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Análise da possível aproximação da taxa livre de risco no Brasil

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Por:   •  15/5/2014  •  Artigo  •  670 Palavras (3 Páginas)  •  313 Visualizações

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Há diversas alternativas com rentabilidade maior que a da poupança e superior à inflação, com nível de risco controlado.

Com o juro básico (taxa Selic) acima de 8,5% ao ano, a poupança com aplicação a partir de 4 maio de 2012 rende o mesmo que a com aplicação anterior a essa data. Esse rendimento é de 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial), o que equivale hoje a cerca de 7,6% ao ano.

A estimativa média dos analistas para a taxa de inflação (pelo IPCA, índice oficial) para os próximos anos, coletada pelo Banco Central, está próxima a 6% ao ano. A poupança ganha da inflação, ainda que por uma pequena margem.

Para que uma aplicação apresente retorno efetivo superior ao da poupança, deve-se levar em consideração o rendimento após desconto do Imposto de Renda, pois a caderneta é isenta. Além da isenção de IR, a poupança tem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) de até R$ 250 mil por CPF por instituição financeira, outro benefício que atrai aplicadores.

Essas vantagens também são oferecidas aos que aplicam em LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). Para que essas opções sejam mais vantajosas que a poupança, basta que apresentem uma rentabilidade superior a 72% do CDI (taxa média de juros do empréstimo entre bancos), que hoje está em 10,55% ao ano. Não é difícil encontrar LCI e LCA com taxas superiores a 90% do CDI, ou seja, acima de 9,5% ao ano.

Também podem ser uma alternativa os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), emitidos pelos bancos, pois possuem a mesma garantia do FGC, mas não são isentos de IR.

Assim, o investidor que aplica por mais de dois anos deve descontar a alíquota de IR, de 15% para esse prazo, a fim de comparar com a poupança. Portanto, só deve optar por um CDB se ele render mais que 85% do CDI. Também devem ser considerados no universo de investimento os títulos públicos, no Tesouro Direto.

A tabela 1 apresenta os níveis de significância observada para os testes de Jarque-Bera para normalidade da série histórica, teste de White para a presença de heteroscedasticidade e teste ARCH para presença de autocorrelação nas séries históricas do C-Bond, CDI e poupança.

Tabela 1 – Nível de significância observado em testes para normalidade, heteroscedasticidade e autocorrelação nas séries históricas.

Teste C-Bond CDI Poupança

Jarque-Bera 0,000* 0,000* 0,000*

White Heteroscedasticity 0,000* 0,003* 0,513

ARCH Test 0,000* 0,000* 0,000*

* - Hipótese nula rejeitada a 1%

Conforme pode ser verificado nos resultados, as três séries apresentaram-se não normalmente distribuídas, o C-Bond e CDI apresentaram variância não constante ao longo do tempo e todas as séries mostraram-se autocorrelacionadas. O teste de Durbin-Watson realizado anteriormente para o C-Bond e que não permitiu a rejeição da hipótese de ausência de autocorrelação deve ser analisado com cautela, visto que testa apenas para a existência de auto-correlação de primeira ordem. Nesse sentido, o teste ARCH mostra-se mais robusto

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