Análise das Demonstrações Contábeis e Indicadores de Liquidez e Endividamento da Empresa
Por: cenacomc • 8/10/2019 • Relatório de pesquisa • 1.763 Palavras (8 Páginas) • 303 Visualizações
Análise das Demonstrações Contábeis e Indicadores de Liquidez e Endividamento da Empresa LOJAS RENNER S.A
Foi realizada uma análise vertical e horizontal no Balanço Patrimonial e DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, além da análise dos índices de Liquidez e Endividamento nos anos de 2016,2017 e 2018.
Verificou-se que o grupo de Ativo Não Circulante representa 51,48% em 2016, passando para 50,62% em 2017 e para 46,45% em 2018 do total do ativo da empresa, sendo o Ativo Circulante responsável por 48,52% em 2016, 49,38% em 2017 e 28,3% em X3 do total do Ativo.
O Ativo Circulante teve um aumento em 2016 de 19,17% e 46,11% em 2018 em relação ao ano de 2016. Em 2017 a conta instrumentos financeiros derivativos teve uma variação de 1521,73%, sendo que esta conta representava apenas 0,09% do ativo circulante em 2017, a conta caixa e equivalente de caixa teve um aumento de 37,94%, representando 15,89% do ativo circulante e também a conta outras contas a receber com uma variação de 23,98% em 2017. Destaco ainda a redução das despesas antecipadas em 13,92 em 2017. Já em 2018 as contas Instrumentos Financeiros Derivativos teve uma aumento de 2744,01% em relação a 2016 e FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios) que influenciou em uma variação de 100% no ativo circulante, visto que em 2016 e 2017 este valor estava no Ativo Não Circulante e outras que influenciaram no aumento do Ativo Circulante como as Outras Contas a Receber em 61,89%, Contas a receber de Clientes que aumentou 49,51% em relação a 2016, o aumento no valor dos Estoques 44%, que representava 13,52% do Ativo Circulante, que indica que a empresa tem mantido a política do estoque em alta.
No grupo do Ativo Não Circulante a conta que mais destaca a representatividade é o Imobilizado, sendo 28,51% em 2016, 25,97% em 2017 e 24,61% em 2018, que teve um aumento em 2018 de 14,24% em relação a 2016, já a que teve mais aumento a longo dos três anos foi a conta de Investimentos, que em 2016 era de 9,56%, passou para 13,35% em 2017, culminando com sua representatividade que teve aumento em 2017 de 63,39% e 89,67 em 2018 em relação a 2016. Ainda no Não Circulante a Outras Contas a Receber de longo prazo teve um aumento 161,34% em 2018 em relação a 2016, a conta Imposto de Renda e Contribuição Social reduziu 10,69% em 2017 e reduziu significativo em 2018 em 43,52%. Destaco ainda a transferência do sado da conta FIDC Lojas Renner do Não Circulante para o Ativo Circulante em 2018, a eliminação dos sados das contas Depósitos Judiciais e Despesas Antecipadas, sendo a quitação de alguns direitos da empresa.
O Ativo Realizado a Longo Prazo teve uma redução de 2,76% em 2017 e de 59,63% em 2018, comparados com 2016, o que se entende que houve aplicação de recursos.
No Passivo o período analisado mostra que a Origens de Recursos na empresa representa 49,97% em 2016, 47,80% em 2017 e 43,35% em 2018 de recursos de terceiros, demonstrando que a empresa tende a diminuir a dependência dos recursos de terceiros. A conta Fornecedores teve aumento significado 20,99% em 2017, 41,77% em 2018, demonstrando assim a causa do aumento do estoque em semelhante proporção. Em seguida temos a conta Salários e encargos Sociais com 30,52% em 2017 em relação a 2016, aumentando em 5,27% em 2018. Os financiamentos a curto prazo aumentou em 96,16% em 2018 em relação a 2016 implicando num vencimento mais rápido para a empresa.
No Passivo Não Circulante destacamos o decréscimo das contas Arrendamento Mercantil Financeiro a Pagar com redução de 15,25% em 2017 e 51,84% em 2018 em relação a 2016, bem como as Outras Obrigações que em 2017 reduziram 30,77% e em 2018 uma redução significativa de 61,54% em relação a 2016. Destaco ainda a Provisão de Riscos Tributários, com redução de 32,20% em 2017 e 23,86% em 2018.
A conta com maior representatividade no não circulante fica em destaque a Empréstimos que era em 11,73% do total do não circulante em 2017 e 4,68% em 2018, mantendo a representatividade.
Com isso podemos dizer que as obrigações de curto prazo aumentaram, contudo, as de longo prazo reduziram em 22% em 2018 em relação a 2016. Essa inversão das obrigações a longo prazo por obrigações a curto prazo implica em um vencimento mais rápido do endividamento da empresa.
No Patrimônio Líquido, conta com maior representatividade em destaque é o Capital Próprio que teve sucessivos aumentos no decorrer dos anos analisados, sendo 2016 com 116,99% de aumento e 123,82% em 2018 em relação a 2016.Em seguida temos a conta Reserva de Lucros, que teve uma redução de 51,02% em 2017 e um aumento de 1,51% em 2018.
O aumento da conta Capital Social 123%, fez que com as origens de recursos dependesse em 2018 do Capital Próprio.
Na Demonstração do Resultado do Exercício a Receita Líquida teve um aumento de 12,57% em 2017 e 23,95% em 2018, comparados a 2016, assim como os Custos dos Produtos Vendidos que aumentou 13,44% em 2017 e 24,49% em 2017 comparados a 2016, assim, em 2017 e 2018 a empresa teve um aumento de Custos de Produtos Vendidos maior que o aumento da Receita Liquida, mesmo com essa inversão, o Resultado Bruto aumentou em 2017 11,94% e 23,56% em 2018, portanto, a empresa produziu mais com aumento de custo, mas ainda assim obteve aumento no Resultado Bruto no decorrer dos exercícios financeiros da empresa.
Das despesas Operacionais, as Despesas de Vendas tem a maior representatividade do grupo de contas, onde 24,10% em 2016, de 24,30% em 2017 e 33,71% em 2018, todas em relação à Receita Líquida. As Despesas Administrativas que representam 8,24% em 2016, 8,58% em 2017 e 12,75% em 2018 do total da Receita Líquida teve uma variação positiva em 2017 de 17,25% e de 54,85% em 2018 em relação a 2016, com isso o Resultado operacional teve um aumento em 2018 de 38,30% em relação a 2016.
No Resultado Financeiro observamos que as Receitas Financeiras foram reduzindo ao longo dos anos, sendo uma redução de 32,33% em 2017 e 51,20% em 2018 se comparados a 2016, e as Despesas Financeiras também teve reduções ao longo dos anos analisados, onde reduziu em 26,54% em 2017 e 49,39% em 2018 indicando que foram apropriados cada vez menos receitas financeiras e juros.
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