Controller: As principais habilidades, competências e procedimentos técnicos na execução da função nas organizações
Por: Lais Angélica • 6/4/2018 • Trabalho acadêmico • 2.512 Palavras (11 Páginas) • 389 Visualizações
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ – PUCPR
ESCOLA DE NEGÓCIOS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Lais Angélica Pasinato Marques
RESUMO: CONTROLLER: as principais habilidades, competências e procedimentos técnicos na execução da função nas organizações
CURITIBA,
2017
A Controladoria proporciona através do desenvolvimento de um sistema de informações gerenciais econômica e financeira que proporcione uma visão abrangente, com base de dados da contabilidade, que mostre o posicionamento dos executivos desde o aspecto operacional até o estratégico. O controller através de informações fornecidas pela contabilidade e administração, colhe dados relevantes presentes e passados visando reduzir riscos que poderão reduzir a rentabilidade da empresa. As principais habilidades, competências e procedimentos técnicos necessários a função de controller nas organizações, estudando a necessidade e a importância do profissional contábil, servindo para mostrar ao contador a necessidade de renovação na busca de novos conhecimentos para o desempenho da função de controller. Em meio a tantas mudanças, e desenvolvimentos de tecnologias o profissional da contabilidade é de grande importância, pois é ele que possui todas as informações passadas, presentes e futuras da organização. Devendo ele ser qualificado e comprometido, para obter uma maior eficiência e eficácia em seus serviços, buscando sempre o novo e capacitando-se para fazer a diferença.
Pela definição de Contabilidade Gerencial dada por Atkinson, Banker, Kaplan e Young, (2000), verifica-se, que as informações gerenciais se destinam aos usuários internos da organização e buscam apoiar na tomada de decisão. Para atender esses usuários, as informações gerenciais se diferenciam da informação contábil aplicada pela Contabilidade Financeira. Sob esse enfoque Financeiro a informação contábil se apresenta por uma base monetária, geralmente em moeda corrente. Porém, a informação gerencial, além de medidas monetárias, possui outras bases, tais como índices e medidas operacionais ou físicas, como qualidade e tempo de processamento de maneira que possa analisar a satisfação dos clientes e melhor treinamento aos funcionários.
A Controladoria surgiu nas grandes corporações norte-americanas, no início do século XX. A finalidade deste setor era realizar um implacável controle das empresas relacionadas (subsidiárias e /ou filiais), visto que um expressivo número de empresas concorrentes, que haviam proliferado a partir da revolução industrial, começou a se fundir no final do século XIX, formando grandes empresas, organizadas sob forma de departamentos e divisões, mas com controle centralizado (MARTINS, 2005). Sendo que a relação da contabilidade com a Controladoria é recomendada no momento em que há implantação, desenvolvimento, aplicação e coordenação de todos os mecanismos essenciais à ciência contábil, no contexto inter-organizacional (PADOVEZE, 2003).
A Controladoria é exercida de duas diferentes formas: a primeira e mais comum, é muito semelhante à função de um “contador geral”, situando-se na estrutura organizacional, a segunda forma de atuação do controller, e mais correta, é como um órgão de staff, ligado diretamente alta administração (CREPALDI, 2004). A Controladoria deve possuir uma estrutura sólida de modo a suprir as necessidades de controles sobre as atividades rotineiras durante todo o processo de gestão da empresa. A sua estruturação deve estar ligada aos sistemas de informações necessários à gestão, tanto dos aspectos comuns como dos gerenciais e estratégicos. Dessa maneira, pode-se figurar a Controladoria estruturada em dois grandes segmentos: contábil e fiscal, planejamento e controle (OLIVEIRA, 2005).
O controller surgiu no início do século XX, dentro da evolução administrativa das grandes corporações americanas (CHANDLER,1962). O controller precisa ser um profissional altamente qualificado, responsável por controlar todo fluxo de informações da empresa, garantindo que a alta administração só receba informações úteis à tomada de decisões (CREPALDI, 2004). Beuren e Moura (2000, p.64) comentam que o controller “contribuirá para o processo de gestão empresarial, por meio de um sistema de informações eficaz e sinérgico entre os gestores, zelando pela maximização do resultado da empresa”. Alguns princípios que devem nortear o trabalho do controller são: Iniciativa, visão econômica, comunicação racional, síntese, visão voltada para o futuro, oportunidade, persistência, cooperação, imparcialidade, persuasão, consciência de suas próprias limitações (FIGUEIREDO, 2004). Sathe (1983) identifica quatro tipos de controller segundo sua postura, são eles: independente, envolvido, dividido e forte. Seu trabalho finaliza que o mais apropriado para as organizações é o controller forte, pois um único profissional serviria como contraponto para a administração e, ainda, seria responsável pela geração de relatórios, obtendo um desempenho mais eficiente. Oliveira et al (2002, p. 21) ressalta que para enfrentar os novos desafios o controller deve possuir novas habilidades, como práticas internacionais de negócios, controles orçamentários, planejamento estratégico. Enfatizam também, que o controller precisa ser um profissional de fácil relacionamento e extremamente hábil para vender suas ideias. José Bahia (2011), Controller Latin América da LSG Skychefs do Brasil, empresa multinacional alemã, líder mundial no seguimento de “catering” aéreo, complementou com as seguintes afirmações “o Controller no exercício de suas funções principais, além do conhecimento técnico que lhe é exigido, como, planejamento e controle, área tributária, mercado financeiro, contabilidade, orçamento empresarial e outras, este profissional deve também ter a habilidade necessária para a formação de talentos profissionais, treinando, capacitando e mostrando horizontes e perspectivas para os que com ele trabalham.”
O profissional da controladoria precisa controlar processos e administrar pessoas de uma maneira sutil, sem que isso tenha interferência negativa na organização, pois o controller exerce influência junto aos gestores da empresa, e exercer influência significa estar ao lado deles na tomada de decisões. Assim Padoveze (2003, p. 36) define: Que o controller pode e deve exercer influência junto aos demais gestores e o faz pelo conhecimento da ciência da gestão econômica. Em outras palavras, o conhecimento da empresa como um todo e o conjunto dos planos de ação, associados ao conhecimento científico da administração, permitem ao profissional de controladoria exercer um papel influenciador nas tomadas de decisão.
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