143778/
Plantas Livres e Fachadas livres realizada pela distinção entre colunas estruturais e paredes de vedação.
E coberturas livres, nesse edifício Le Corbusier cria um solário na cobertura, um espaço de lazer que abrange a visão do publico ao entorno.
[pic 3]
Imagem 3, disponível em: https://www.flickr.com/photos/amandabeatriz/3207143778/
Ainda nesse edifício podemos ver elementos puristas inseridos por Le Corbusier, que vai além da tese defendida por ele da Máquina de Morar, aqui vemos a ideia de função defendida pelos puristas: Uma obra só é realmente funcional quando, além de útil é plasticamente harmoniosa em suas proporções. Assim podemos ver no projeto harmonia proporcional e simplicidade.
Le Corbusier é o sobrenome profissional de Charles Edouard Jeanneret-Gris, considerado a figura mais importante da arquitetura moderna. Estudou artes e ofícios em sua cidade natal, na Suíça, e depois estagiou por dois anos no estúdio parisiense de Auguste Perret, na França. Viajou para a Alemanha onde colaborou com nomes famosos da arquitetura naquele país, como Peter Behrens.
Le Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon e outros edifícios da Grécia antiga. Ficou impressionado com o uso da razão áurea pelos gregos clássicos. O livro "Vers une Architecture" mostra uma nova forma da arquitetura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão áurea, uma proporção matemática considerada harmônica e agradável à visão.
Para o arquiteto, o tamanho padrão do homem era 1,83m. Baseado nisso, em números do matemático Fibonacci (1170-1250) e na razão áurea dos gregos antigos, criou uma série de medidas proporcionais, o Modulor, que dividia o corpo humano de forma harmônica e equilibrada. Baseava-se nisso para orientar os seus projetos e suas pinturas.
Tinha 35 anos quando se associou a seu primo, o engenheiro Pierre Jeanneret, em Paris. Foi quando adotou de vez o pseudônimo profissional de Le Corbusier (o corvo, adaptado do sobrenome de sua bisavó Lecorbésier).
Embora sua principal carreira tenha sido a de arquiteto, também foi competente na pintura e na teoria artística. Como pintor, ajudou a fundar o movimento purista, uma corrente derivada do cubismo, nos anos 1920. Na revista francesa "L'Esprit Nouveau" (O espírito novo), publicou numerosos artigos com suas teorias arquitetônicas.
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