COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Por: marizato • 20/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.358 Palavras (6 Páginas) • 193 Visualizações
Introdução:
A informação e a comunicação sempre estiveram presentes na estratégia das organizações, e tornam-se necessárias na busca de novas lógicas de gestão para enfrentar a competividade que existe hoje.
Pensar na comunicação e na informação como elementos das estratégias de gestão, é um desafio que precisa ser superado, para alcançar formas de colocar o ser humano em pauta, valorizando a capacidade criadora do indivíduo, sem desprezar a subjetividade e a afetividade, e enxergando a organização como um processo de diálogo com o ambiente.
A comunicação é um processo estratégico para a ação, que visa provocação de comportamento inovadores, criativos e dinâmicos, que funciona de maneira democrática, como disseminadora dos objetivos e dos valores culturais da empresa para públicos internos e externos.
O mundo globalizado tem produzido grandes mudanças na gestão de negócios. Novas práticas administrativas e gerenciais, não só como resultado da busca pela produtividade, qualidade e satisfação do cliente, mas também pela preocupação com o meio ambiente.
Mudanças estão ocorrendo, com novas tecnologias, como a rede virtual, por exemplo, que é capaz de aproximar as pessoas de qualquer parte do mundo, mas também isolar esses indivíduos do convívio profissional, modificar as relações de trabalho e as formas de consumo e transformar a concepção dos conceitos de trabalho e empresa.
A dimensão estratégica que a comunicação vem assumindo nas organizações, sendo parte da cultura organizacional, modifica antigos limites. Não mais se restringe à simples produção de instrumentos de comunicação, ela assume papel muito maior, ao que se refere a tudo que diz respeito à posição e funcionamento da organização.
A teoria da informação surge num contexto onde os processos de comunicação ocupavam um lugar mais estratégico na sociedade, onde a informação é matéria-prima no campo da produção e não somente na circulação. O estudo do campo de produção se mantinha preso a uma dispersão disciplinar e metodológica onde não se conhecia o que realmente ocorria.
O emprego amplo da teoria da informação reduziu os problemas sociais e técnicos e dissolveu o político, pois nesse modelo não há lugar para as contradições e conflitos. Essa abordagem perdeu força, quando se percebeu que todo conhecimento científico é uma parte observável da realidade e outra interpretativa.
A comunicação é essencial nas organizações, para a operação da entidade e estão intimamente vinculados às formas de significar, valorizar e expressar. Pode ser entendida, como um alicerce que dá forma a organização. Na esfera externa, as relações empresariais demandam propostas inovadoras para as atividades de serviço e de mercado e atenção especial para as questões culturais, éticas e sociais que envolvem as ações organizacionais.
As organizações empresariais lidam com públicos com demandas não só de produto e serviços, mas também com claras demandas de diálogo. Então surge a necessidade de dedicar suas estratégias à sociedade. Essas estratégias estão comprometidas com processos comunicacionais agregados às comunidades com seus membros, aos trabalhadores, às agências reguladoras que cobram das empresas eficiência e qualidade e aos consumidores cada dia mais exigentes e amparados pelos códigos de defesa. A comunicação sem o compromisso estratégico dificilmente conseguirá legitimar-se no novo cenário competitivo, correndo sério risco de se manter irrelevante e trazer pouco valor para a estratégia global da organização. Nesse novo papel a comunicação deixa de ser responsabilidade de um único órgão, tornando-se função de toda a instituição, incorporando-se a gestão estratégica da organização.
O cenário de complexidade implica, para as organizações um pensar diferenciado das situações que devem enfrentar para se manter com sucesso em seu ramo de atividade. Ao enfrentar um cenário de rápidas mudanças, fica evidente que a tradicional ferramenta do planejamento, perde eficiência.
Quanto à informação, estabelece que fosse relevante para as realidades complexas entender como um conjunto de símbolos ou signos, dados, mensagens que se pode conceber, emitir, transportar, receber e interpretar. Alguns designam esse sentido de informação como a informação racional. Para que uma informação tenha significado aos olhos de um receptor, ele afirma que é necessário o receptor encontrar a sensação dessa informação.
A informação que ao mesmo tempo é sinal, também é essa forma, essa impressão, esse desejo de ação que ela engendra junto ao receptor. O aumento significativo de uma grande massa de informação que se torna a cada dia disponível às pessoas por diferentes meios tecnológicos não significa o aumento de informações úteis e portadoras de sensações. À impossibilidade das tecnologias da informação, por elas mesmas, produzirem sinais, tornando-se consequentemente cada vez mais difícil para os receptores a percepção e a sensação. Partindo da imagem aristotélica da informação como imposição de forma e que essa imposição é da ordem da sobre determinação, a sociedade da informação é aquela cuja forma é sobre determinada pela informação onde a ideia é significativa. A ideia proposta é a de que a informação e a comunicação não compartilham do mesmo plano da circulação de significados, transmissão de conteúdos e seleção deles.
O profundo descompasso entre a velocidade eletrônica que se processa em frações de segundo pela tecnologia da informação e a formação de sensação que se da de forma lenta e requer um diálogo interativo. É preciso deixar de apenas entender os signos de maneira formal para interpretá-los ao nível de uma nova lógica que permita sentir sensações. Somente pela comunicação é possível estabelecer as intersecções e percepções das atividades compartilhadas.
Os aspectos da interação e compreensão pelos processos comunicativos há críticas pelo comprometimento conceitual do termo comunicação. Para se tornar possível a ação comunicativa, é necessário que todas as normas sociais se tornem resultados de uma negociação, na qual se busca o consenso pelo melhor argumento em um clima de respeito e reciprocidade. Uma proposta de comunicação dialógica, tentando substituir o conceito cibernético de informação pelo de significado, a existência de uma incompatibilidade entre o conceitual sistêmico e toda lógica que rege a categoria de significado.
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