Como fazer seminário
Por: LutanquerBR • 29/7/2019 • Dissertação • 9.259 Palavras (38 Páginas) • 180 Visualizações
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Gestão Ambiental
LEB0244 – Recursos Energéticos e Ambiente
Panorama da Energia Solar como Matriz Energética Renovável
Amábile Sanches
Andressa Neves
Carolina Furlan
Rachel Trovarelli
Vitória Leão
Piracicaba
2010
Sumário
1. Introdução
2. Objetivo Geral
2.1 Objetivos Específicos
3. Panorama Energético Mundial e Nacional
3.1 Panorama Mundial
3.2 Panorama Nacional
4. Aspectos físicos da fonte de energia
4.1 O Sol
4.2 Processos de obtenção
5. Histórico
5.1 Importância das fontes renováveis
6. Energia solar fotovoltaica
6.1 Sistemas isolados
6.2 Sistemas conectados à rede
6.3 Utilização do aquecedor solar
6.3.1 O aquecimento da água para o banho
6.3.2 Outras aplicações da energia solar térmica
6.3.3 Outras formas de uso da energia solar
7. Vantagens e Desvantagens do uso da energia solar
7.1 Vantagens
7.2 Desvantagens
8. Análise econômica
8.1 Comparação de preços pelo custo de implantação por unidade de potência
8.2 Comparação de preços pela geração de energia durante a vida útil do sistema
9. Legislação
9.1 Benefícios Fiscais ou formas de incentivar o uso de energia solar
10. Estudo de caso – “Barcelona, Líder em Energia Solar”
11. Conclusão
12. Referências
1. Introdução
A escassez de recursos energéticos é um dos temas mais preocupantes nos dias de hoje e a substituição das energias poluentes por energias limpas e que agridam menos o ambiente é um dos focos da sustentabilidade no mundo.
A maior parte da energia utilizada pelas residências brasileiras atualmente provém das hidrelétricas - cerca de 84% (BBC Brasil, 2010). Porém, nota-se que o aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética nacional está ocorrendo de forma gradativa, e que elas são de extrema importância tanto para a economia quanto para o ambiente. Desta forma, abre-se a possibilidade de um grande mercado a ser explorado ao passo que o sistema de geração atual aproxima-se de seu limite de produção, fato este agravado pela dificuldade de se obter licenças ambientais para a construção de novas usinas, uma vez que segundo especialistas, a construção dos reservatórios afeta os ecossistemas dos rios, além de suas estruturas serem grandes e caras para serem construídas.
Dessa forma, a energia solar apresenta-se como uma das soluções considerada ecologicamente viável, por ser uma energia renovável, possui potencial calorífico, e pelo seu baixo impacto ambiental. Embora já exista uma infinidade de pequenos aproveitamentos da energia solar no Brasil, isso ainda é pouco significativo, diante do grande potencial existente. Os grandes entraves para sua utilização são: altos custos dos equipamentos que realizam essa função; a falta de informação por parte dos consumidores; o baixo número de análises quantitativas qualificadas e a quase ausência de uma política de incentivo adequada.
O Brasil possui uma grande vantagem na utilização deste fonte: sua posição geográfica. Além disso, estudos mostram que o Brasil é, anualmente, ‘inundado’ com uma quantidade de energia equivalente a 15 trilhões de MWh (CONPET, 2010). Isso é 50 mil vezes mais do que o consumo nacional de energia elétrica registrado no Brasil em 1999.
Assim sendo, o presente trabalho visa apresentar um panorama geral desta importante fonte de energia mundial, bem como demonstrar sua viabilidade econômica, social e ambiental, oferecendo subsídios para discussões pertinentes ao tema.
2. Objetivo Geral
O presente trabalho visa apresentar um panorama da Energia Solar no Brasil e no mundo englobando aspectos econômicos, ambientais e sociais.
2.1 Objetivos Específicos
Dentro do panorama geral, pretende-se detalhar:
i. os processos de obtenção; ii. os aspectos físicos da fonte de energia; iii. legislação; iv. vantagens e desvantagens; v. identificar métodos alternativos às placas fotovoltaicas; e vi. viabilidade econômica.
3. Panorama energético mundial e nacional
3.1 Panorama Mundial
Energia é diretamente proporcional ao desenvolvimento, objetivo fundamental de praticamente todas as economias. Para isso, observa-se que os combustíveis fósseis e a eletricidade constituem hoje a base para operar o recente modelo tecnológico e manter o estilo de vida atual.
Segundo a IEA - International Energy Agency - (2007), a oferta mundial de energia em 2004 foi de cerca de 11 bilhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), enquanto o consumo final mundial de energia foi de cerca de 7,6 bilhões de tep’s. Estima-se que a demanda projetada de energia no mundo aumente 1,7% ao ano, de 2000 a 2030, quando alcançará 15,3 bilhões de toneladas equivalentes de petróleo por ano, isso de acordo com o cenário base traçado pelo Instituto Internacional de Economia (IEA, 2007). A oferta mundial de energia (energia primária) está distribuída por fonte energética do seguinte modo: petróleo (34,3%), carvão mineral (25,1%), gás natural (20,9%), energias renováveis (10,6%), nuclear (6,5%), hidráulica (2,2%) e outras (0,4%) (IEA, 2007). Já o consumo final é distribuído da seguinte maneira: derivados do petróleo (42,3%), eletricidade (16,2%), gás natural (16,0%), energias renováveis (13,7%), carvão mineral (8,4%) e outras (3,5%). O petróleo deverá permanecer como a principal fonte de energia mundial até que haja restrição de oferta, após o atingir o pico de produção mundial (WEIGMANN, 2002). Quanto à energia elétrica, que corresponde a 16,2% do consumo mundial final de energia, contribuem para sua geração várias fontes de energias primárias, na seguinte proporção: 39,8% de carvão mineral; 19,6% de gás natural; 16,1% de energia hidráulica; 15,7% de energia nuclear; 6,7% de petróleo e 2,1% de outras fontes energéticas (IEA, 2006).
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