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A Contabilidade Ambiental

Por:   •  26/8/2021  •  Projeto de pesquisa  •  3.505 Palavras (15 Páginas)  •  156 Visualizações

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 Contabilidade ambiental: uma abordagem nas empresas produtoras de uvas no município de Petrolina-PE

Jessica Dos Santos Souza 

RESUMO

Esta pesquisa tem o objetivo de identificar o nível de interesse das empresas produtoras de uvas situadas na cidade de Petrolina-PE em utilizar a contabilidade ambiental no sentido de agregar valor as suas atividades. Justifica-se a temática por contribuir com a literatura da contabilidade ambiental com aspectos relacionados às empresas produtoras de uva em Petrolina-PE. Desta forma a questão problema foi assim definida: Qual o interesse das 5 (cinco) maiores empresas produtoras de uvas em Petrolina-PE em utilizar a contabilidade ambiental? Segundo a literatura consultada, a contabilidade ambiental tem ganhado evidencia ao longo do tempo, tendo como sua principal vertente a contabilidade (ZAMBELLI,2012). Para Moreira (2009) é responsabilidade da contabilidade ambiental em orientar a tomada de decisão da empresa sobre a situação financeira de seus negócios e a situação ambiental da organização. De acordo com Kraemer (2002) ativos ambientais são investimentos feitos pelas organizações para atingir a sustentabilidade do meio ambiente e diminuir o os efeitos negativos sobre ele, embora que só traga melhorias do meio ambiente no futuro. Por outro lado, Sefer e Rodrigues (2016) conceituam os passivos ambientais, como obrigações de curto e longo prazo assumidas pelas empresas para promover a melhoria ambiental. Ou seja, para uma empresa, representa todas as suas obrigações financeiras para com terceiros que correspondem ao valor envolvido nas despesas de recuperação, multas, taxas, impostos ou indenizações.

Palavras-chave: Contabilidade ambiental; ativo ambiental; passivo ambiental

PROBLEMA:

Qual o interesse das 5 grandes empresas produtoras de uvas em Petrolina-PE em utilizar a contabilidade ambiental?

OBJETIVO GERAL:

Identificar o nível de interesse das empresas produtoras de uvas situada na cidade de Petrolina-PE em utilizar a contabilidade ambiental no sentido de agregar valor as suas atividades.

OBJETIVO ESPECIFICA:

1. Buscar relatar com base na literatura à responsabilidade ambiental envolvida as empresas do setor da uva;

2. Elucidar aspectos relacionados ao ativo e passivo ambiental das empresas produtoras de uva no município de Petrolina-PE

3. Evidenciar o interesse das empresas pela contabilidade ambiental.

JUSTIFICATIVA

A pesquisa justifica-se em contribuir com a literatura da contabilidade ambiental com aspectos relacionados às empresas produtoras de uva em Petrolina-PE.

REVISÃO DA LITERATURA

Contabilidade Ambiental

A contabilidade ambiental tem ganhado evidencia ao longo do tempo, tendo como sua principal vertente a contabilidade (ZAMBELLI,2012), segundo Santos et al. (2001, p.91), “a contabilidade, é uma das ciências mais antigas do mundo, originou-se com o intuito de quantificar a riqueza humana, ou seja, o patrimônio”.

Diante disso, o conceito de contabilidade ambiental está atrelado com  o da contabilidade, salienta Barroso (2018) as duas tem um único objetivo, estudar o patrimônio para fornecer informações sobre os aspectos econômico-financeiros, sociais e ambientais. Com base nisso Cruz e Silva (2007) argumenta as informações da contabilidade focada ao meio ambiente têm como compromisso em escritura e monitora os dados relacionados a atividades das entidades que danifica diretamente o meio ambiente ou indiretamente.

Para Moreira (2009) é responsabilidade da contabilidade ambiental em orientar a tomada de decisão da empresa sobre a situação financeira de seus negócios e a situação ambiental da organização.

Dessa forma, Castro (2018) analisa a contabilidade ambiental atribuindo o seu envolvimento também com custo de limpeza e reparo de áreas que podem ser afetadas pelas atividades da empresa, através de multas, impostos dentre outras taxas especiais para atividades que exploram diretamente a natureza, e ainda investem em instrumentos tecnológicos com o intuito de diminuir poluição. Em todo caso, o resultado real é que ela auxilia na tomada de decisões, não apenas para a saúde da empresa, mas também para a natureza.

