A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NO PROCESSO DECISÓRIO
Por: Andressa Prestes • 28/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.932 Palavras (8 Páginas) • 502 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NO PROCESSO DECISÓRIO
Andressa Biermann Prestes
José Carlos Scherer
O ambiente de operações das organizações tem se tornado cada vez mais imprevisível, buscando atender esse fenômeno os gestores necessitam, entre outros fatores, ser subsidiados com informações que retratem de forma objetiva o posicionamento da organização nesse ambiente complexo e mutável. Isso implica que novas ferramentas de gestão são necessárias para oferecer informações confiáveis e a tempo de subsidiar tomadas de decisões mais acertadas. O sistema de informações contábeis é um dos principais fornecedores dessas informações (PARISI e MEGLIORINI, 2011).
Para que o sistema de informação contábil seja usado no processo de tomada de decisões, é necessário que essa informação seja desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da entidade. A informação não pode custar mais do que ela pode valer para a administração da organização (PADOVEZE, 2000). Nesse contexto, a informação torna-se um recurso imprescindível para as entidades, podendo representar uma vantagem competitiva para muitas delas (McGEE e PRUSAK, 1994; BEUREN, 2000).
Diante disso, observa-se a necessidade de que o processo de tomadas de decisão seja baseado em sistemas de informações, pois tais sistemas, dentro de um processo decisório estruturado e disciplinado e com as adequadas informações gerenciais, levam à segurança que o administrador precisa para escolher qual a melhor decisão para a organização (MELO, 2006).
Segundo Marion(1988) O objetivo principal da contabilidade é prover seus usuários de informações úteis para a tomada de decisões. Assim, a função da contabilidade reside e ser instrumento útil para a tomada de decisões pelo usuário, sempre tendo em vista a entidade.
Lunelli afirma que quando o assunto é o objetivo da contabilidade, a geração de informações de qualidade é meio; e a plena satisfação do usuário no processo decisório é fim. Em síntese, o que o autor quis dizer é que, a geração de informações de qualidade é o meio de que a contabilidade se vale para auxiliar o seu usuário na tomada de decisão mais correta.
Ainda segundo Marion(1988), a contabilidade auxilia a administração na tomada de decisões. Coleta dados econômicos, mensura-os monetariamente, registra-os e sumariza-os em forma de relatórios ou comunicados, que contribuem e influenciam na tomada de decisões. Simon (1970) complementa afirmando que a informação contábil tornou-se um importante instrumento de que dispõe o administrador para rever suas atividades.
Para Oliveira, Müller e Nakamura (2000) a contabilidade, para cumprir seu papel como fonte de informações úteis para o processo de tomada de decisões, deve acercar-se de características fundamentais à administração, como ser clara, útil, oportuna, íntegra, relevante, completa e preditiva, além de estar direcionada à gerência da empresa.
Conforme destaca Pitela (2000), deve-se estabelecer a relação entre a contabilidade e a administração, pois é a contabilidade que oferece ao administrador as informações que lhe permitem acompanhar o desenvolvimento das atividades e avaliar os resultados decorrentes dessas ações, traçando metas que possibilitem o alcance de seus objetivos.
Iudícibus (1998) afirma que todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feitos com o intuito de auxiliar a administração na tomada de decisões, ou na avaliação do desempenho, recai sobre a Contabilidade Gerencial.
O mesmo autor (1998, p.21) nos dá uma definição de contabilidade gerencial:
A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custos, na Análise Financeira de Balanços etc. colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.
Assim, podemos dizer que a contabilidade gerencial se vale das mesmas técnicas e procedimentos utilizados em outras áreas da contabilidade, só que com enfoque, forma e perspectiva totalmente voltados para auxiliar os administradores na gerência da organização.
Podemos dizer ainda, de acordo com o pensamento de Jiambalvo (2002), que a contabilidade gerencial difere-se da financeira, pelo fato de a financeira enfatizar os conceitos e procedimentos contábeis que se relacionam à preparação de relatórios para usuários externos da informação contábil. Enquanto a gerencial enfatiza os conceitos e os procedimentos contábeis que são relevantes à preparação de relatórios para os usuários internos da informação contábil.
Padoveze (2000) afirma que só é possível fazer e ter contabilidade gerencial dentro de uma entidade, se houver a construção de um Sistema de Informação Contábil. O autor define Sistema de Informação Contábil, como sendo um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequência lógica para o processamento dos dados e tradução em informações, para com seu produto, permitir às organizações o cumprimento de seus objetivos principais.
De acordo com Deitos (2003), o sistema de informação contábil, quando projetado para atender à necessidade de informações gerenciais de seus usuários, confere a qualquer empresa, independentemente de seu tamanho, maior segurança na tomada de decisões.
Sendo assim, para facilitar a realização dos objetivos estabelecidos pela entidade, o sistema de informação contábil deve apresentar algumas características, de acordo com as Normas Brasileira de Contabilidade (1995), tais como: confiabilidade, tempestividade, comparabilidade e compreensibilidade.
Para Dias, Moura e Silva (2003), a informação contábil:
[...] deve ser revestida de qualidade sendo objetiva, clara, concisa, permitindo que o usuário possa avaliar a situação econômica e financeira da entidade, bem como fazer inferências sobre a tendência futura, de forma a atender sempre os próprios objetivos da entidade empresarial.
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