A SERVIDAO MODERNA
Por: ademirsamara • 8/11/2015 • Resenha • 886 Palavras (4 Páginas) • 424 Visualizações
A SERVIDÃO moderna. Direção de Jean-François Brient. 2009. 52 min.
SILVA, Ademir Luiz da, Aluno do curso de Bacharelado em Ciências
Contábeis, Instituto de Ensino Superior Múltiplo – IESM, 2º período, 2015.
Jean-François Brient, nasceu num subúrbio de Paris em 1975, de pai vigarista e de mãe cabeleireira apaixonado pela cultura clássica. Professor de literatura, de história e de latim, tendo ensinado primeiro em Paris e depois na América latina a partir de 2002. Escreve canções, livros e filmes desde 1990.
Suas obras são: Poesia e Revolução em 1848, 2003; Da Servidão Moderna, livro e documentário, 2009; Epitáfio, música escrita em 2001 e gravada em 2003 que se encontra no documentário, Não vivamos mais como escravos; A estrada do sudoeste, livro e fotometragem, 2014.
O documentário baseia-se na ideia de que a servidão não terminou apenas evoluiu, o principal objetivo do documentário é nos mostrar como a servidão do mundo antigo evoluiu até os dias atuais de hoje como uma forma de servidão voluntária motivada pelo sistema capitalista e o vício do consumo, as pessoas se tornam escravas de um sistema que elas mesmas escolheram.
São mostrados exemplos como a religião, onde algumas pessoas se tornam tão fanáticas, a ponto de esquecer de sua própria vida, e viver apenas para a religião, para sua fé . Temos também outros tipos de escravidão, como a escravidão do trabalho, onde algumas pessoas se tornam tão obcecadas por ganhar mais e mais dinheiro, e acham que se satisfazem ao ganhar esse dinheiro, mas isso só faz a sociedade se tornar cada vez mais consumista, consumindo cada vez mais e mais, e cada vez fica pior, pois as pessoas tentam sentir satisfação com coisas inúteis, produtos sem importância, que os publicitários infiltram nas mentes dessas pessoas, então, mesmo sabendo que não precisam daquilo, elas compram, e compram. Essa é a intenção dos publicitários: transformar as pessoas em uma sociedade consumista. As pessoas trabalham e compram, quanto mais ganham, mais gastam, mais compram coisas fúteis, e mais movimentam o dinheiro no país, tornando as pessoas que já são ricas, mais ricas, e as que já são pobres, mais consumistas.
Um dos grandes problema dos escravos modernos, que devido a sua vida sempre muito atarefada, esquecem de seu corpo, de sua saúde e acabam em busca de produtos industrializados. Por não se importarem com o que ingerem, acabam engordando, pois se tornam fanáticas por comidas rápidas, comidas congeladas, enganando a si mesmos. Mais ao mesmo tempo que ocorre esse consumo sem controle tem pessoas passando fome em busca de apenas um pouco de restos de comida.
Trabalhando cada vez mais, as pessoas ganham cada vez mais, e pensam que quanto mais dinheiro, maior sua liberdade, quando isso é justamente o contrário! Quanto mais trabalho, mais dinheiro, mais consumismo e mais escrava a pessoa fica daquele sistema. O dinheiro vira seu Deus, um Deus de papel, que promete trazer a felicidade, mas cada vez faz o indivíduo ficar mais frustrado, querendo sempre mais, e confiando naquele “Deus”. Como é citado no filme, Um desejo e uma vontade de agir. Está no ser, não no ter, ou seja, algumas pessoas até tentam sair desse sistema, mas se encontram tão sem saída, que se conformam, e ao contrário do que se pensa, quanto mais se tem dinheiro, mais aprisionado ao sistema está.
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