TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Análise Renner e Marisa

Por:   •  12/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.403 Palavras (6 Páginas)  •  763 Visualizações

Página 1 de 6

A Renner no ano de 2015 está estruturada de forma a apresentar uma Participação de Capital de Terceiros (PCT) um pouco mais alta se comparada com a média do mercado, 1,54 frente a 1,34. Essas informações se confirmam ao fazer a Análise Vertical e Horizontal, uma vez que o crescimento das contas de empréstimos, financiamento e debêntures a curto prazo chegou a 783% nos períodos analisado. Também é importante destacar a grande representatividade do conjunto do passivo quando comparado ao patrimônio líquido mais o passivo total. Contudo, apesar desses números, a empresa vem ao longo dos últimos 2 anos diminuindo consideravelmente essa forma de estruturação de financiamento, tendo ocorrido ao longo dos 4 anos analisados uma diminuição de 19% desse índice comparado a 2012. Porém, mesmo com os esforços para diminuir a Participação de Capital de Terceiros, a Renner apresentou cerca de 64% de seu ativo financiado por Capital de Terceiros, um índice de endividamento geral quase inalterado, e, portanto, precisa continuar diminuindo seu índice PCT.

De maneira geral, o fato da captação de recursos com terceiros ser predominante, não deve ser um problema para a empresa por enquanto. Com cerca de 65% de suas dívidas sendo para o curto prazo é preciso que a empresa tenha capacidade de arcar com tais compromissos. Para isso a Renner possui uma liquidez no curto prazo razoável, já que o índice de liquidez corrente está bem acima de um, representando uma margem de folga para manobras de prazos e, assim, facilitando o equilíbrio das entradas e saídas de caixa. Essa é uma comprovação de que a empresa possui boas condições e boa capacidade de pagar suas dívidas junto a terceiros, confirmadas pela Análise Vertical e Horizontal, que mostram crescimento de 48% dos ativos circulantes se comparado ao ano de 2010. Além disso, seu ativo circulante predomina em relação ao ativo não circulante. As contas que apresentam maior representatividade são: Caixa e Equivalentes de Caixa, Contas a Receber de Clientes e Estoques, confirmando sua boa saúde financeira. Ainda assim, é preciso estar atento a situação macroeconômica que o país vem enfrentando, pois é importante a empresa ter uma liquidez imediata alta, apresentando um índice próximo à 0,5. Isso evitaria a empresa não possuir dinheiro em caixa para quitar certas dívidas por falta do recebimento de clientes, ou até mesmo por não vender o esperado do estoque.

A respeito do Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido nota-se uma tímida queda nos últimos dois anos, 1,01 em 2013, 0,98 em 2014 e 0,93 em 2015. Essa queda foi importante, uma vez que a empresa voltou a ter Capital Circulante Próprio, porém, comparado aos seus principais concorrentes, ela apresenta a maior imobilização do Patrimônio Líquido, o que pode representar uma excessiva imobilização de seu capital próprio deixando-a sem a necessária liberdade para comprar e vender sem buscar formas de financiamento externa. Esses números, mostram a importância do capital de terceiros sobre o ativo circulante, uma vez que 97% desse foi financiado por esse tipo de capital. Contudo a imobilização do PL, pode ser explicada pela inauguração de novas lojas, sendo que foram abertas 49 lojas em 12 estados no último ano.

Em relação à rentabilidade, a Renner também apresenta resultados satisfatórios, mostrando um pequeno aumento em relação ao giro do ativo nos últimos 3 anos havendo assim um aumento das vendas em relação ao investimento. Em 2013 e 2014, a ROA apresentou uma queda que pode ser explicada por um aumento do ativo, mais especificamente, contas a receber e imobilizado. O ROE apesar de apresentar uma leve queda durante o período analisado, ainda mantém um percentual bem alto se comparado com outras empresas do setor, e mais do que isso o ROE da Renner se comparada com a taxa SELIC torna-se um investimento ainda mais atraente uma vez que a Renner apresenta um índice de 27,79%, enquanto a SELIC apresentou, em 2015, uma taxa de 14,25%.

Ademais, sobre os índices de gestão não são observadas grandes oscilações, porém, é importante destacar alguns pontos. O prazo médio de renovação de estoque apresenta números elevados quando comparados ao da Marisa e da Hering. Outro ponto relevante é a queda no ciclo operacional, após um período de crescimento, explicado por uma tímida queda no prazo médio da renovação de estoque. Além disso, a Renner apresenta problemas, nos anos analisados em relação ao capital de giro, pois antes mesmo de vender o seu estoque por completo ela precisou pagar seus fornecedores e, portanto, precisou obter financiamentos para suas vendas e ainda para uma parte do tempo em que a mercadoria permaneceu em estoque. Porém os índices das empresas concorrentes mostram que isso é uma característica do setor. Por fim, apesar da Renner não apresentar os melhores índices do setor em relação a gestão, nota-se que houve uma tímida melhora no último ano.

MARISA

A Marisa nos últimos 4 anos apresentou equilíbrio em relação aos seus índices de endividamento, uma vez que o percentual das dívidas de longo prazo apresenta números em torno de 50%. Sendo assim, para resultados satisfatórios, é necessário que haja um equilíbrio em seus índices de liquidez. Em relação ao endividamento geral, nota-se que essa apresenta números semelhantes quanto a suas concorrentes já mencionadas, o que mostra uma característica do setor. Ainda sobre os índices de estrutura, a imobilização do patrimônio líquido apresentou números equivalente nos últimos anos e não tão distantes da média das empresas do mesmo setor, com isso a empresa apresenta capital circulante próprio, o que é bom uma vez que a empresa tem necessidade de capital de giro já que seu prazo médio de pagamento de compras é menor que o prazo médio de recebimento de vendas. Sobre seus índices de liquidez, a Marisa apresenta números positivos. Ao analisar a liquidez corrente é possível notar que há capacidade de liquidar os endividamentos de curto prazo, sem a necessidade de geração de recursos. Por outro lado, percebe-se uma queda dos índices de liquidez corrente e seca, que apesar de não ser tão grande, destoa da situação geral da liquidez. Essa queda pode ser explicada por um aumento do passivo circulante, mais especificamente por empréstimos e financiamento. Em relação ao setor, apresenta um dos melhores índices de liquidez, principalmente o de liquidez imediata, fator importante conforme já foi mencionado. Por fim, com base nos índices de liquidez seca e corrente infere-se que a situação financeira da Marisa é boa.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.6 Kb)   pdf (105.6 Kb)   docx (11.1 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com