TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Direção de arte: A LOGÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS ORGANIZAÇÕES

Por:   •  26/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.748 Palavras (19 Páginas)  •  1.669 Visualizações

Página 1 de 19

Visões Legal e Facilitadora 

As acadêmicas Leslie de Chernatony e Francesca Dall´Olmo Riley, em seu estudo Defining A "Brand": Beyond The Literature With Experts' Interpretations (1998), buscaram propor um único conceito de “marca”, bem como desenvolver uma teoria de construção de marca e de suas fronteiras, ainda não existente. Para seu projeto, as autoras analisaram uma série de definições que a literatura já deu ao conceito de “marca”, examinando o que elas haviam de comum para, assim, estabelecer sua própria definição de construção de marca e o que percebiam como suas fronteiras. A partir dessa pesquisa, elas identificaram doze definições principais, que podem ser agrupadas em quatro grandes visões, segundo suas similaridades de ideias: Legal, Facilitadora, Holística e Relacionamento Pessoal. Vamos abordar apenas as duas primeiras delas, as visões Legal e Facilitadora.

A Visão Legal entende a “marca” na sua mais simples definição, ainda como uma produção puramente da empresa. Ela envolve três dos doze temas encontrados pelas autoras, a marca como um(a): Instrumento Legal, Logo e Companhia. Vamos estudar mais profundamente cada um deles.[pic 1]

A perspectiva da marca como um Instrumento Legal envolve a compreensão mais básica de que a marca é uma declaração legal de propriedade, um investimento da empresa para se proteger contra imitadores. A marca seria, então, composta por marca de posse, nome, logo, design e marca registrada.

A definição de marca como Logo parte desse conceito inicial para entender a marca como um nome, termo, sinal, símbolo e design que identificam os produtos e serviços de um vendedor e os diferenciam dos competidores. Portanto, o logotipo da marca e suas características visuais seriam uma ferramenta de diferenciação. No entanto, esta definição foi criticada por se preocupar demasiadamente com o produto, como se a marca fosse apenas algo feito para os consumidores, que a recebem passivamente; o que não é verdade segundo as pesquisadoras. Na sua opinião, a marca é também resultado da ação ativa dos consumidores, que adquirem conotações para ela em suas mentes.

A terceira e última definição inclusa dentro da visão Legal é o conceito de marca como uma Companhia. De acordo com esta perspectiva, para sobreviver e crescer diante da crescente competição, é algo vital ter uma identidade corporativa rapidamente reconhecida pelos consumidores. A ideia é que as linhas de produto podem se beneficiar da personalidade da corporação ao tomarem emprestado a propriedade e herança do nome conquistadas pela companhia; tornando-se, então, extensões da personalidade corporativa.

Portanto, a marca seria composta por nome e imagem corporativos reconhecíveis e também pela cultura, pessoas e programas da organização. Deste ponto de vista, o CEO seria o gerente da marca. Essa é a definição mais ampla do grupo, por não só entender que a marca, o nome corporativo, facilita a diferenciação dos concorrentes, mas também por entender que ela é formada pela cultura, proposta de valor e relação particular da companhia com os consumidores, enriquecendo a decisão e a experiência de consumo. Essa perspectiva permite que haja uma coerência entre o portfólio da marca e também a transmissão de mensagens consistentes a todos os stakeholders dela, uma vez que que todas as linhas de produto seriam extensões de uma mesma personalidade. Por outro lado, qualquer problema com a reputação da organização pode manchar a imagem dos produtos.

 Diferentemente da Visão Legal, a Visão Facilitadora já compreende que a marca é construída pela empresa e também pelos consumidores e suas perspectivas. Ela envolve os seguintes temas encontrados pelas autoras, a marca como um(a): Atalho e Redutor de Risco. Mais uma vez, vamos estudar mais profundamente cada uma dessas definições de marca.[pic 2]

A perspectiva de que a marca é um Atalho defende que, para os consumidores, a marca atua como uma ferramenta de atalho das características funcionais e emocionais que têm associadas a ela, o que permite que os consumidores recordem essas informações rapidamente, facilitando, assim, o processamento de informação e agilizando decisões de compra. É como se o nome de uma marca fosse um resumo de todas as associações mentais que os consumidores fazem dela, transmitindo não grande quantidade de informação, mas sim informações de qualidade aos consumidores; e eles mesmos estarão mais dispostos a comprar marcas com nomes que eles reconhecem. Essas ideias levam ao entendimento de como as ações de marketing são integradas na mente do consumidor, ajudando-o a construir suas próprias perspectivas e conexões que formarão a entidade de marca. No entanto, isso não permite ao profissional de marketing saber qual atributo deve desenvolver e associar ao nome da marca.

Já a defesa de que a marca é um Redutor de Riscos parte do pressuposto de que os consumidores percebem risco quando compram produtos ou serviços e que, portanto, os profissionais de marketing devem apresentar suas marcas como uma garantia de qualidade consistente, reduzindo o risco de performance e, desta forma, estimulando a confiança do consumidor de que suas expectativas serão atendidas. É como se a marca fosse, portanto, uma espécie de contrato entre a organização e o consumidor.

Posicionamento de Marca

O teórico Kevin Keller, em seu livro Gestão Estratégica das Marcas (2006), afirma que, para construir uma marca forte, é preciso tomar uma série de decisões estratégicas sobre os fatores envolvidos na construção de uma marca e, para orientar essas decisões, é importante definir o posicionamento de marca, bem como um conjunto de valores centrais dela. O posicionamento de marca é o “significado específico pretendido para uma marca nas mentes dos consumidores. ” (TYBOUT, M. A., STERNHAL, B., 2006, cap 1, p.11), o que Keller chama de “lugar” que uma marca ocupa na mente dos consumidores ou segmento de mercado.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (31.3 Kb)   pdf (398 Kb)   docx (286.9 Kb)  
Continuar por mais 18 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com