Análise de Investimentos em Ações e Fundos
Por: Isaías Lira • 18/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.242 Palavras (5 Páginas) • 219 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
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Análise de Investimentos em Ações e Fundos
Tutor: Prof. James Dantas de Souza
Duque de Caxias - RJ
2018
Estudo de Caso: Santander Consumer Finance
REFERÊNCIA: TRUMBULL, Gunnar, CORSI, Elena, BARRON, Andrew. Santander Consumer Finance – 712-P04, 13 de dezembro de 2010.
O artigo aborda o caso da Santander Consumer Finance (SCF), uma divisão do grupo Santander, voltado ao financiamento ao consumidor, com presença em diversos países.
A Santander Consumer Finance teve suas raízes em 1987, quando o Banco Santander comprou o Bankhaus Centrale Credit AG (CC Bank), um banco alemão especializado em financiamento de veículos. A SCF expandiu a sua presença em todo o mundo por meio de aquisições e obtenção de sinergias a partir de processos de integração de negócios bem-sucedidos. Em 2002, os grupos nacionais de empréstimos ao consumidor foram reunidos sob uma nova divisão interna do Santander, a SCF.
Juan Rodríguez Inciarte, foi o grande responsável pelo crescimento da SCF, quando ele assumiu a SCF ainda era um negócio muito pequeno. Não tinha nem ao menos uma marca global comum. Seu principal objetivo era o crescimento no mercado Europeu, principalmente no mercado da Alemanha, Reino Unido, Espanha, França, Itália e Polônia.
Sob a gestão de Inciarte a SCF crescera rapidamente e em junho de 2008, já operava em 20 países. Dentro do Santander, correspondia a 5% do total de mão de obra do grupo e gerava quase 8% dos lucros totais do banco. E seu maior mercado era a Alemanha.
Os Estados Unidos eram o maior mercado do mundo em financiamento ao consumidor. Na Europa o setor crescera desde a década de 1980, também tinha crescido em importância econômica e sofisticação. Embora menor do que o dos EUA, o mercado de crédito ao consumidor europeu também tinha características diferenciadas que o tornavam qualitativamente diferente.
O mercado europeu apresentava risco médio de inadimplência dos empréstimos ao consumidor geralmente mais baixo. Os empréstimos eram menos baseados em mutuários sub-prime (de alto risco). E as taxas de juros normalmente não eram ajustadas para levar em conta o risco individual, e uma parte menor dos empréstimos estava em contas rotativas. Características institucionais dos mercados de crédito limitavam a gestão de produtos de risco, Bureaus de crédito trabalhavam em nível nacional, e cada país impunha diferentes padrões para coleta, processamento e distribuição de dados.
Os mercados europeus de crédito ao consumidor também eram muito diferentes entre si, em termos de produtos. Essas diferenças se deviam a barreiras culturais, naturais e regulatórias. Embora o Ato Único Europeu, de 1992, tenha removido formalmente as barreiras aos fluxos de capital dentro da Europa. Empréstimos intraeuropeus, foram estimados entre 2% e 5% de todos os empréstimos ao consumidor na Europa em 2002.
Para ficar mais próxima dos mercados locais, a Santander Consumer Finance tinha adotado uma estrutura descentralizada. Aproveitava a força da diversidade do mercado e forneceria os produtos de acordo com suas demandas. De uma perspectiva de marketing e preços, a SCF precisava se ajustar aos territórios locais, eram então muito importe ter pessoas que entendessem as necessidades locais. A SCF então se organizou em quatro áreas geográficas, cada uma liderada por um gerente. Cada filial local tinha uma pessoa responsável pelas questões jurídicas para monitorar regulamentos locais e centros de coleta de dados.
No intuito de melhor integração do mercado Europeu, em 2008 foi aprovada uma nova e mais completa diretiva sobre o crédito ao consumidor, aumentando a transparência das condições contratuais e o nível de proteção do consumidor. O Bureau Européen des Unions de Consommateurs (BEUC), elogiou os passos dados na diretiva para aumentar a transparência, mas lamentou o fato de a diretiva não tratar sobre-endividamento do consumidor.
Houve desapontamento também por parte da Santander Consumer Finance pelo fato da diretiva não ter feito mais pela integração dos mercados de crédito da Europa. Deste modo para o futuro próximo, a SCF faria planos com base no pressuposto de que os mercados de crédito da Europa permaneceriam fragmentados.
A maior atividade de empréstimos da Santander Consumer Finance era o financiamento de veículos, com o fornecimento de empréstimo para clientes de revendedores de automóveis comprarem carros (empréstimo para a compra de carros no varejo). Em alguns mercados a SCF também atendia, empréstimos ao consumidor, cartões de crédito, financiamento direto, hipotecas e outros.
A abordagem da SCF para o mercado variava de acordo com o produto. Para empréstimos de bens de consumo duráveis e veículos a varejo, a SCF usava uma abordagem indireta, e dependia de terceiros para atrair novos clientes e comercializar seu crédito, revendedores de automóveis, varejistas, etc. Todavia, a concorrência nos negócios de ponto de venda (PDV) era muito agressiva, com revendedores pedindo sempre comissões mais altas, o que tornava as margens mais baixa. Então após atingir os clientes no PDV e provar que são bons clientes, a SCF buscava transformá-los de cliente indireto em direto propondo seus outros produtos com margens maiores, que dependia apenas de sua própria equipe de vendas.
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