A AUDITORIA E O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTOS E BASES DE APOIO AO PROCESSO DECISÓRIO DE UMA ORGANIZAÇÃO

 A AUDITORIA E O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTOS E BASES DE APOIO AO PROCESSO DECISÓRIO DE UMA ORGANIZAÇÃO

Luciana Cristiana Gomes da Silva ^[1]

RESUMO

O objetivo geral deste estudo foi demonstrar a importância da auditoria e do controle interno como instrumentos e bases de apoio ao processo decisório das organizações. A metodologia deste estudo foi por meio de uma revisão de literatura utilizando-se da pesquisa bibliográfica. Ao final do estudo concluiu-se que a gestão financeira, para ser eficaz, precisa estar sustentada e orientada por um planejamento de suas disponibilidades. O gestor precisa de instrumentos confiáveis que o auxiliem a otimizar os rendimentos dos excessos de caixa ou a estimar as necessidades futuras de financiamentos, para que possa tomar decisões certas e oportunas. O mais importante em um controle eficiente é nunca confiar na memória das pessoas que trabalham no setor financeiro. É por falta de planejamento e controle financeiro que muitas quebram no terceiro ano de sua existência, apresentando insuficiência e inexistência de suporte financeiro para sua organização, sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, no qual se contabiliza estes dados na gestão financeira, se analisando detalhadamente para a tomada de decisão.

Palavras-chave: Auditoria interna. Controle interno. Gestão financeira. Processo decisório.

1 INTRODUÇAO

O tema selecionado para este estudo é a auditoria e o controle interno como instrumentos e bases de apoio ao processo decisório de uma organização.

Segundo Jacques e Reske Filho (2007), a globalização faz com que as dificuldades encontradas no mercado pelas organizações, exijam um número maior de controles, devido a um maior número de incertezas, o que faz com que as decisões assumam um caráter pouco rotineiro e de difícil estruturação, e indica a busca de controles preventivos para a interação e alcance dos objetivos organizacionais. Parte-se do princípio da importância da controladoria como um instrumento de gestão no auxílio para que a organização obtenha melhores resultados econômicos e financeiros, e ainda por sua necessidade como observadora e controladora dos gestores.

Na visão de Wahlmann (2003), através das atividades da controladoria muitas decisões que até então eram tomadas intuitivamente, passaram a ser embasadas por análises sistemáticas de possibilidades futuras.

Para Siqueira e Soletinho (2001), isso torna a área de controladoria uma peça estratégica dentro das organizações, pois passa a ser uma área de informação por excelência, dependendo das informações reportadas à administração pode haver até uma mudança na estratégia da empresa.

Diante da importância do tema, este estudo se justifica partir do interesse de aprofundamento sobre a importância da auditoria e do controle interno em uma organização, sendo que proporcionará ainda um maior conhecimento das peculiaridades da auditoria e do controle interno. Por meio deste estudo, pretende-se oferecer base para a busca de soluções e sugestões de melhorias no que concerne à importância da auditoria e do controle interno em uma organização. Este estudo será relevante para que se possa entender a importância do processo da auditoria e do controle interno em uma organização.

Diante do exposto, este estudo teve como objetivo geral demonstrar a importância da auditoria e do controle interno como instrumentos e bases de apoio ao processo decisório das organizações.

A metodologia deste estudo foi por meio de uma revisão de literatura utilizando-se da pesquisa bibliográfica.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A Auditoria

De acordo com Marion (2004), o contador é um profissional que pode atuar como auditor, consultor, perito, empresário, controller e professor.

O termo auditoria tem origem do latim auditore que, segundo Hoog (2006, p. 48), quer dizer aquele que pode ouvir. Se caracteriza como o “exame analítico de revisão, que segue o desenvolvimento da execução política contábil, desde o início até o balanço, abrangendo a segurança dos controles internos das células sociais”. O conceito de auditoria vem se desenvolvendo, tendo como desígnio acolher às aceleradas mudanças decorrentes da globalização e à complexidade na administração de negócios, sendo estas sujeitas às resoluções fiscais e legais.

Hoog (2006, p. 49) define a auditoria como sendo:

O procedimento científico relativo à certificação dos elementos da riqueza aziendal, normalmente contabilizados nas fundações, associações, sociedades empresárias e simples, assegurando a credibilidade das informações das peças contábeis e a integridade do conjunto de bens e obrigações e da situação líquida, e visando a minimização ou eliminação dos riscos fiscais, societários, ambientais, trabalhistas, previdenciários, sistêmicos ou não da ambiência.

Conforme Franco e Marra (2001), o surgimento da auditoria se deu devido à necessidade de confirmação dos registros contábeis, também pelo surgimento das grandes empresas no mercado e as taxas públicas e, sua evolução ocorre de forma paralela ao crescimento e desenvolvimento econômico. O surgimento e progresso da função de auditoria é consequência dos seguintes fatores:

• crescimento de empresas, cuja complexidade e ramificações tornam impossível aos administradores controlar todos os atos de seus subordinados;
• aparecimento das sociedades abertas;
• utilização de capitais de terceiros por parte das empresas, principalmente de financiamentos de entidades particulares e empréstimos;
• crescimento da relevância do imposto de renda, baseado no resultado do exercício, na receita federal de muitos países;
• controle do poder público sobre as empresas particulares e entidades que exercem atividades relacionadas com o interesse público;
• exportação de capitais.

Conforme Franco e Marra (2001), a técnica da auditoria é utilizada para mensurar a adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis, pois consiste no exame de documentos, livros e registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento, cujo objetivo é verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas mostrada, de acordo com os princípios fundamentais e normas de contabilidade, aplicados de maneira uniforme. O trabalho executado pelo auditor deve: