TRABALHO COMPARATIVO DA SERVIDÃO MODERNA E A TEORIA DE MARX
Pesquisas Acadêmicas: TRABALHO COMPARATIVO DA SERVIDÃO MODERNA E A TEORIA DE MARX. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: clelia • 27/4/2013 • 1.370 Palavras (6 Páginas) • 2.734 Visualizações
FACULDADE NOVA ROMA
DIREITO (1º Período)
ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO “A SERVIDÃO MODERNA” EM RELAÇÃO À TEORIA POLÍTICA DE KARL MARX
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
Professor: Edmilson Maciel
Grupo:
Recife, 08 de Abril de 2013.
“Que época terrível é está onde idiotas dirigem cegos”.
(William Shakespeare)
“Enfim, a República de fevereiro ao derrubar a coroa, atrás da qual se escondia o capital, fez com que se manifestasse nitidamente a dominação da burguesia”. (Marx, 1977, p. 58).
“ALIENAÇÃO NA VISÃO MARXISTA”
Karl Heinrich Marx foi um filósofo, cientista político, e socialista revolucionário muito influente em sua época, até os dias atuais. Foi conhecido por seus estudos sobre as causas sociais, teve enorme importância para a política europeia, ao escrever o Manifesto Comunista, juntamente com Friedrich Engels, que deu origem ao “Marxismo”, sendo está uma análise do capitalismo, Marx desenvolveu uma teoria para o valor dos produtos: no qual o valor é a expressão da quantidade de trabalho social utilizado na produção da mercadoria. No sistema capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho, muitas vezes o único bem que têm tratadas como mercadoria, e submetida às leis do mercado, como concorrência, baixos salários. “Ou é isto, ou nada”. A diferença entre o valor do produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o nome de mais-valia, que expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho. Os empregadores tem uma tendência natural de aumentar a mais-valia, acumulando cada vez mais riquezas, temática abordada de maneira ampla e explícita em duas de suas obras: Manuscritos econômicos filosóficos (1844) e Elementos para a crítica econômica política (1857), onde ambos enfatizam que o sistema capitalista é um sistema extremamente explorador e injusto, principalmente com as classes menos favorecidas economicamente, como a classe do proletariado que sente na pela toda essa desigualdade.
No entanto, como difusor do materialismo histórico ao estudar o sistema operante na época, pode perceber que, o artesão detinha todo o conhecimento da fabricação do produto, porém com o surgimento da industrialização o operário era apto a exercer uma só função, ou seja, o trabalhador não participaria de todo o processo da produção, não seria necessário entender o que de fato estava construindo, tinha apenas que realizar a atividade a qual foi proposto e produzir, Marx chama esse processo de “objeto se sobrepondo ao sujeito”, considerado como a alienação da negação, esse mecanismo tem seu fundamento na infância, quando lhe é tirada a capacidade de reflexão e conscientização sobre a alienação que estão sendo submetidos, com a participação involuntária dos pais, através da falsa cultura do “tem que ser assim”, aplicando em suas mentes a obediência ao sistema, pois desobedecer é muito arriscado e está sujeito à sanção, mas propriamente falando ao desemprego, sem a mais-valia ele não poderá acompanhar o processo econômico, o que resultará na marginalização desse individuo, esse medo provoca o silêncio que se perpetua de geração em geração. Para essa problemática Marx apresenta a ideia que o individuo deveria se impor diante do objeto e não o contrário, a partir do momento que o sujeito nega essa condição acontece a desalienação.
A produção cria e produz o consumo, mas não é somente o objeto que a produção cria para o consumo, “ela também dá ao consumo sua determinabilidade, seu caráter, seu fim (MARX, 2011a, p. 47)”. Esse consumo é imposto de maneira implícita e tem aceitação passiva pela sociedade a partir do princípio da necessidade, de comer, vestir e ter, “O homem só alcançará a felicidade plena se consumir” (MARX, 2011a, p. 46-47). Portanto, o trabalho é a única forma de sobrevivência, tudo é mercadoria, possuindo valor de uso e de troca, e, por conseguinte, a força de trabalho segue essa lógica, o proletário torna-se mercadoria tanto mais barata, quanto maior número de bens produz. “Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens, a primeira vista a mercadoria parece uma coisa simples, trivial, evidente, porém analisando-a vê-se complicada dotada de sutilezas metafísicas e discussões teológicas” (Marx – Manuscritos Econômicos Filósofos).
Todavia, em pleno século XXI ainda é possível encontrar esse tipo de alienação nos trabalhadores, um exemplo bem claro acontece com o operário metalúrgico que coloca portas nos carros produzidos nas grandes montadoras, e passa todo o período produtivo de sua vida montando automóveis para chegar a possível condição de não possuir o bem no qual tanto se empenhou para criar. Os produtores não se reconhecem como tal, nem identificam os objetos produzidos por seu trabalho (aquele que está em uma montadora de carro importado, não se vê dirigindo o mesmo), pela falta de condições econômicas de comprar a mercadoria. O capitalismo impõe a divisão social e também estabelece nas pessoas o seu potencial intelectual e seu poder de compra,
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