Ressalta Ribeiro (2021, p. 5)

É possível ver que a contabilidade ambiental, através de seus registros em relatórios, demonstrativos e balanços, oferece um equilíbrio para que assim possa ser possível prever as ações a serem tomadas, reduzindo a níveis aceitáveis os danos causados ao ecossistema, que seja de posse da empresa, e manter em nível zero aos ecossistemas não pertencente a organização.

Entendido o conceito de contabilidade ambiental e as contribuições que proporciona, cabe esclarecer a que se referem as informações por ela gerida evidenciando em suas demonstrações contábeis todas as informações ambientais, seus ativos e passivos.

Ativo Ambiental

Quem trabalha com contabilidade está familiarizado com o termo "ativo". O conceito do ativo é um conjunto de bens e direitos da entidade que possui valor econômico e pode ser convertido em dinheiro, gerando receita para a empresa (PICCOL, CHIARELLO E KLANN, 2015). Entretanto, ao tratar da contabilidade ambiental haverá outro tipo de ativo, sendo ele ativo ambiental, são os insumos que as instituições usam, fornecem e obtiveram para restaurar o meio ambiente, proteger o meio ambiente e controlar seu impacto RIBEIRO et al. (2017).

Para definir melhor o ativo ambiental, Conceição et. al (2014, p. 4) aborda

São todos os bens e direitos adquiridos pela empresa que podem gerar benefícios econômicos no futuro e que têm por objetivo controlar, manter e restaurar o meio ambiente, ou seja, são todos bens e direitos que se pretendem ou derivam dos bens. As atividades de gestão ambiental podem assumir a forma de capital de giro ou capital fixo.

De acordo com Kraemer (2002) ativos ambientais são investimentos feitos pelas organizações para atingir a sustentabilidade do meio ambiente e diminuir o os efeitos negativos sobre ele, embora que só traga melhorias do meio ambiente no futuro.

Para Both e Fischer (2017) esse instrumento pode ser utilizado no plano econômico da empresa, todos os itens de manutenção ativos mantidos pela organização são registrados no ativo. Para tanto é necessário analisar como usar bens e serviços para controlar e reduzir o impacto no meio ambiente. 

Compreende-se que a realização das ações dos ativos ambientais traz recompensas positivas para compensar o impacto negativo no meio ambiente.

Passivo Ambiental

Na teoria contábil, o termo passivo exprime obrigações e dividas das empresas. Com a transformação da filosofia da empresa e o surgimento da sustentabilidade, a expressão passivo ambiental surge para salientar as obrigações ambientais que a empresa gera (TAVARES E VOLPATO, 2016).

Conforme Sefer e Rodrigues (2016) conceitua os passivos ambientais, como obrigações de curto e longo prazo assumidas pelas empresas para promover a melhoria ambiental. Ou seja, para uma empresa, representa todas as suas obrigações financeiras para com terceiros que correspondem ao valor envolvido nas despesas de recuperação, multas, taxas, impostos ou indenizações.

Segundo Malafaia (2004, p. 3)

A essência do passivo ambiental está no controle e reversão dos impactos das atividades econômicas sobre o meio natural, envolvendo, portanto, todos os custos das atividades que sejam desenvolvidas nesse sentido, podendo os danos ambientais serem relativos a recursos hídricos, à atmosfera, ao solo e ao subsolo, perda da biodiversidade, danos à saúde e à qualidade de vida, impactos na atividade econômica e, por fim, impactos sociais e culturais. 

Portanto, é compromisso da empresa em remediar os estragos causados pelas suas ações ambientais. Visto isso, Campos (2020) aponta os passivos ambientais refere-se às despesas que devem ser pagas para compensar danos à natureza. 

Em linhas gerais esse termo possui características muito abrangentes, visto que a sua influência pode melhorar ou para piorar as negociações de determinados patrimônios. É oportuno destacar os passivos pode parecer algo não bem visto, mas podem ser positivos e decorrerem de atitudes positivas das empresas (BERTINO, PIMENTEL, FILHO E OLIVEIRA, 2018).

Responsabilidade Ambiental

Desde o período da transição e processo tecnológico, tendo como a integração de máquinas nas indústrias, que a responsabilidade social das empresas vem sendo discutida em mídias comerciais, governamentais e universidades. Segundo Heming (2019, p.33) [...] “há o entendimento da problemática ambiental, pois são as práticas sociais que determinam a natureza dos problemas ambientais que preocupam a humanidade”.

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